Carótida comum como via de estabelecimento da circulação extracorpórea para perfusão sistêmica e cerebral seletiva na correção das doenças da aorta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Luiz Henrique Pamplona Corte Real de
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Barreto,Abner T., Domingues,Manoel A. G., Reis,Nelson A., Bärg,Nelson
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382006000300015
Resumo: OBJETIVO: Analisar os resultados da utilização da artéria carótida comum direita no estabelecimento da circulação extracorpórea (CEC) para perfusão sistêmica (PS), bem como na utilização como via anterógrada para proteção cerebral (PC), nos pacientes submetidos à correção das doenças que envolveram a aorta ascendente (AA). MÉTODO: Foram operados 23 pacientes portadores de várias afecções da AA, nos quais a abordagem foi possível por meio do estabelecimento da CEC pela anastomose de um tubo de PTFE (politetrafluoretileno) à artéria carótida comum direita e manutenção de fluxo cerebral anterógrado durante a confecção da anastomose distal. O tempo médio de CEC foi de 195 minutos (152 a 253 minutos), a temperatura média sistêmica foi de 24ºC (18ºC a 25ºC), hipofluxo cerebral anterógrado, com média de 29 minutos (27 a 51 minutos) e o tempo de internação média foi de 18 dias (8 a 30 dias). RESULTADOS: Todos os pacientes despertaram nas primeiras 48 horas sem dano neurológico. Por ocasião da pré-alta, foram submetidos ao teste MINI MENTAL STATE EXAMINATION (MMSE), que demonstrou não haver desordens cognitivas com dano neurológico. Ocorreram dois casos de infecção pulmonar, dois pacientes necessitaram de diálise e ocorreram dois óbitos relacionados à gravidade dos casos. Não houve óbito per-operatório. CONCLUSÃO: Este é um método prático, rápido, seguro, eficaz e reprodutível, tanto no estabelecimento da CEC como da proteção cerebral anterógrada, reduzindo o risco de isquemia cerebral, alterando a história natural da evolução pós-operatória destas correções.
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