Tratamento cirúrgico da insuficiência mitral em crianças: dez anos de técnicas reparadoras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1989 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381989000300004 |
Resumo: | Entre abril de 1979 e janeiro de 1989, de 71 pacientes com idade entre 4 e 16 anos (média 11,5) portadores e insuficiência mitral (IM), 53 (74,6%) foram submetidos s procedimentos plásticos do aparelho valvar mitral, dos quais 29 com menos de 12 anos. Todos apresentavam IM, 21 deles com estenose mitral associada (dupla lesão mitral - DLM). Em 21 (39,6%) pacientes, foi observada regurgitação tricúspide à cineventriculografia direita. A etiologia reumática foi predominante (42 casos, 79,2%). Todos os pacientes, exceto três situavam-se na classe funcional III e IV. Foram empregados anéis de Carpentier em 41 pacientes e, nos últimos 10, anéis abertos Gregori-IMC, associados a procedimentos plásticos sobre as cúspides e o aparelho subvalvar. Em dois pacientes, a plastia mitral fo realizada sem o emprego do anel protético. Não ocorreram óbitos hospitalares. Três (5,7%) pacientes foram reoperados para troca valvar, todos pertencentes ao grupo com estenose mitral associada quando 1 faleceu, sendo o único óbito tardio de toda a série (1,9%). Na avaliação clínica, com tempo pós-operatório médio de 5 anos (1 mês a 10 anos), 2 (3,8%) estavam sem seguimento, 43 (81,1%) na classe funcional I, 4 (7,5%) na classe funcional II e 4 (7,5%) na classe III. Dos trés pacientes pertencentes à classe II no pós-operatório, todos evoluíram para a classe I. Dos 26 da classe III, 23 (88,5%) passaram para a classe I e 1 permaneceu na III. Dos 24 pacientes da classe IV, 15 (62,5%) passaram para a I, 4 passaram para a II, 3 passaram para a classe III e 2 sem seguimento. Vinte e dois pacientes (41,5%) encontravam-se sem sopros, 15 (28,3%) com sopro sistólico no foco mitral (SSFM) discreto (+/+ + + +), 10 (18,9%)com SSFM moderado( + +/+ + + +), 4 (7,5%) com SSFM importante (+ + +/+ + + +), 2 (3,8%) sem seguimento. Dos 3 pacientes com IM pura, 30 (93,8%) estavam na classe I, 1 (3,1) na classe II e 1 (3,1%) sem seguimento. Neste grupo, 16 (50%) pacientes encontravam-se sem sopros, 9 (28,1%) com SSFM discreto, 6 (18,9%) com SSFM moderado e 1 (3,1%) sem seguimento. Dos 21 pacientes com estenose mitral associada 13 (61,9%) situavam-se na classe funcional I, 4 (19%) na classe II, 3 (14,3%) na classe Mi e 1 (4,8%) sem seguimento. Neste grupo, 6 (28,6%) encontravam-se sem sopros, 6 (28,6%) com SSFM discreto, 4 (19%) com SSFM moderado, 4 (19%) com SSFM importante e 1 (4,8%) sem seguimento. O reestudo hemodinâmico foi realizado em média após dois anos (um mês a sete anos) em 32 pacientes (60,4%). Houve diminuição significativa da pressão sistólica em artéria pulmonar (55,4 - 41,9 P < 0,01), da pressão capilar pulmonar (26,0 - 19,6 P < 0,01) e do gradiente transvalvar mitral (9,6 - 5,7 P < 0,01), sndo que em apenas 6 (20%) este era superior a 7 mm/Hg (3 deles correspondem aos casos reoperados). Vinte e três (71,9%) pacientes apresentaram funcionalidade valvar bastante satisfatória, sendo 16 deles em regurgitação e 7 com regurgitação discreta; em 6 pacientes (18,8%), a regurgitação era moderada e em 3 (9,4%) havia regurgitação importante (casos reoperados). No grupo de pacientes com IM pura (17), em 14 (82,4%) a regurgitação era ausente ou discreta e em 3 (17,6%) era moderada. No grupo com DLM (15), em 9 (60%) a regurgitação era ausente ou discreta, em 3 (20%) era moderada e em 3 (20%), importante. Dos 2 pacientes sem anel protético, um não apresentou refluxo valvar mitral e outro, moderado. No grupo de pacientes com anel de Carpentier (22), 9 estavam sem refluxo valvar, 6 com refluxo discreto, 4 moderado e 3 importante. No grupo com anel Gregori-IMC (8), 6 não apresentavam refluxo mitral, 1 tinha refluxo discreto e 1, refluxo moderado. |
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