Uso de bomba centrífuga no pós-operatório de cirurgia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pêgo-Fernandes,Paulo M
Data de Publicação: 1992
Outros Autores: Moreira,Luiz Felipe P, Dallan,Luís Alberto, Auler Júnior,José Otávio C, Stolf,Noedir A. G, Oliveira,Sérgio Almeida de, Jatene,Adib D
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381992000400005
Resumo: Nos casos de choque cardiogênico após cirurgia cardíaca com auxílio da circulação extracorpórea retratarlos às drogas e ao balão intra-aórtico, as bombas centrífugas têm sido a primeira opção em vários Serviços. Esse fato deve-se à facilidade de manuseio, de instalação, custo razoável, grande disponibilidade, e alto grau de eficiência. O objetivo deste trabalho é o relato da experiência do Instituto do Coração com 8 pacientes submetidos a essa terapêutica, no período de maio de 1990 a dezembro de 1991. Nesses 8 doentes foi utilizado previamente balão intra-aórtico e feito uso maciço de drogas vasoativas. A idade variou de 54 a 66 anos. Três foram submetidos a revascularização do miocárdio, 2 a correção de aneurisma de ventrículo esquerdo, 2 a troca de valva mitral e 1 a transplante cardíaco. Em 7 a assistência foi de ventrículo esquerdo e em 1 de direito. A duração da assistência variou de 18 a 126 horas. Ocorreram três óbitos em assistência, sendo que dois eram pacientes em "ponte" para transplante que não obtiveram doador, e um morreu por complicações de sangramento e insuficiência renal aguda. Dos 5 (62,5%) pacientes retirados da assistência, 2 faleceram tardiamente sendo 1 com pulmão de choque e 1 com complicação neurológica e insuficiência renal. Quando comparamos a evolução clínica com o pico de CKMB, verificamos que os 3 pacientes com pico maior que 80 faleceram, 2 em assistência e 1 tardiamente. Dos 5 doentes com pico de CKMB menor que 80, 4 foram retirados de assistência, com 3 sobreviventes tardios, e o único que morreu em assistência foi por problemas de sangramento. Os 3 (35%) pacientes sobreviventes estão no 5º, 9º e 19º meses de seguimento, 2 em classe funcional II e 1 em classe I. A utilização precoce, antes de complicações irreversíveis, da assistência circulatória, deverá permitir resultados progressivamente melhores, nesse grupo de pacientes de alto risco.
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