Florística e estrutura da vegetação arbórea de um fragmento de floresta semidecedual às margens do reservatório da usina hidrelétrica Dona Rita (Itambé do Mato Dentro, MG)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Douglas Antônio de
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Oliveira-Filho,Ary Teixeira de, Vilela,Enivanis de Abreu, Curi,Nilton
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Botanica Brasilica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062000000100005
Resumo: Realizou-se o levantamento florístico e fitossociológico da comunidade arbórea de um fragmento de Floresta Estacionai Semidecidual Sub-Montana localizado às margens do reservatório da usina hidrelétrica Dona Rita, situado na Fazenda Camarinha, em Itambé do Mato Dentro, MG, na bacia do rio Doce (19º26'S, 43º 14' W, altitude entre 610 e 630m). Todos os indivíduos com diâmetro do caule à altura do solo > 5,0cm (exceto lianas) encontrados em 35 parcelas de 15xl5m (0,78ha) foram identificados, medidos e tiveram sua altura estimada (também foram coletados indivíduos que se apresentavam com estruturas reprodutivas, fora das parcelas). Foram estimados para cada espécie os seguintes parâmetros: densidade por área, freqüência absoluta, dominância absoluta e índice de valor de importância (IVI). Também foram calculados o índice de diversidade de Shannon e a equabilidade correspondente, o índice de similaridade de Jaccard e as distâncias euclidianas quadradas entre esta floresta e outras do alto e médio Rio Grande, baixo Paranaíba e alto São Francisco. Nas parcelas foram amostrados 2.430 indivíduos. Identificou-se 216 espécies (15 fora das parcelas) pertencentes a 50 famílias e 144 gêneros. Destacam-se pelo IVI as famílias Euphorbiaceae, Myrtaceae e Caesalpiniaceae e as espécies Apuleia leiocarpa, Pera glabrata, Licania hypoleuca e Mabeafistulifera. Comparada com algumas florestas ciliares do Estado, a floresta de Itambé do Mato Dentro se assemelha mais com a do alto Rio Grande (ambas localizadas em regiões sob influência da Mata Atlântica), muito embora as espécies mais importantes não sejam as mesmas. Em termos pedológicos a floresta de Itambé apresenta os solos mais intemperizados, lixiviados e profundos, apesar de seu relevo íngreme, devido ao material constitutivo dos mesmos ter sofrido intenso processo de alteração anterior ao atual ciclo pedogênico.
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