Tratamento cirúrgico da rotura do septo interventricular pós infarto agudo do miocárdio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tanajura,Luiz Fernando Leite
Data de Publicação: 1987
Outros Autores: Piegas,Leopoldo S, Mattos,Luiz Alberto, Pinto,Ibraim Francisco, Magalhães,Hélio M. de, Bembom,Jaime da Cunha, Arnoni,Antoninho S, Oliveira,João Bosco de, Abdulmassih Neto,Camilo, Dinkhuysen,Jarbas J, Souza,Luiz Carlos Bento de, Paulista,Paulo P, Jatene,Adib D, Sousa,José Eduardo M. R
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381987000200001
Resumo: A rotura do septo interventricular (RSI) reduz a perspectiva de sobrevida do paciente com infarto agudo do miocárdio (IAM). Entre 1968 e 1987, atendemos 48 pacientes (p) com este diagnóstico, sendo 16 (33%) mantidos clinicamente e 32 (67%) submetidos a cirurgia. Todos os p clínicos faleceram durante a internação. Dentre os p operados, o IAM se localizava na parede anterior em 18 (56%) e na inferior em 14 (44%), com mortalidades respectivas de 6 (33%) e 4 (29%). Disfunção ventricular esquerda severa (Killip III e IV) foi encontrada em 26 (81%). Em 18 (56%) p foi introduzido o cateter de Swan-Ganz. Dos 31 (97%) p que se submeteram a cinecoronariografia, 22 (71%) apresentavam lesão uniarterial e 9 (29%), doença multiarterial. Entre os p com lesões isoladas, a descendente anterior foi acometida em 15 (68%), a coronária direita em 6 (27%) e a circunflexa em 1 (5%). A cirurgia foi realizada nas 2 primeiras semanas de evolução em 8 (25%) e, após este período, em 24 (75%), com mortalidades de 6 (75%) e 4 (17%), respectivamente. O balão intra-aórtico foi usado em 7 (22%). Os procedimentos cirúrgicos associados ao fechamento da RSI foram revascularização miocárdica em 10 (31%), aneurismectomia de VE em 17 (53%) e infartectomia e 6 (19%). Na evolução tardia, dos 22 sobreviventes, 14 (64%) encontram-se assintomáticos, 1 (5%) sintomático, ocorreram 4 (18%) óbitos e perdeu-se a evolução de 3 (13%). Concluímos que, apesar do risco cirúrgico, a cirurgia precoce ainda é a melhor opção terapêutica desta complicação.
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