Revascularização do miocárdio no paciente octogenário: 15 anos de observação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Iglézias,José Carlos R
Data de Publicação: 1993
Outros Autores: Dallan,Luís Alberto, Oliveira,Sérgio Ferreira de, Ramires,José Antônio F, Oliveira,Sérgio Almeida de, Verginelli,Geraldo, Jatene,Adib D
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381993000300008
Resumo: Com o objetivo de avaliar a mortalidade hospitalar atual e comparar a evolução da revascularização convencional do miocárdio nos pacientes octogenários, tratados evolutivamente de Janeiro/1978 a Janeiro/ 1993, no InCór, foram analisados, retrospectivamente, todos os pacientes operados no período. Dos 47 pacientes, 35 (74,46%) eram do sexo masculino e 12 (25,53%) do sexo feminino. A média de idade foi igual a 81,85 (80 a 88) anos. A indicação operatória ocorreu devido ao quadro de angina instável em 29 (61,70%) pacientes, angina estável em 17 (36,17%) pacientes e em 1 (2,12%) paciente devido a dissecção de placa de ateroma quando da realização de angioplastia. As operações foram realizadas em caráter eletivo em 33 (70,21%) pacientes, em caráter de urgência em 10 (21,27%) paciéntese em caráter emergencial nos outros 4 (8,51 %). Os condutos utilizados foram a veia safena autógena em 41 (87,23%) pacientes e a artéria torácica interna pediculada em 6 (12,76%). A mortalidade hospitalar foi de 8,5% e as causas de óbito foram: encefalopatia anóxica, insuficiência respiratória, hemorragia digestiva e choque cardiogênico secundário a infarto agudo do miocárdio. O tempo médio de seguimento foi de 17,6 (1 a 75) meses. As causas de óbito tempo-relacionadas foram: neoplasias em 3 (27,27%) pacientes, infecção em 3 (27,27%) pacientes, acidente vascular cerebral em 2 (18,18%) pacientes, trombose mesentérica em 1 (9,09%) paciente, síndrome depressiva em 1 (9,09%) paciente e choque cardiogênico em 1 (9,09%). Analisando a sobrevida tempo-relacionada, observamos que nos 3 últimos períodos: 91,92 e Janeiro/93 a mortalidade caiu para zero. A grande maioria dos pacientes estava livre de angina e de sinais e/ou sintomas de insuficiência cardíaca. Concluímos que a revascularização convencional do miocárdio representa boa alternativa terapêutica para o paciente octogenário portador de doença arterial coronária, não só devido ao risco operatório decrescente, como também à redução/abolição dos sintomas, melhorando a qualidade e/ou a expectativa de vida.
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