Avaliação dos resultados tardios da operação de derivação cavo-pulmonar bidirecional, no tratamento paliativo de cardiopatias congênitas com câmara ventricular única
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1994 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381994000200004 |
Resumo: | No período de março de 1990 a janeiro de 1994, 17 pacientes com idades de 1 a 13 anos (média: 7 anos), portadores de cardiopatias congênitas com câmara ventricular única funcionante, foram submetidos a operação de derivação cavo-pulmonar bidirecional. Nove pacientes tinham atresia tricúspide (AT), 7 do tipo lb, 1 tipo le e 1 tipo Mb. Cinco pacientes tinham dupla via de entrada ventricular tipo ventrículo direito (DVEVD); 2 com comunicação interventricular(CIV) múltipla+hipoplasiado VD; 1 com atresia pulmonar com septo interventricular íntegro (APc/SIVI). Nove (52,9%) pacientes tinham operações paliativas prévias. A operação foi realizada com auxílio da circulação extracorpórea (CEC) em 12 (70,5%) casos e mediante derivação do fluxo sangüíneo da veia cava superior (VCS) para o átrio direito (AD) em 5 (29,5%) casos. Em todos os casos a VCS foi anastomosada à artéria pulmonar direita (APD), interrompendo o fluxo sangüíneo para o pulmão, fechando a valva pulmonar e ligando a derivação de Blalock-Taussig pérvio. Houve 3 (17,6%) óbitos no pós-operatório imediato (POI) e 2 (14,2%) no pós-operatório tardio (POT). Doze (70,5%) pacientes estão em acompanhamento clínico, com um tempo de evolução de 2 a 46 meses. Um paciente foi submetido ao 2º tempo da operação, tunelizando a veia cava inferior (VCI) para a APD, com sucesso. A avaliação do fluxo da derivação cavo-pulmonar bidirecional está sendo realizada pela ecodopplercardiografia e ressonância nuclear magnética e a perfusão pulmonar mediante cintilografia radioisotópica. A indicação do 2º tempo da operação obedece à própria evolução clínica e avaliação da saturação arterial durante a cicioergometria. A derivação cavo-pulmonar bidirecional permite uma adaptação progressiva do fluxo venoso para o pulmão, diminuindo a sobrecarga de volume do ventrículo, preparando o paciente para a derivação venosa total. |
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Avaliação dos resultados tardios da operação de derivação cavo-pulmonar bidirecional, no tratamento paliativo de cardiopatias congênitas com câmara ventricular únicaderivação cavo-pulmonar/cirurgiaNo período de março de 1990 a janeiro de 1994, 17 pacientes com idades de 1 a 13 anos (média: 7 anos), portadores de cardiopatias congênitas com câmara ventricular única funcionante, foram submetidos a operação de derivação cavo-pulmonar bidirecional. Nove pacientes tinham atresia tricúspide (AT), 7 do tipo lb, 1 tipo le e 1 tipo Mb. Cinco pacientes tinham dupla via de entrada ventricular tipo ventrículo direito (DVEVD); 2 com comunicação interventricular(CIV) múltipla+hipoplasiado VD; 1 com atresia pulmonar com septo interventricular íntegro (APc/SIVI). Nove (52,9%) pacientes tinham operações paliativas prévias. A operação foi realizada com auxílio da circulação extracorpórea (CEC) em 12 (70,5%) casos e mediante derivação do fluxo sangüíneo da veia cava superior (VCS) para o átrio direito (AD) em 5 (29,5%) casos. Em todos os casos a VCS foi anastomosada à artéria pulmonar direita (APD), interrompendo o fluxo sangüíneo para o pulmão, fechando a valva pulmonar e ligando a derivação de Blalock-Taussig pérvio. Houve 3 (17,6%) óbitos no pós-operatório imediato (POI) e 2 (14,2%) no pós-operatório tardio (POT). Doze (70,5%) pacientes estão em acompanhamento clínico, com um tempo de evolução de 2 a 46 meses. Um paciente foi submetido ao 2º tempo da operação, tunelizando a veia cava inferior (VCI) para a APD, com sucesso. A avaliação do fluxo da derivação cavo-pulmonar bidirecional está sendo realizada pela ecodopplercardiografia e ressonância nuclear magnética e a perfusão pulmonar mediante cintilografia radioisotópica. A indicação do 2º tempo da operação obedece à própria evolução clínica e avaliação da saturação arterial durante a cicioergometria. A derivação cavo-pulmonar bidirecional permite uma adaptação progressiva do fluxo venoso para o pulmão, diminuindo a sobrecarga de volume do ventrículo, preparando o paciente para a derivação venosa total.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular1994-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381994000200004Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.9 n.2 1994reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCVinfo:eu-repo/semantics/openAccessMaluf,Miguel AngelAndrade,José carlos SCatani,RobertoCarvalho,Antônio CNegrini,NilceBuffolo,Êniopor2011-02-17T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76381994000200004Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2011-02-17T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
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