Seguimento a longo prazo de pacientes submetidos à revascularização do miocárdio com uso exclusivo de enxertos arteriais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abdouni,Ahmad Ali
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Lisboa,Luiz Augusto Ferreira, Puig,Luiz Boro, Tossuniam,Carlos Eduardo, Dallan,Luís Alberto Oliveira, Jatene,Fabio Biscegli, Oliveira,Sergio Almeida de, Stolf,Noedir Antonio Groppo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382008000400007
Resumo: OBJETIVO: Avaliar os resultados a longo prazo da cirurgia de revascularização do miocárdio com o uso exclusivo de enxertos arteriais em pacientes com doença coronariana triarterial. MÉTODOS: Avaliamos 136 pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio isolada, no período janeiro de 1995 e dezembro de 1997. Utilizaram-se 353 enxertos para revascularizar 449 artérias (média: 3,30 por paciente). Foram utilizadas a artéria torácica interna esquerda (99,2%), artéria torácica interna direita (56,6%), artéria radial (87,5%), artéria gastroepiplóica direita (20,5%) e uma artéria epigástrica inferior. Setenta e seis (55,8%) pacientes receberam enxertos compostos (em "Y") e 66 (48,5%) receberam anastomoses seqüenciais. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 4,4%. No seguimento a longo prazo, (9,5 a 12,8 anos), 82,1% dos pacientes não apresentaram nenhum evento cardíaco. Vinte (17,9%) pacientes necessitaram de reinternação por eventos cardiovasculares; 15 com angina e cinco com infarto agudo do miocárdio, sendo que três apresentaram insuficiência cardíaca associada. Oito (7,1%) pacientes necessitaram de reintervenção por doença coronariana, sendo um reoperado e os demais submetidos a angioplastia com stent. A probabilidade estimada livre de eventos cardíacos foi de 98,2%, 95,4% e 84,2% em 1, 5 e 10 anos, respectivamente. Ocorreram 16 (14,2%) óbitos tardios, sendo quatro deles (3,6%) de causa cardíaca. Sobrevida actuarial em 12,8 anos por todas as causas foi de 85% neste grupo. CONCLUSÃO: Revascularização do miocárdio com o uso exclusivo de enxertos arteriais em pacientes com doença coronariana triarterial é um procedimento seguro, com bons resultados a longo prazo.
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