Aspectos da evolução e da geografia do gênero Philodendron Schott (Araceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mayo,Simon J
Data de Publicação: 1987
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Botanica Brasilica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33061987000300004
Resumo: O gênero Philodendron se divide em três subgêneros, cada um com distintos padrões de morfologia, anatomia e distribuição. Em análise filogenética, o subgêneiro Meconostigma, o único com centro de especiação no sudeste do Brasil, mostra-se bastante apomórfico, ainda que cladisticamente primitivo no gênero. Análises fenéticas mostram que o gênero se constitue um taxon distinto, apesar de não ter um só caráter definitivo. Mostram também que feneticamente, Philodendron está mais perto de certos gêneros da África ocidental (Culcasia, Cercestis, Rhektophyllum) do que dos gêneros principalmente asiáticos com os quais está ligado pela classificação tradicional. A morfologia do gineceu varia muito no subgênero Meconostigma, com as formas mais simples ocorrendo no sudeste do Brasil e as mais elaboradas na Amazônia. Comparação com o "grupo de fora" indica que as formas mais simples são primitivas no subgênero, apontanto as espécies principalmente rupícolas, P. adamantinum Schott e P. leal-costae Mayo & G.M.Barroso, como as de gineceus mais primitivos. Com base na morfologia do gineceu, poderia ser sugerido que o subgênero evoluiu em princípio na parte oriental do Brasil, como um grupo adaptado aos habitats abertos, e que na bacia amazônica ele chegou somente mais tarde. Os dois outros subgêneros, Philodendron e Pteromischum, surgiram posteriormente, principalmente como epífitas de florestas úmidas, e se mostram hoje mais diversos no nordeste da América do Sul
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