O uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina e sua relação com eventos no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Radaelli,Graciane
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Bodanese,Luiz Carlos, Guaragna,João Carlos Vieira da Costa, Borges,Anibal Pires, Goldani,Marco Antonio, Petracco,João Batista, Piccoli,Jacqueline da Costa Escobar, Albuquerque,Luciano Cabral
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382011000300011
Resumo: FUNDAMENTO: Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) reduzem o risco de óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular encefálico (AVE) em portadores de doença coronariana. No entanto, não há consenso quanto à sua indicação em pacientes que serão submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). OBJETIVO: Avaliar a relação entre uso pré-operatório de IECA e eventos clínicos após realização da CRM. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo. Foram incluídos dados de 3.139 pacientes consecutivos submetidos à CRM isolada em hospital terciário brasileiro, entre janeiro de 1996 e dezembro de 2009. O seguimento dos pacientes foi realizado até a alta hospitalar ou óbito. Desfechos clínicos no pós-operatório foram analisados entre os usuários e os não-usuários de IECA no pré-operatório. RESULTADOS: Cinquenta e dois por cento (1.635) dos pacientes receberam IECA no pré-operatório. O uso de IECA foi preditor independente da necessidade de suporte inotrópico (RC 1,24, IC 1,01-1,47; P=0,01), de insuficiência renal aguda (IRA, RC 1,23, IC 1,01-1,73; P=0,04) e de evolução para fibrilação atrial (FA, RC 1,32, IC 1,02-1,7; P=0,03) no pós-operatório. A mortalidade entre os pacientes que receberam ou não IECA no pré-operatório foi semelhante (10,3 vs. 9,4%, P=0,436), bem como a incidência de IAM e AVE (15,6 vs. 15,0%, P=0,694 e 3,4 vs. 3,5%, P=0,963, respectivamente). CONCLUSÃO: O uso pré-operatório de IECA foi associado a maior necessidade de suporte inotrópico e maior incidência de IRA e FA no pós-operatório, não estando associado ao aumento das taxas de IAM, AVE ou óbito
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