O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abizaid,Andrea Claudia Leão de Sousa
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Piegas,Leopoldo Soares, Abizaid,Alexandre Antonio Cunha, Tanajura,Luiz Fernando Leite, Chaves,Aurea Jacob, Centemero,Marinella Patrizia, Seixas,Ana Cristina C., Mattos,Luiz Alberto Piva, Pinto,Ibraim, Sousa,Amanda Guerra Morais Rego, Sousa,J. Eduardo Morais Rego
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2004001900002
Resumo: OBJETIVO: Investigar o critério ultra-sonográfico de área mínima da luz (AML), com valor de corte igual a 4,0 mm² na tentativa de diferençar as lesões que devem ou não ser tratadas. MÉTODOS: Incluímos 173 pacientes consecutivos com lesões angiograficamente moderadas (porcentual de estenose entre 40 e 70) submetidos à realização de ultra-som, divididos em 2 grupos: grupo 1 clínico (AML > 4,0 mm²) e grupo 2 revascularização (AML < 4,0 mm²), que foram acompanhados para determinar as taxas de eventos cardíacos maiores (ECM) em dois anos, a necessidade de revascularização da lesão-alvo e identificar os preditores clínicos, angiográficos e ultra-sonográficos dos eventos. RESULTADOS: Apresentaram AML > 4,0 mm² 75 (43%) pacientes, mantidos clinicamente e 98 (57%) pacientes AML < 4,0 mm², tratados com stents coronarianos. Pela angiografia coronariana quantitativa não houve diferença significante entre o porcentual de estenose do vaso [grupo 1: 48% vs grupo 2: 53%; p=0,06]. Ao contrário das mensurações ultra-sonográficas, pois a AML mostrou-se significativamente maior no grupo 1 quando comparada ao grupo 2 [4,54 mm² vs 2,45 mm²; p<0,001)]. O impacto clínico da tomada de decisão foi favorável, não verificando-se diferença na ocorrência de eventos cardíacos maiores: [grupo 1: 5 (7%) vs grupo 2: 14 (15%); p= 0,09]. A necessidade de revascularização da lesão-alvo também não diferiu (grupo 1: 3 (4%) vs grupo 2: 11 (12%); p=0,07). As variáveis preditoras para os ECM foram: diabetes, angina CFIII pré-hospitalização e a AML avaliada pelo ultra-som. CONCLUSÃO: A estratégia de decisão de tratamento assegura baixas taxas de ECM em ambos os grupos no seguimento de 24 meses, garantindo reduzidas taxas de revascularização, sendo as variáveis preditoras de eventos cardíacos maiores: diabetes melito, angina classe funcional III e a AML ao ultra-som intracoronariano.
id SBC-1_451454e3a79d3ed1aa128e1beeab5ff8
oai_identifier_str oai:scielo:S0066-782X2004001900002
network_acronym_str SBC-1
network_name_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository_id_str
spelling O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadasultra-som intracoronarianolesão coronariana moderadadoença arterial coronarianaOBJETIVO: Investigar o critério ultra-sonográfico de área mínima da luz (AML), com valor de corte igual a 4,0 mm² na tentativa de diferençar as lesões que devem ou não ser tratadas. MÉTODOS: Incluímos 173 pacientes consecutivos com lesões angiograficamente moderadas (porcentual de estenose entre 40 e 70) submetidos à realização de ultra-som, divididos em 2 grupos: grupo 1 clínico (AML > 4,0 mm²) e grupo 2 revascularização (AML < 4,0 mm²), que foram acompanhados para determinar as taxas de eventos cardíacos maiores (ECM) em dois anos, a necessidade de revascularização da lesão-alvo e identificar os preditores clínicos, angiográficos e ultra-sonográficos dos eventos. RESULTADOS: Apresentaram AML > 4,0 mm² 75 (43%) pacientes, mantidos clinicamente e 98 (57%) pacientes AML < 4,0 mm², tratados com stents coronarianos. Pela angiografia coronariana quantitativa não houve diferença significante entre o porcentual de estenose do vaso [grupo 1: 48% vs grupo 2: 53%; p=0,06]. Ao contrário das mensurações ultra-sonográficas, pois a AML mostrou-se significativamente maior no grupo 1 quando comparada ao grupo 2 [4,54 mm² vs 2,45 mm²; p<0,001)]. O impacto clínico da tomada de decisão foi favorável, não verificando-se diferença na ocorrência de eventos cardíacos maiores: [grupo 1: 5 (7%) vs grupo 2: 14 (15%); p= 0,09]. A necessidade de revascularização da lesão-alvo também não diferiu (grupo 1: 3 (4%) vs grupo 2: 11 (12%); p=0,07). As variáveis preditoras para os ECM foram: diabetes, angina CFIII pré-hospitalização e a AML avaliada pelo ultra-som. CONCLUSÃO: A estratégia de decisão de tratamento assegura baixas taxas de ECM em ambos os grupos no seguimento de 24 meses, garantindo reduzidas taxas de revascularização, sendo as variáveis preditoras de eventos cardíacos maiores: diabetes melito, angina classe funcional III e a AML ao ultra-som intracoronariano.Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2004-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2004001900002Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.83 n.spe 2004reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.1590/S0066-782X2004001900002info:eu-repo/semantics/openAccessAbizaid,Andrea Claudia Leão de SousaPiegas,Leopoldo SoaresAbizaid,Alexandre Antonio CunhaTanajura,Luiz Fernando LeiteChaves,Aurea JacobCentemero,Marinella PatriziaSeixas,Ana Cristina C.Mattos,Luiz Alberto PivaPinto,IbraimSousa,Amanda Guerra Morais RegoSousa,J. Eduardo Morais Regopor2004-12-13T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2004001900002Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2004-12-13T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false
dc.title.none.fl_str_mv O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas
title O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas
spellingShingle O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas
Abizaid,Andrea Claudia Leão de Sousa
ultra-som intracoronariano
lesão coronariana moderada
doença arterial coronariana
title_short O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas
title_full O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas
title_fullStr O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas
title_full_unstemmed O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas
title_sort O uso do ultra-som intracoronariano na tomada de decisão para o tratamento das lesões coronarianas moderadas
author Abizaid,Andrea Claudia Leão de Sousa
author_facet Abizaid,Andrea Claudia Leão de Sousa
Piegas,Leopoldo Soares
Abizaid,Alexandre Antonio Cunha
Tanajura,Luiz Fernando Leite
Chaves,Aurea Jacob
Centemero,Marinella Patrizia
Seixas,Ana Cristina C.
Mattos,Luiz Alberto Piva
Pinto,Ibraim
Sousa,Amanda Guerra Morais Rego
Sousa,J. Eduardo Morais Rego
author_role author
author2 Piegas,Leopoldo Soares
Abizaid,Alexandre Antonio Cunha
Tanajura,Luiz Fernando Leite
Chaves,Aurea Jacob
Centemero,Marinella Patrizia
Seixas,Ana Cristina C.
Mattos,Luiz Alberto Piva
Pinto,Ibraim
Sousa,Amanda Guerra Morais Rego
Sousa,J. Eduardo Morais Rego
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Abizaid,Andrea Claudia Leão de Sousa
Piegas,Leopoldo Soares
Abizaid,Alexandre Antonio Cunha
Tanajura,Luiz Fernando Leite
Chaves,Aurea Jacob
Centemero,Marinella Patrizia
Seixas,Ana Cristina C.
Mattos,Luiz Alberto Piva
Pinto,Ibraim
Sousa,Amanda Guerra Morais Rego
Sousa,J. Eduardo Morais Rego
dc.subject.por.fl_str_mv ultra-som intracoronariano
lesão coronariana moderada
doença arterial coronariana
topic ultra-som intracoronariano
lesão coronariana moderada
doença arterial coronariana
description OBJETIVO: Investigar o critério ultra-sonográfico de área mínima da luz (AML), com valor de corte igual a 4,0 mm² na tentativa de diferençar as lesões que devem ou não ser tratadas. MÉTODOS: Incluímos 173 pacientes consecutivos com lesões angiograficamente moderadas (porcentual de estenose entre 40 e 70) submetidos à realização de ultra-som, divididos em 2 grupos: grupo 1 clínico (AML > 4,0 mm²) e grupo 2 revascularização (AML < 4,0 mm²), que foram acompanhados para determinar as taxas de eventos cardíacos maiores (ECM) em dois anos, a necessidade de revascularização da lesão-alvo e identificar os preditores clínicos, angiográficos e ultra-sonográficos dos eventos. RESULTADOS: Apresentaram AML > 4,0 mm² 75 (43%) pacientes, mantidos clinicamente e 98 (57%) pacientes AML < 4,0 mm², tratados com stents coronarianos. Pela angiografia coronariana quantitativa não houve diferença significante entre o porcentual de estenose do vaso [grupo 1: 48% vs grupo 2: 53%; p=0,06]. Ao contrário das mensurações ultra-sonográficas, pois a AML mostrou-se significativamente maior no grupo 1 quando comparada ao grupo 2 [4,54 mm² vs 2,45 mm²; p<0,001)]. O impacto clínico da tomada de decisão foi favorável, não verificando-se diferença na ocorrência de eventos cardíacos maiores: [grupo 1: 5 (7%) vs grupo 2: 14 (15%); p= 0,09]. A necessidade de revascularização da lesão-alvo também não diferiu (grupo 1: 3 (4%) vs grupo 2: 11 (12%); p=0,07). As variáveis preditoras para os ECM foram: diabetes, angina CFIII pré-hospitalização e a AML avaliada pelo ultra-som. CONCLUSÃO: A estratégia de decisão de tratamento assegura baixas taxas de ECM em ambos os grupos no seguimento de 24 meses, garantindo reduzidas taxas de revascularização, sendo as variáveis preditoras de eventos cardíacos maiores: diabetes melito, angina classe funcional III e a AML ao ultra-som intracoronariano.
publishDate 2004
dc.date.none.fl_str_mv 2004-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2004001900002
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2004001900002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0066-782X2004001900002
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.83 n.spe 2004
reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron:SBC
instname_str Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron_str SBC
institution SBC
reponame_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
collection Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
repository.mail.fl_str_mv ||arquivos@cardiol.br
_version_ 1752126553338150913