Revascularização miocárdica em pacientes octogenários: estudo retrospectivo e comparativo entre pacientes operados com e sem circulação extracorpórea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382005000100006 |
Resumo: | OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho é comparar e analisar os benefícios da cirurgia com e sem CEC, em pacientes octogenários. MÉTODO: Foram analisados dados retrospectivos dos pacientes com 80 anos de idade ou mais, no período de dezembro 1995 a dezembro de 2003. Neste período, 73 pacientes foram submetidos à revascularização do miocárdio (RM), sendo 26 (35,6%) com CEC e 47 (64,4%), sem CEC. Os dados demográficos, fatores de risco pré-operatório, comorbidades, classe da angina (CCVS), complicações pós-operatórias e resultados cirúrgicos foram comparados entre os dois grupos (com CEC e sem CEC). Utilizou-se o teste de "t de Student" na comparação entre os grupos e foi considerado um nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram maior risco pré-operatório, embora o grupo sem CEC tenha exibido menor mortalidade cirúrgica (11,5% x 2,1%, p<0,05). Não foi observado acidente vascular cerebral (AVC) nos pacientes operados sem CEC (11,5% x 0,0% p<0,005). Foi menor a presença de nova fibrilação atrial (FA), no pós-operatório imediato, no grupo operado sem CEC (30,8% x 12,8% p<0,005). O tempo de ventilação mecânica, no pós-operatório, e a presença de insuficiência respiratória foram menores no grupo sem CEC (p<0,001). Presença de insuficiência renal aguda (IRA) foi de 19,2% nos pacientes operados com CEC e nula nos operados sem CEC (p<0,05). Necessidade de transfusão de sangue ou hemoderivados foi menor no grupo sem CEC (69,2% x 31,9%, p<0,005). O tempo médio de permanência na UTI e hospitalar foi menor no grupo sem CEC (p<0,05). Nos pacientes livres de complicações no pós-operatório, o grupo sem CEC foi maior 89,4% x 61,5% nos pacientes operados com CEC (p<0,001). CONCLUSÕES: O presente estudo sugere que pacientes com 80 anos ou mais de idade se beneficiam quando submetidos à cirurgia de RM sem CEC, e este procedimento está associado a baixas taxas de complicações pós-operatórias: AVC, FA, IRA e insuficiência respiratória, bem como menor tempo de UTI e de permanência hospitalar, menor uso de hemoderivados e menor mortalidade. Em pacientes octogenários, a cirurgia de RM sem CEC é uma técnica segura e eficaz, podendo ser a operação de escolha, quando aplicada com a devida indicação. |
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