Análise do comportamento biológico de heteroenxertos descelularizados e homoenxertos criopreservados: estudo em ovinos
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382009000100005 |
Resumo: | OBJETIVO: Este estudo avalia o comportamento biológico dos heteroenxertos porcinos descelularizados (Grupo Desc) comparados com os homoenxertos criopreservados (Grupo Crio) implantados em carneiros jovens. MÉTODOS: Foram implantados em cinco animais heteroenxertos pulmonares porcinos descelularizados e em outros cinco, homoenxertos pulmonares criopreservados. Os animais apresentaram seguimento médio de 280 ± 14 dias. O diâmetro valvar foi medido por ecocardiografia, a qual foi realizada no 30º pós-operatório e antes do explante. As valvas foram também avaliadas macroscopicamente. A avaliação histológica foi realizada utilizando-se coloração de H.E., Gomori e Weigert e imunohistoquímica (Fator VIII, CD3, Vimentina e CD68). A quantificação de cálcio foi realizada utilizando-se espectrometria de absorção atômica. RESULTADOS: Houve um óbito no Grupo Desc por endocardite. As valvas do Grupo Crio apresentaram decréscimo na celularidade, enquanto que as valvas do Grupo Desc demonstraram repovoamento da matriz com células endoteliais e intersticiais. No grupo Crio, observou-se perda na densidade e desarranjo da arquitetura das fibras colágenas. A espectrometria de absorção atômica demonstrou maior calcificação no conduto e nas cúspides dos enxertos criopreservados quando comparados aos descelularizados (P=0,016). O diâmetro médio valvar no explante foi significantemente maior no Grupo Desc (P=0,025). CONCLUSÃO: Heteroenxertos descelularizados apresentam um comportamento biológico diferente quando comparados aos homoenxertos criopreservados, tornando-se repovoados por células com características de fibroblastos e células endoteliais. A matriz permaneceu bem preservada, o que possibilitou um processo de regeneração celular. |
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Análise do comportamento biológico de heteroenxertos descelularizados e homoenxertos criopreservados: estudo em ovinosTransplante homólogoTransplante heterólogoCriopreservaçãoEngenharia de tecidosOBJETIVO: Este estudo avalia o comportamento biológico dos heteroenxertos porcinos descelularizados (Grupo Desc) comparados com os homoenxertos criopreservados (Grupo Crio) implantados em carneiros jovens. MÉTODOS: Foram implantados em cinco animais heteroenxertos pulmonares porcinos descelularizados e em outros cinco, homoenxertos pulmonares criopreservados. Os animais apresentaram seguimento médio de 280 ± 14 dias. O diâmetro valvar foi medido por ecocardiografia, a qual foi realizada no 30º pós-operatório e antes do explante. As valvas foram também avaliadas macroscopicamente. A avaliação histológica foi realizada utilizando-se coloração de H.E., Gomori e Weigert e imunohistoquímica (Fator VIII, CD3, Vimentina e CD68). A quantificação de cálcio foi realizada utilizando-se espectrometria de absorção atômica. RESULTADOS: Houve um óbito no Grupo Desc por endocardite. As valvas do Grupo Crio apresentaram decréscimo na celularidade, enquanto que as valvas do Grupo Desc demonstraram repovoamento da matriz com células endoteliais e intersticiais. No grupo Crio, observou-se perda na densidade e desarranjo da arquitetura das fibras colágenas. A espectrometria de absorção atômica demonstrou maior calcificação no conduto e nas cúspides dos enxertos criopreservados quando comparados aos descelularizados (P=0,016). O diâmetro médio valvar no explante foi significantemente maior no Grupo Desc (P=0,025). CONCLUSÃO: Heteroenxertos descelularizados apresentam um comportamento biológico diferente quando comparados aos homoenxertos criopreservados, tornando-se repovoados por células com características de fibroblastos e células endoteliais. A matriz permaneceu bem preservada, o que possibilitou um processo de regeneração celular.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular2009-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382009000100005Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.24 n.1 2009reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76382009000100005info:eu-repo/semantics/openAccessLopes,Sergio Augusto VeigaCosta,Francisco Diniz Affonso daPaula,Josué Brudginski deDhomen,PascalPhol,FelipeVilani,RicardoRoderjan,João GabrielVieira,Eduardo Discherpor2009-06-03T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76382009000100005Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2009-06-03T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
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