"Non Working Beating Heart": novo método de proteção miocárdica no transplante cardíaco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dinkhuysen,Jarbas Jakson
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Contreras,Carlos, Cipullo,Reginaldo, Finger,Marco Aurélio, Rossi,João, Manrique,Ricardo, Magalhães,Hélio M., Chaccur,Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382011000400020
Resumo: INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Trata-se do implante em posição ortotópica bicaval bipulmonar do coração doado batendo em normotermia. Este estudo busca diminuir o tempo isquêmico e criar condições de ir se adaptando ao organismo hospedeiro. MÉTODOS: Já em CEC, a primeira anastomose a ser feita é a da aorta, reperfundindo as artérias coronárias e recuperando os batimentos. As restantes são realizadas com o coração batendo em ritmo sinusal, sendo a da artéria pulmonar a última. Esta metodologia foi aplicada em 10 pacientes receptores, sendo oito do sexo masculino, com idades entre 16 e 69 (média de 32,7 anos), PSAo 90-100 (média de 96 mmHg), PSAP 25-65 (média de 46,1 mmHg), RVP 0,9-5,0 (média de 3,17 Wood), GTP 4-13 (média de 7,9 mmHg). Entre os 10 doadores, sete eram do sexo masculino, com idade entre 15 e 48 (média 27,7 anos), peso entre 65 e 114 kg (média de 83,1 kg). As causas do coma encefálico foram: TCE (cinco), AVCH (quarto) e tumor cerebral (um). RESULTADOS: O tempo isquêmico variou de 58 a 90 minutos (média 67,6 minutos), sendo que oito doadores estavam em hospitais da região metropolitana de São Paulo e dois em cidades distantes. Todos os enxertos, após completadas as anastomoses, retomaram o fluxo e o débito, mantendo bons parâmetros, com baixa dosagem de inotrópico e mantiveram estas condições no pós-operatório imediato. Não ocorreram óbitos e todos os pacientes obtiveram alta hospitalar. A evolução tardia variou de 20 dias a 10 meses, tendo ocorrido um óbito ao 4º mês pós-transplante, por sepse. CONCLUSÕES: Esta metodologia, além de reduzir o tempo isquêmico, permite ao órgão doado recuperar e manter seus batimentos sem pré nem pós-carga durante o implante, o que enseja proporcionar recuperação fisiológica, ultraestrutural, imunológica, inflamatória e mecânica do enxerto, com resultados consistentes precoces e tardios.
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