Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abdulmassih Neto,Camilo
Data de Publicação: 1993
Outros Autores: Barbosa,Marcos A. O, Piegas,Leopoldo S, Chaccur,Paulo, Dinkhuysen,Jarbas J, Salerno,Pedro R, Arnoni,Antoninho S, Paulista,Paulo P, Souza,Luiz Carlos Bento de, Jatene,Adib D
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381993000200007
Resumo: A embolia pulmonar maciça é uma afecção que exige diagnóstico e tratamento precoces, com a finalidade de reduzir a morbi-mortalidade, neste grave grupo de pacientes. No período compreendido entre janeiro de 1984 e dezembro de 1992, foram submetidos a tromboembolectomia por cirurgia 8 pacientes, acometidos de embolia pulmonar maciça. A idade variou de 36 a 70 anos com média de 56,6 anos, sendo 6 do sexo masculino. Destes, 6 (75%) tinham antecedentes cirúrgicos recentes: revascularização do miocárdio em 3, lipoaspiração abdominal em 2 e hemorroidectomia em 1. Todos apresentavam níveis importantes de hipóxia, com paO2 arterial, média de 55 mm/Hg. O diagnóstico foi confirmado em 6 (75%) por angiografia pulmonar, com comprometimento arterial pulmonar superior a 70%, e por cirurgia em 2. O tratamento instituído foi a tromboembolectomia com circulação extracorpórea. O tempo transcorrido entre o início dos sintomas e a realização da operação (T) variou de 2 horas a 72 horas, com média de 18,5 horas. Na evolução hospitalar, 4 (50%) faleceram, sendo que 2 haviam apresentado parada cardíaca prévia. As causas de óbito foram: síndrome de angústia respiratória do adulto, 1; infecção pulmonar, 1; coma neurológico, 1; insuficiência miocárdica, 1. Os 4 sobreviventes que tiveram boa evolução apresentaram T médio de 3,5 horas, bem inferiores aos que faleceram, cujo T médio foi de 33,5. As cintilografias feitas entre o 2º e o 7º mês de pós-operatório mostravam apenas discretas alterações na perfusão pulmonar. Na evolução tardia de 31 a 84 meses, 3 pacientes estão assintomáticos e 1 apresenta dispnéia aos grandes esforços. Baseados neste pequeno grupo podemos inferir: 1) a parada cardíaca prévia foi causa de mau prognóstico; 2) a precocidade de diagnóstico e tratamento foi fator preditivo de bom prognóstico; 3) a alta mortalidade justifica-se pela gravidade dos pacientes; 4) os pacientes sobreviventes apresentam boa evolução a longo prazo.
id SBCCV-1_5516d1d059690a622efd66f75b22c458
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-76381993000200007
network_acronym_str SBCCV-1
network_name_str Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
repository_id_str
spelling Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça agudaembolia pulmonar/cirurgiaA embolia pulmonar maciça é uma afecção que exige diagnóstico e tratamento precoces, com a finalidade de reduzir a morbi-mortalidade, neste grave grupo de pacientes. No período compreendido entre janeiro de 1984 e dezembro de 1992, foram submetidos a tromboembolectomia por cirurgia 8 pacientes, acometidos de embolia pulmonar maciça. A idade variou de 36 a 70 anos com média de 56,6 anos, sendo 6 do sexo masculino. Destes, 6 (75%) tinham antecedentes cirúrgicos recentes: revascularização do miocárdio em 3, lipoaspiração abdominal em 2 e hemorroidectomia em 1. Todos apresentavam níveis importantes de hipóxia, com paO2 arterial, média de 55 mm/Hg. O diagnóstico foi confirmado em 6 (75%) por angiografia pulmonar, com comprometimento arterial pulmonar superior a 70%, e por cirurgia em 2. O tratamento instituído foi a tromboembolectomia com circulação extracorpórea. O tempo transcorrido entre o início dos sintomas e a realização da operação (T) variou de 2 horas a 72 horas, com média de 18,5 horas. Na evolução hospitalar, 4 (50%) faleceram, sendo que 2 haviam apresentado parada cardíaca prévia. As causas de óbito foram: síndrome de angústia respiratória do adulto, 1; infecção pulmonar, 1; coma neurológico, 1; insuficiência miocárdica, 1. Os 4 sobreviventes que tiveram boa evolução apresentaram T médio de 3,5 horas, bem inferiores aos que faleceram, cujo T médio foi de 33,5. As cintilografias feitas entre o 2º e o 7º mês de pós-operatório mostravam apenas discretas alterações na perfusão pulmonar. Na evolução tardia de 31 a 84 meses, 3 pacientes estão assintomáticos e 1 apresenta dispnéia aos grandes esforços. Baseados neste pequeno grupo podemos inferir: 1) a parada cardíaca prévia foi causa de mau prognóstico; 2) a precocidade de diagnóstico e tratamento foi fator preditivo de bom prognóstico; 3) a alta mortalidade justifica-se pela gravidade dos pacientes; 4) os pacientes sobreviventes apresentam boa evolução a longo prazo.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular1993-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381993000200007Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.8 n.2 1993reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76381993000200007info:eu-repo/semantics/openAccessAbdulmassih Neto,CamiloBarbosa,Marcos A. OPiegas,Leopoldo SChaccur,PauloDinkhuysen,Jarbas JSalerno,Pedro RArnoni,Antoninho SPaulista,Paulo PSouza,Luiz Carlos Bento deJatene,Adib Dpor2011-02-17T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76381993000200007Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2011-02-17T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false
dc.title.none.fl_str_mv Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda
title Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda
spellingShingle Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda
Abdulmassih Neto,Camilo
embolia pulmonar/cirurgia
title_short Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda
title_full Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda
title_fullStr Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda
title_full_unstemmed Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda
title_sort Tratamento cirúrgico da embolia pulmonar maciça aguda
author Abdulmassih Neto,Camilo
author_facet Abdulmassih Neto,Camilo
Barbosa,Marcos A. O
Piegas,Leopoldo S
Chaccur,Paulo
Dinkhuysen,Jarbas J
Salerno,Pedro R
Arnoni,Antoninho S
Paulista,Paulo P
Souza,Luiz Carlos Bento de
Jatene,Adib D
author_role author
author2 Barbosa,Marcos A. O
Piegas,Leopoldo S
Chaccur,Paulo
Dinkhuysen,Jarbas J
Salerno,Pedro R
Arnoni,Antoninho S
Paulista,Paulo P
Souza,Luiz Carlos Bento de
Jatene,Adib D
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Abdulmassih Neto,Camilo
Barbosa,Marcos A. O
Piegas,Leopoldo S
Chaccur,Paulo
Dinkhuysen,Jarbas J
Salerno,Pedro R
Arnoni,Antoninho S
Paulista,Paulo P
Souza,Luiz Carlos Bento de
Jatene,Adib D
dc.subject.por.fl_str_mv embolia pulmonar/cirurgia
topic embolia pulmonar/cirurgia
description A embolia pulmonar maciça é uma afecção que exige diagnóstico e tratamento precoces, com a finalidade de reduzir a morbi-mortalidade, neste grave grupo de pacientes. No período compreendido entre janeiro de 1984 e dezembro de 1992, foram submetidos a tromboembolectomia por cirurgia 8 pacientes, acometidos de embolia pulmonar maciça. A idade variou de 36 a 70 anos com média de 56,6 anos, sendo 6 do sexo masculino. Destes, 6 (75%) tinham antecedentes cirúrgicos recentes: revascularização do miocárdio em 3, lipoaspiração abdominal em 2 e hemorroidectomia em 1. Todos apresentavam níveis importantes de hipóxia, com paO2 arterial, média de 55 mm/Hg. O diagnóstico foi confirmado em 6 (75%) por angiografia pulmonar, com comprometimento arterial pulmonar superior a 70%, e por cirurgia em 2. O tratamento instituído foi a tromboembolectomia com circulação extracorpórea. O tempo transcorrido entre o início dos sintomas e a realização da operação (T) variou de 2 horas a 72 horas, com média de 18,5 horas. Na evolução hospitalar, 4 (50%) faleceram, sendo que 2 haviam apresentado parada cardíaca prévia. As causas de óbito foram: síndrome de angústia respiratória do adulto, 1; infecção pulmonar, 1; coma neurológico, 1; insuficiência miocárdica, 1. Os 4 sobreviventes que tiveram boa evolução apresentaram T médio de 3,5 horas, bem inferiores aos que faleceram, cujo T médio foi de 33,5. As cintilografias feitas entre o 2º e o 7º mês de pós-operatório mostravam apenas discretas alterações na perfusão pulmonar. Na evolução tardia de 31 a 84 meses, 3 pacientes estão assintomáticos e 1 apresenta dispnéia aos grandes esforços. Baseados neste pequeno grupo podemos inferir: 1) a parada cardíaca prévia foi causa de mau prognóstico; 2) a precocidade de diagnóstico e tratamento foi fator preditivo de bom prognóstico; 3) a alta mortalidade justifica-se pela gravidade dos pacientes; 4) os pacientes sobreviventes apresentam boa evolução a longo prazo.
publishDate 1993
dc.date.none.fl_str_mv 1993-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381993000200007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381993000200007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0102-76381993000200007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.8 n.2 1993
reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
instacron:SBCCV
instname_str Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
instacron_str SBCCV
institution SBCCV
reponame_str Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
collection Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
repository.mail.fl_str_mv ||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br
_version_ 1752126593149435904