Estrutura comunitária e amplitude ecológica do componente lenhoso de uma floresta de restinga mal drenada no sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Menezes,Luis Fernando Tavares de
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Araujo,Dorothy Sue Dunn de, Nettesheim,Felipe Cito
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Botanica Brasilica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062010000300025
Resumo: Analisamos a estrutura de uma floresta mal drenada na Restinga da Marambaia, RJ, e a amplitude ecológica das espécies quanto à tolerância à inundação do solo. Foram amostrados em 50 parcelas contíguas de 10 X 10m (0,5 ha), indivíduos com diâmetro do caule a altura do peito (DAP) >2,5 cm. Registramos 1.223 indivíduos vivos (distribuídos em 24 famílias, 43 gêneros e 57 espécies). O índice de diversidade de Shannon (H') foi de 2,87 e a equabilidade (J') foi de 0,68. A densidade total foi de 2.446 ind. ha-1 e a área basal de 25,14 m². ha-1. As famílias mais ricas em espécies foram Myrtaceae (13), Leguminosae (5), Annonaceae, Euphorbiaceae, Myrsinaceae e Sapindaceae (4). Dez espécies apresentaram valor de importância (VI) acima de nove, correspondendo o somatório de seus valores a 75% do VI total. As espécies com maiores valores de VI foram Tapirira guianensis Aubl. (42,42), Amaioua intermedia Mart. ex Roem. & Schult. (40,77) e Chaetocarpus myrsinites Baill. (39,98), que juntas detiveram 41% do VI total. A comunidade arbórea analisada foi composta principalmente por espécies preferenciais de áreas secas, ou seja, espécies com preferência por alagamento periódico do solo ou solos mais secos, mas não com alagamento permanente ou quase permanente do solo. A maior similaridade da floresta mal drenada da Marambaia foi observada com as florestas inundáveis do Parque Nacional de Jurubatiba, RJ (21,4 e 23,8%). Nossos resultados permitiram concluir que não existe uma flora particular para as formações inundáveis nas restingas do sul e sudeste brasileiro e que mudanças do padrão florístico da vegetação dessas áreas ocorrem em função da proximidade da fonte de propágulos de espécies com alta tolerância à inundação do solo e secundariamente relacionada a questões fitogeográficas, ligadas à limitação da distribuição de espécies pelas condições climáticas das regiões subtropicais.
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