Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Acta Botanica Brasilica |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062010000300013 |
Resumo: | O fogo é um distúrbio recorrente em muitas áreas da Chapada Diamantina, geralmente originado por ação antrópica e que ocasiona rápidas mudanças nas comunidades. Este trabalho objetiva conhecer a composição e estrutura da vegetação de uma área de campo rupestre recém-queimada no Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil, situada entre 700 e 800 m acima do nível do mar, visando discussão das estratégias de regeneração das espécies mais conspícuas e das similaridades florísticas entre áreas com e sem distúrbio recente de fogo. Foi realizado um censo das espécies de plantas vasculares ocorrentes em 16 parcelas de 10x10 m, sendo as coberturas estimadas em cinco subparcelas de 2x2 m de cada parcela. Foram encontradas 85 espécies de 34 famílias, sendo 11 de monocotiledôneas, 22 de eudicotiledôneas e uma de monilófita. A espécie mais abundante foi Panicum trinii Kunth (Poaceae) e a mais frequente Periandra mediterranea (Vell.) Taub. (Fabaceae). O índice de Shannon foi 3,4. A área estudada agrupou-se com a área de afloramento rochoso em altitude menos elevada (38% de similaridade). É possível que o fogo seja mais frequente nessas áreas menos isoladas, em relação às dos topos de morros. As espécies dominantes se restabeleceram principalmente a partir de gemas de sistemas subterrâneos e aéreos. Uma das espécies mais frequentes, Dactylaena microphylla Eichler, estabeceu-se de sementes. Espécies endêmicas sensíveis à ação do fogo sobrevivem em ilhas de vegetação nos afloramentos rochosos. |
id |
SBB-1_4959809d83d8c5a46860d544465774ec |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-33062010000300013 |
network_acronym_str |
SBB-1 |
network_name_str |
Acta Botanica Brasilica |
repository_id_str |
|
spelling |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rochadistúrbiodiversidadeestruturaflorística e fogoO fogo é um distúrbio recorrente em muitas áreas da Chapada Diamantina, geralmente originado por ação antrópica e que ocasiona rápidas mudanças nas comunidades. Este trabalho objetiva conhecer a composição e estrutura da vegetação de uma área de campo rupestre recém-queimada no Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil, situada entre 700 e 800 m acima do nível do mar, visando discussão das estratégias de regeneração das espécies mais conspícuas e das similaridades florísticas entre áreas com e sem distúrbio recente de fogo. Foi realizado um censo das espécies de plantas vasculares ocorrentes em 16 parcelas de 10x10 m, sendo as coberturas estimadas em cinco subparcelas de 2x2 m de cada parcela. Foram encontradas 85 espécies de 34 famílias, sendo 11 de monocotiledôneas, 22 de eudicotiledôneas e uma de monilófita. A espécie mais abundante foi Panicum trinii Kunth (Poaceae) e a mais frequente Periandra mediterranea (Vell.) Taub. (Fabaceae). O índice de Shannon foi 3,4. A área estudada agrupou-se com a área de afloramento rochoso em altitude menos elevada (38% de similaridade). É possível que o fogo seja mais frequente nessas áreas menos isoladas, em relação às dos topos de morros. As espécies dominantes se restabeleceram principalmente a partir de gemas de sistemas subterrâneos e aéreos. Uma das espécies mais frequentes, Dactylaena microphylla Eichler, estabeceu-se de sementes. Espécies endêmicas sensíveis à ação do fogo sobrevivem em ilhas de vegetação nos afloramentos rochosos.Sociedade Botânica do Brasil2010-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062010000300013Acta Botanica Brasilica v.24 n.3 2010reponame:Acta Botanica Brasilicainstname:Sociedade Botânica do Brasil (SBB)instacron:SBB10.1590/S0102-33062010000300013info:eu-repo/semantics/openAccessNeves,Sâmia Paula SantosConceição,Abel Augustopor2010-11-10T00:00:00Zoai:scielo:S0102-33062010000300013Revistahttps://www.scielo.br/j/abb/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpacta@botanica.org.br||acta@botanica.org.br|| f.a.r.santos@gmail.com1677-941X0102-3306opendoar:2010-11-10T00:00Acta Botanica Brasilica - Sociedade Botânica do Brasil (SBB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha |
title |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha |
spellingShingle |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha Neves,Sâmia Paula Santos distúrbio diversidade estrutura florística e fogo |
title_short |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha |
title_full |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha |
title_fullStr |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha |
title_full_unstemmed |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha |
title_sort |
Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha |
author |
Neves,Sâmia Paula Santos |
author_facet |
Neves,Sâmia Paula Santos Conceição,Abel Augusto |
author_role |
author |
author2 |
Conceição,Abel Augusto |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Neves,Sâmia Paula Santos Conceição,Abel Augusto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
distúrbio diversidade estrutura florística e fogo |
topic |
distúrbio diversidade estrutura florística e fogo |
description |
O fogo é um distúrbio recorrente em muitas áreas da Chapada Diamantina, geralmente originado por ação antrópica e que ocasiona rápidas mudanças nas comunidades. Este trabalho objetiva conhecer a composição e estrutura da vegetação de uma área de campo rupestre recém-queimada no Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil, situada entre 700 e 800 m acima do nível do mar, visando discussão das estratégias de regeneração das espécies mais conspícuas e das similaridades florísticas entre áreas com e sem distúrbio recente de fogo. Foi realizado um censo das espécies de plantas vasculares ocorrentes em 16 parcelas de 10x10 m, sendo as coberturas estimadas em cinco subparcelas de 2x2 m de cada parcela. Foram encontradas 85 espécies de 34 famílias, sendo 11 de monocotiledôneas, 22 de eudicotiledôneas e uma de monilófita. A espécie mais abundante foi Panicum trinii Kunth (Poaceae) e a mais frequente Periandra mediterranea (Vell.) Taub. (Fabaceae). O índice de Shannon foi 3,4. A área estudada agrupou-se com a área de afloramento rochoso em altitude menos elevada (38% de similaridade). É possível que o fogo seja mais frequente nessas áreas menos isoladas, em relação às dos topos de morros. As espécies dominantes se restabeleceram principalmente a partir de gemas de sistemas subterrâneos e aéreos. Uma das espécies mais frequentes, Dactylaena microphylla Eichler, estabeceu-se de sementes. Espécies endêmicas sensíveis à ação do fogo sobrevivem em ilhas de vegetação nos afloramentos rochosos. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062010000300013 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062010000300013 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0102-33062010000300013 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Botânica do Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Botânica do Brasil |
dc.source.none.fl_str_mv |
Acta Botanica Brasilica v.24 n.3 2010 reponame:Acta Botanica Brasilica instname:Sociedade Botânica do Brasil (SBB) instacron:SBB |
instname_str |
Sociedade Botânica do Brasil (SBB) |
instacron_str |
SBB |
institution |
SBB |
reponame_str |
Acta Botanica Brasilica |
collection |
Acta Botanica Brasilica |
repository.name.fl_str_mv |
Acta Botanica Brasilica - Sociedade Botânica do Brasil (SBB) |
repository.mail.fl_str_mv |
acta@botanica.org.br||acta@botanica.org.br|| f.a.r.santos@gmail.com |
_version_ |
1752126659640688640 |