Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea: experiência e resultados iniciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BRASIL,Luiz Antônio
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: MARIANO,João Batista, SANTOS,Fernando Martins dos, SILVEIRA,André Luiz, MELO,Nilo de, OLIVEIRA,Nivaldo Gomes de, ANDRADE,Rômulo Sales, BOTELHO,Delzirene Pinheiro, CALZADA,Antônio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382000000100002
Resumo: FUNDAMENTOS: A operação de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea (CEC) vem sendo utilizada como uma alternativa para o tratamento da insuficiência coronariana. OBJETIVO: Apresentar nossa experiência com este procedimento, descrevendo a técnica empregada e os resultados iniciais. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados 23 pacientes submetidos à revascularização do miocárdio sem CEC. Foram selecionados para este estudo pacientes que apresentavam lesões nas artérias coronárias da região ântero-diafragmática do coração. A principal indicação cirúrgica foi insuficiência coronária crônica (78,3%). O sexo masculino predominou em 65% dos casos. A idade variou de 44 a 80 anos (média: 59,6 anos). A abordagem cirúrgica em todos os pacientes foi através de esternotomia mediana. Os enxertos utilizados foram: as artérias torácicas internas, veia safena e artéria radial. RESULTADOS: O tempo médio de operação foi de 3h15 min. Não houve intercorrências intra-operatórias. O número de enxertos por paciente variou de 1 a 3, num total de 36 enxertos realizados, com média de 1,56 enxerto/paciente. A artéria torácica interna esquerda foi o enxerto mais utilizado (41,7%). As artérias coronárias revascularizadas mais freqüentemente foram o ramo interventricular anterior (52,8%) e a coronária direita (30,5%). A mortalidade hospitalar e a incidência de infarto pós-operatório foram de 4,3%. Não ocorreram complicações neurológicas, pulmonares, renais, hemorrágicas ou infecciosas. O tempo médio de internação hospitalar foi de 7 dias. CONCLUSÃO: A revascularização do miocárdio sem CEC é uma técnica eficaz e segura que pode ser realizada em casos selecionados, com baixa morbidade e mortalidade, com redução de custos e do tempo de internação hospitalar.
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