Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2022000500961 |
Resumo: | Resumo Fundamento A rigidez aórtica é considerada um marcador de doença cardiovascular. A ressonância magnética cardiovascular (RMC) permite realizar uma avaliação abrangente da rigidez aórtica e da isquemia miocárdica em um único exame. Entretanto, dados prognósticos relacionados à rigidez aórtica em pacientes idosos permanecem limitados. Objetivo Determinar o valor prognóstico da rigidez aórtica usando a velocidade da onda de pulso (VOP) baseada em RMC em pacientes idosos com doença arterial coronariana (DAC). Métodos Foram cadastrados pacientes consecutivos com idade >70 com indicação para RMC com perfusão de estresse com adenosina incluindo VOP, entre 2010 e 2014. Os pacientes foram acompanhados para verificar a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (MACE), incluindo mortalidade cardíaca, infarto do miocárdio não fatal, hospitalização por insuficiência cardíaca, revascularização tardia (>180 dias após a RMC), e acidente vascular isquêmico. Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para determinar os preditores de MACE. Um p-valor <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados A VOP média foi 13,98±9,00 m/s. Depois de um período mediano de acompanhamento de 59,6 meses em 263 pacientes (55% do sexo feminino, 77±5 anos), ocorreram 61 MACE. Pacientes com VOP elevada (>13,98 m/s) tiveram índices de MACE significativamente mais altos (FC 1,75; IC 95% 1,05-2,94; p=0,03) que os dos pacientes com VOP não elevada (<13,98 m/s). A análise multivariada demonstrou que pressão arterial diastólica, fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE), isquemia miocárdica, e VOP elevada são preditores independentes de MACE (p<0,05 para todos). A VOP apresentou um valor prognóstico incremental em relação a dados clínicos, FEVE e isquemia (qui-quadrado global aumentado = 7,25, p=0,01). Conclusão A rigidez aórtica, usando-se a RMC, é um preditor independente forte de eventos cardiovasculares em pacientes idosos com suspeita de DAC ou DAC confirmada. |
id |
SBC-1_381e2cc7c458e086e8b8fda8b7a603da |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0066-782X2022000500961 |
network_acronym_str |
SBC-1 |
network_name_str |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial CoronarianaRigidez AórticaRessonância Magnética CardiovascularDoença arterial CoronarianaIdosoPrognósticoResumo Fundamento A rigidez aórtica é considerada um marcador de doença cardiovascular. A ressonância magnética cardiovascular (RMC) permite realizar uma avaliação abrangente da rigidez aórtica e da isquemia miocárdica em um único exame. Entretanto, dados prognósticos relacionados à rigidez aórtica em pacientes idosos permanecem limitados. Objetivo Determinar o valor prognóstico da rigidez aórtica usando a velocidade da onda de pulso (VOP) baseada em RMC em pacientes idosos com doença arterial coronariana (DAC). Métodos Foram cadastrados pacientes consecutivos com idade >70 com indicação para RMC com perfusão de estresse com adenosina incluindo VOP, entre 2010 e 2014. Os pacientes foram acompanhados para verificar a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (MACE), incluindo mortalidade cardíaca, infarto do miocárdio não fatal, hospitalização por insuficiência cardíaca, revascularização tardia (>180 dias após a RMC), e acidente vascular isquêmico. Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para determinar os preditores de MACE. Um p-valor <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados A VOP média foi 13,98±9,00 m/s. Depois de um período mediano de acompanhamento de 59,6 meses em 263 pacientes (55% do sexo feminino, 77±5 anos), ocorreram 61 MACE. Pacientes com VOP elevada (>13,98 m/s) tiveram índices de MACE significativamente mais altos (FC 1,75; IC 95% 1,05-2,94; p=0,03) que os dos pacientes com VOP não elevada (<13,98 m/s). A análise multivariada demonstrou que pressão arterial diastólica, fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE), isquemia miocárdica, e VOP elevada são preditores independentes de MACE (p<0,05 para todos). A VOP apresentou um valor prognóstico incremental em relação a dados clínicos, FEVE e isquemia (qui-quadrado global aumentado = 7,25, p=0,01). Conclusão A rigidez aórtica, usando-se a RMC, é um preditor independente forte de eventos cardiovasculares em pacientes idosos com suspeita de DAC ou DAC confirmada.Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2022-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2022000500961Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.118 n.5 2022reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.36660/abc.20210452info:eu-repo/semantics/openAccessKaolawanich,YodyingBoonyasirinant,Thananyapor2022-05-10T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2022000500961Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2022-05-10T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana |
title |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana |
spellingShingle |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana Kaolawanich,Yodying Rigidez Aórtica Ressonância Magnética Cardiovascular Doença arterial Coronariana Idoso Prognóstico |
title_short |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana |
title_full |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana |
title_fullStr |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana |
title_full_unstemmed |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana |
title_sort |
Valor Prognóstico de Rigidez Aórtica usando Ressonância Magnética Cardiovascular em Idosos com Suspeita ou Confirmação de Doença Arterial Coronariana |
author |
Kaolawanich,Yodying |
author_facet |
Kaolawanich,Yodying Boonyasirinant,Thananya |
author_role |
author |
author2 |
Boonyasirinant,Thananya |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Kaolawanich,Yodying Boonyasirinant,Thananya |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Rigidez Aórtica Ressonância Magnética Cardiovascular Doença arterial Coronariana Idoso Prognóstico |
topic |
Rigidez Aórtica Ressonância Magnética Cardiovascular Doença arterial Coronariana Idoso Prognóstico |
description |
Resumo Fundamento A rigidez aórtica é considerada um marcador de doença cardiovascular. A ressonância magnética cardiovascular (RMC) permite realizar uma avaliação abrangente da rigidez aórtica e da isquemia miocárdica em um único exame. Entretanto, dados prognósticos relacionados à rigidez aórtica em pacientes idosos permanecem limitados. Objetivo Determinar o valor prognóstico da rigidez aórtica usando a velocidade da onda de pulso (VOP) baseada em RMC em pacientes idosos com doença arterial coronariana (DAC). Métodos Foram cadastrados pacientes consecutivos com idade >70 com indicação para RMC com perfusão de estresse com adenosina incluindo VOP, entre 2010 e 2014. Os pacientes foram acompanhados para verificar a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (MACE), incluindo mortalidade cardíaca, infarto do miocárdio não fatal, hospitalização por insuficiência cardíaca, revascularização tardia (>180 dias após a RMC), e acidente vascular isquêmico. Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para determinar os preditores de MACE. Um p-valor <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados A VOP média foi 13,98±9,00 m/s. Depois de um período mediano de acompanhamento de 59,6 meses em 263 pacientes (55% do sexo feminino, 77±5 anos), ocorreram 61 MACE. Pacientes com VOP elevada (>13,98 m/s) tiveram índices de MACE significativamente mais altos (FC 1,75; IC 95% 1,05-2,94; p=0,03) que os dos pacientes com VOP não elevada (<13,98 m/s). A análise multivariada demonstrou que pressão arterial diastólica, fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE), isquemia miocárdica, e VOP elevada são preditores independentes de MACE (p<0,05 para todos). A VOP apresentou um valor prognóstico incremental em relação a dados clínicos, FEVE e isquemia (qui-quadrado global aumentado = 7,25, p=0,01). Conclusão A rigidez aórtica, usando-se a RMC, é um preditor independente forte de eventos cardiovasculares em pacientes idosos com suspeita de DAC ou DAC confirmada. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-05-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2022000500961 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2022000500961 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.36660/abc.20210452 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.118 n.5 2022 reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) instacron:SBC |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) |
instacron_str |
SBC |
institution |
SBC |
reponame_str |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) |
collection |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) |
repository.mail.fl_str_mv |
||arquivos@cardiol.br |
_version_ |
1752126572504023040 |