Reconstrução geométrica do ventrículo esquerdo: avaliação intraoperatória por ecocardiograma transesofágico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jatene,Marcelo B
Data de Publicação: 1993
Outros Autores: Moraes,Álvaro, Jatene,Fábio B, Medeiros,Caio, Rezende,Marcos V, Dallan,Luís Alberto, Jatene,Adib D
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381993000400004
Resumo: O tratamento cirúrgico do aneurisma do VE teve seus resultados incrementados com a aplicação do princípio da reconstrução da geometria da cavidade do VE através da aplicação de diferentes técnicas cirúrgicas. No auxílio da avaliação imediata dos resultados da cirurgia, além dos parâmetros hemodinâmicos, a ecocardiografia transesofágica vem se mostrando um método útil e eficiente. No período de julho/91 a janeiro/92, 22 pacientes consecutivos portadores de aneurisma de VE foram operados, sendo 20 masculinos com idade variando de 35 a 72 anos (57,1a). Dois grupos foram individualizados, sendo o grupo 1 (GI) composto por 11 pacientes que, além do tratamento do aneurisma de VE, receberam revascularização para outro território coronariano além da descendente anterior (DA) e GII com 11 pacientes que corrigiram o aneurisma de VE e não revascularizaram outras coronárias, além da DA.. Todos os pacientes apresentavam ICC prévia á operação e 8 pacientes sintomas anginosos no GI e 3 no GII. Os dois grupos eram similares quanto a idade, sexo e presença de ICC. Todos os pacientes foram operados com auxílio de circulação extracorpórea (CEC) em hipotermia moderada e pinçamento intermitente de aorta, pelo mesmo cirurgião. A técnica cirúrgica empregada constou da reconstrução da geometria da cavidade do VE com aplicação de sucessivas plicaturas da região septal e ântero-apical, além da RM nos casos já citados. Não houve óbitos e, além de suporte hemodinâmico com drogas inotrópicas, 4 pacientes fizeram uso de balão intra-órtico, com boa evolução posterior. A avaliação ecocardiográfica foi realizada antes do início da CEC e após saída de CEC em quadro de estabilidade hemodinâmica. Vários parâmetros foram avaliados como: espessamento da parede inferior que no pré-CEC era 31 % no Gl e 28% no G11 e no pós-CEC mudou para 62% e 60% no G1 e G11 (p,05). A fração de ejeção variou de 24% e 26% em G1 e G11 no pré-CEC para 51 % e 53% em G1 e G11 no pós-CEC (p,05). O diâmetro diastólico variou de 66 e 64 mm em G1 e G11 no pré-CEC para 54 e 52 mm após a correção em G1 e G11 (p,05). Em conclusão, a técnica de reconstrução da geometria do VE se mostrou eficiente, confirmada por parâmetros hemodinâmicos e ecocardiográficos durante o intraoperatório.
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