Transplante cardíaco ortotópico pela técnica bicaval
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381997000200007 |
Resumo: | Há trinta anos tem sido empregada a técnica descrita por Lower e Shumway para o transplante cardíaco ortotópico, com bons resultados. Complicações, como estase venosa, formação de trombos, arritmias atriais e insuficiência das valvas tricúspide e mitral, estão presentes no pós-operatório tardio. A partir de 1995, passamos a utilizar a técnica bicaval em todos os casos (6 pacientes). Cinco eram do sexo masculino e a média de idades dos receptores era de 50,6 anos. A cardiomiopatia era dilatada e isquêmica em 2 casos cada, e chagásica e reumática nos demais. Três pacientes apresentavam operações prévias, sendo que um deles havia sido submetido a três operações de prótese valvar aórtica, o segundo a implante de marcapasso epimiocárdico definitivo, e o último a duas operações de revascularização do miocárdio associada a aneurismectomia de ventrículo esquerdo. A técnica cirúrgica consistiu, na maioria dos casos, na anastomose das veias pulmonares, em conjunto com o átrio esquerdo do coração a ser implantado e, a seguir, a da cava superior, inferior, do tronco pulmonar e aorta. Todos os doadores estavam em hospitais da cidade e com retirada múltipla de órgãos. Não tivemos óbito hospitalar e todos os pacientes estão vivos para um período de um a quinze meses de pós-operatório. Não houve diferença significativa quando se comparou as duas técnicas para o tempo de anóxia, tempo de C E C, tempo de implante, presença de taquiarritmias atriais, sangramento e permanência hospitalar. Houve diferença significativa (p<0,05) para a utilização de marcapasso temporário e presença de insuficiência tricúspide. Acreditamos que a técnica bicaval, além de reduzir o tamanho das cavidades atriais, é uma técnica simples, com índice menor de complicações e que poderá ser empregada com mais freqüência. |
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Transplante cardíaco ortotópico pela técnica bicavalTransplante cardíaco/métodosMiocardiopatia congestiva/cirurgiaMiocardiopatia chagásica/cirurgia.Há trinta anos tem sido empregada a técnica descrita por Lower e Shumway para o transplante cardíaco ortotópico, com bons resultados. Complicações, como estase venosa, formação de trombos, arritmias atriais e insuficiência das valvas tricúspide e mitral, estão presentes no pós-operatório tardio. A partir de 1995, passamos a utilizar a técnica bicaval em todos os casos (6 pacientes). Cinco eram do sexo masculino e a média de idades dos receptores era de 50,6 anos. A cardiomiopatia era dilatada e isquêmica em 2 casos cada, e chagásica e reumática nos demais. Três pacientes apresentavam operações prévias, sendo que um deles havia sido submetido a três operações de prótese valvar aórtica, o segundo a implante de marcapasso epimiocárdico definitivo, e o último a duas operações de revascularização do miocárdio associada a aneurismectomia de ventrículo esquerdo. A técnica cirúrgica consistiu, na maioria dos casos, na anastomose das veias pulmonares, em conjunto com o átrio esquerdo do coração a ser implantado e, a seguir, a da cava superior, inferior, do tronco pulmonar e aorta. Todos os doadores estavam em hospitais da cidade e com retirada múltipla de órgãos. Não tivemos óbito hospitalar e todos os pacientes estão vivos para um período de um a quinze meses de pós-operatório. Não houve diferença significativa quando se comparou as duas técnicas para o tempo de anóxia, tempo de C E C, tempo de implante, presença de taquiarritmias atriais, sangramento e permanência hospitalar. Houve diferença significativa (p<0,05) para a utilização de marcapasso temporário e presença de insuficiência tricúspide. Acreditamos que a técnica bicaval, além de reduzir o tamanho das cavidades atriais, é uma técnica simples, com índice menor de complicações e que poderá ser empregada com mais freqüência.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular1997-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381997000200007Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.12 n.2 1997reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76381997000200007info:eu-repo/semantics/openAccessCHACCUR,PauloDinkhuysen,Jarbas J.Nina,Vinícius J. da SilvaAbdulmassih Neto,CamiloArnoni,Antoninho SanfinsSouza,Luiz Carlos Bento dePaulista,Paulo P.por2001-06-05T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76381997000200007Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2001-06-05T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
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