Impactos ambientais sobre o manguezal de Suape - PE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga,Ricardo Augusto Pessôa
Data de Publicação: 1989
Outros Autores: Uchoa,Terezinha Matilde de Menezes, Duarte,Maria Tereza Menezes Bezerra
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Botanica Brasilica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33061989000300003
Resumo: A zona estuarina de Suape é formada pelos rios Massangana, Tatuoca, Ipojuca e Merepe, situando-se a cerca de 25km ao sul do Recife. A implantação um porto e da infra-estrutura para um complexo industrial acarretou em obras de aterros, dragagens e represamentos, alterando a hidrologia local e modificando drasticamente a paisagem. A partir de fotografias aéreas na escala 1:30.000 obtidas nos anos de 1974 e 1988, de imagens do sensor TM do satélite Landsat 5 de 1984 e com o auxílio de carta topográfica na escala 1:25.000 de 1971, foram realizadas a fotointerpretação e a reambulação, resultando em cartas de cobertura de vegetação de mangue de 1974 e 1988, assinalando-se as intervenções físicas ocorridas neste período. Dos 2874ha de manguezal existentes em 1974, restam em 1988 2276ha, com uma perda de 21% do total. Destes 214ha foram aterrados por aterro hidráulico ou material argiloso oriundo de outras áreas; 384ha foram alagados, em decorrência de dragagens e de inundações por represamento. Mais 27ha encontram-se em processo de degradação, devido a uma inundação temporária ocorrida, em consequência de obstrução de vazão do rio Ipojuca em sua foz, quando da construção do porto. Foram marcadas oito estações nas áreas preservadas e em regeneração para caracterização da estrutura do manguezal, formado pelas espécies Rhizophora mangle L., Avicennia germinam (L.) Stearn. Avicennia shaueriana Stapf. & Lee chman, Laguncularia racemosa Gaertn.. além do Conocarpus erectus L. que ocorre periféricamente. Os bosques estudados nas áreas preservadas apresentam-se, com um bom desenvolvimento, maduros ou em amadurecimento, de acordo com os parâmetros evidenciados (densidade, área basal, altura média do bosque e diâmetro médio). Os bosques estudados nas áreas em regeneração apresentam-se bastante jo vens com uma densidade elevada indicando portanto que, se estas áreas forem pre servadas, tais bosques atingirão o seu equilibrio.
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