Transplante cardíaco ortotópico: experiência na Universidade Federal de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381998000400002 |
Resumo: | Foram realizados no período de novembro de 1986 a abril de 1997, 92 transplantes ortotópicos, com receptores na faixa etária de 3 a 63 anos (média de 44,9 anos). Os diagnósticos pré-operatórios foram de miocardiopatia dilatada em 42 (44,6%) pacientes, isquêmica em 23 (25,0%), chagásica em 21 (22,8%), valvar em 3 (3,2%) e outras miocardiopatias em 3 (3,2%) pacientes. A técnica operatória empregada (Lower e Shumway, em 1960) foi satisfatória e sem complicações. O tempo de isquemia - mais longo nos transplantes com captação à distância - foi sempre inferior a quatro horas. As complicações relacionadas ao uso crônico de imunossupressores foram, principalmente, hipertensão arterial (84,6%), hiperuricemia (75,4%) e dislipidemia (63,0%). Quanto às infecções, houve predomínio das virais, com 42 (45,6%) casos, seguidas das bacterianas, com 35 (38,0%) casos, e das por protozoários, com 15 (16,3%) casos. Dentre as infecções bacterianas, sete foram do sítio cirúrgico, com boa evolução. Das infecções por protozoários, sete (46,6%) forma por reativação do Trypanosoma cruzi. A mortalidade geral nos primeiros 30 dias do pós-operatório foi de 17,3% e teve, como principais causas: infecção, complicações neurológicas e rejeição. Após esses 30 dias e até o primeiro ano, houve 10 (10,3%) óbitos, com predomínio de rejeição e infecção como causas. Após o primeiro ano de pós-operatório, houve 13 (14,0%) falecimentos, por causas diversas, como: morte súbita, infecção, rejeição, além de outras. A curva actuarial mostrou no 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º anos uma sobrevivência de receptores de 71,6%, 66,6%, 60,5%, 54,4%, 54,4%, 54,4%, respectivamente. Não houve perda de seguimento de paciente, e os sobreviventes até a conclusão do trabalho encontravam-se bem, todos em classe funcional I da NYHA. Os autores concluem que é possível a realização de transplante cardíaco em nossa comunidade com sobrevivência e taxa de complicações pós-operatórias aceitáveis, porém diferentes das estatísticas internacionais. |
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