Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Cynthia Domingues de
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Felfili,Jeanine Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Botanica Brasilica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062006000100013
Resumo: Os conhecimentos tradicionais dos usos mais comuns dados aos vegetais podem ser resgatados pela etnobotânica e utilizados para a valorização das plantas do Cerrado no processo de desenvolvimento econômico. Este estudo foi conduzido no município de Alto Paraíso de Goiás, localizado na microrregião denominada Chapada dos Veadeiros, a uma distância de 230 km de Brasília. O levantamento etnobotânico teve como alvo comunidades do entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e da cidade de Alto Paraíso. Foram realizadas entrevistas em aberto com os moradores locais, tentando buscar informações em níveis sócio-culturais distintos, enfocando quais plantas são mais utilizadas e suas indicações no combate a enfermidades. Observou-se que as espécies vegetais do cerrado têm uma gama considerável de utilização humana para quase todos os estratos, ervas, arbustos e árvores. Quanto às espécies arbóreas, predomina a utilização da entrecasca e sementes. A comunidade utiliza a biodiversidade nativa uma vez que 69% das 103 espécies citadas pelos entrevistados como úteis pertenceram à flora nativa. No elenco das dez espécies medicinais mais utilizadas, foram coincidentes na indicação de todos os entrevistados: chapéu de couro (Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli), arnica (Lychnophora ericoides Mart.), plantas nativas de porte herbáceo/arbustivo; as arbóreas nativas, jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne), tingui (Magonia pubescens A. St.-Hil.) e o barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville) e duas ruderais, carrapicho (Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze) e mastruz (Chenopodium ambrosioides L.), de porte herbáceo/arbustivo. Outro ponto importante evidenciado foi que, apesar do grande potencial de exploração extrativista vegetal, estes recursos estão sendo utilizados de forma indiscriminada, sem um programa eficiente de manejo sustentado.
id SBB-1_58fa5ce4b8525321d7b3b03a53d18c69
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-33062006000100013
network_acronym_str SBB-1
network_name_str Acta Botanica Brasilica
repository_id_str
spelling Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasiletnobotânicaplantas medicinaisAlto Paraíso de GoiásBrasilOs conhecimentos tradicionais dos usos mais comuns dados aos vegetais podem ser resgatados pela etnobotânica e utilizados para a valorização das plantas do Cerrado no processo de desenvolvimento econômico. Este estudo foi conduzido no município de Alto Paraíso de Goiás, localizado na microrregião denominada Chapada dos Veadeiros, a uma distância de 230 km de Brasília. O levantamento etnobotânico teve como alvo comunidades do entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e da cidade de Alto Paraíso. Foram realizadas entrevistas em aberto com os moradores locais, tentando buscar informações em níveis sócio-culturais distintos, enfocando quais plantas são mais utilizadas e suas indicações no combate a enfermidades. Observou-se que as espécies vegetais do cerrado têm uma gama considerável de utilização humana para quase todos os estratos, ervas, arbustos e árvores. Quanto às espécies arbóreas, predomina a utilização da entrecasca e sementes. A comunidade utiliza a biodiversidade nativa uma vez que 69% das 103 espécies citadas pelos entrevistados como úteis pertenceram à flora nativa. No elenco das dez espécies medicinais mais utilizadas, foram coincidentes na indicação de todos os entrevistados: chapéu de couro (Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli), arnica (Lychnophora ericoides Mart.), plantas nativas de porte herbáceo/arbustivo; as arbóreas nativas, jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne), tingui (Magonia pubescens A. St.-Hil.) e o barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville) e duas ruderais, carrapicho (Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze) e mastruz (Chenopodium ambrosioides L.), de porte herbáceo/arbustivo. Outro ponto importante evidenciado foi que, apesar do grande potencial de exploração extrativista vegetal, estes recursos estão sendo utilizados de forma indiscriminada, sem um programa eficiente de manejo sustentado.Sociedade Botânica do Brasil2006-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062006000100013Acta Botanica Brasilica v.20 n.1 2006reponame:Acta Botanica Brasilicainstname:Sociedade Botânica do Brasil (SBB)instacron:SBB10.1590/S0102-33062006000100013info:eu-repo/semantics/openAccessSouza,Cynthia Domingues deFelfili,Jeanine Mariapor2006-08-28T00:00:00Zoai:scielo:S0102-33062006000100013Revistahttps://www.scielo.br/j/abb/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpacta@botanica.org.br||acta@botanica.org.br|| f.a.r.santos@gmail.com1677-941X0102-3306opendoar:2006-08-28T00:00Acta Botanica Brasilica - Sociedade Botânica do Brasil (SBB)false
dc.title.none.fl_str_mv Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
title Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
spellingShingle Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
Souza,Cynthia Domingues de
etnobotânica
plantas medicinais
Alto Paraíso de Goiás
Brasil
title_short Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
title_full Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
title_fullStr Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
title_full_unstemmed Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
title_sort Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
author Souza,Cynthia Domingues de
author_facet Souza,Cynthia Domingues de
Felfili,Jeanine Maria
author_role author
author2 Felfili,Jeanine Maria
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza,Cynthia Domingues de
Felfili,Jeanine Maria
dc.subject.por.fl_str_mv etnobotânica
plantas medicinais
Alto Paraíso de Goiás
Brasil
topic etnobotânica
plantas medicinais
Alto Paraíso de Goiás
Brasil
description Os conhecimentos tradicionais dos usos mais comuns dados aos vegetais podem ser resgatados pela etnobotânica e utilizados para a valorização das plantas do Cerrado no processo de desenvolvimento econômico. Este estudo foi conduzido no município de Alto Paraíso de Goiás, localizado na microrregião denominada Chapada dos Veadeiros, a uma distância de 230 km de Brasília. O levantamento etnobotânico teve como alvo comunidades do entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e da cidade de Alto Paraíso. Foram realizadas entrevistas em aberto com os moradores locais, tentando buscar informações em níveis sócio-culturais distintos, enfocando quais plantas são mais utilizadas e suas indicações no combate a enfermidades. Observou-se que as espécies vegetais do cerrado têm uma gama considerável de utilização humana para quase todos os estratos, ervas, arbustos e árvores. Quanto às espécies arbóreas, predomina a utilização da entrecasca e sementes. A comunidade utiliza a biodiversidade nativa uma vez que 69% das 103 espécies citadas pelos entrevistados como úteis pertenceram à flora nativa. No elenco das dez espécies medicinais mais utilizadas, foram coincidentes na indicação de todos os entrevistados: chapéu de couro (Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli), arnica (Lychnophora ericoides Mart.), plantas nativas de porte herbáceo/arbustivo; as arbóreas nativas, jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne), tingui (Magonia pubescens A. St.-Hil.) e o barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville) e duas ruderais, carrapicho (Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze) e mastruz (Chenopodium ambrosioides L.), de porte herbáceo/arbustivo. Outro ponto importante evidenciado foi que, apesar do grande potencial de exploração extrativista vegetal, estes recursos estão sendo utilizados de forma indiscriminada, sem um programa eficiente de manejo sustentado.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062006000100013
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062006000100013
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0102-33062006000100013
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Botânica do Brasil
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Botânica do Brasil
dc.source.none.fl_str_mv Acta Botanica Brasilica v.20 n.1 2006
reponame:Acta Botanica Brasilica
instname:Sociedade Botânica do Brasil (SBB)
instacron:SBB
instname_str Sociedade Botânica do Brasil (SBB)
instacron_str SBB
institution SBB
reponame_str Acta Botanica Brasilica
collection Acta Botanica Brasilica
repository.name.fl_str_mv Acta Botanica Brasilica - Sociedade Botânica do Brasil (SBB)
repository.mail.fl_str_mv acta@botanica.org.br||acta@botanica.org.br|| f.a.r.santos@gmail.com
_version_ 1752126657901101056