Tratamento cirúrgico das doenças da transição cervicotorácica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Herrero,Carlos Fernando Pereira da Silva
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Penno,Ricardo Alberto Lupinacci, Defino,Helton LA
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Coluna/Columna
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-18512009000100005
Resumo: OBJETIVO: avaliar o resultado do tratamento cirúrgico de pacientes portadores de doenças na transição cervicotorácica da coluna vertebral. MÉTODOS: foram avaliados, retrospectivamente, 20 pacientes: nove (45%) apresentavam lesões traumáticas, sete (35%) lesões neoplásicas e quatro (20%) doenças degenerativas. No grupo de pacientes com lesões traumáticas, foi realizada fixação posterior em cinco deles (55,5%), fixação anterior em um (11,1%) e abordagem combinada (anterior e posterior) em três (33,3%). Dos sete pacientes com lesões tumorais, quatro (57,1%) foram submetidos ao tratamento cirúrgico pela abordagem combinada e três (42,8%) pela abordagem posterior isolada. No grupo de pacientes com doenças degenerativas da coluna vertebral, três (75%) foram tratados pela abordagem posterior e um (25%) de forma combinada. Todos os pacientes foram avaliados por meio de parâmetros clínicos (dor e déficit neurológico), radiológicos (manutenção da redução, soltura ou quebra dos implantes) e funcionais (SF-36, escala de dor e trabalho de Denis). RESULTADOS: os 20 pacientes foram seguidos por um período que variou de seis meses a 11 anos (média de 44,6 meses ± 29,02). Dos 13 pacientes que apresentavam déficit neurológico, oito apresentaram melhora do nível na escala de Frankel (61,5%) e cinco pacientes (38,4%) permaneceram com o quadro inalterado. Como complicações um paciente (5%) apresentou soltura do implante e quatro pacientes evoluíram com infecção pós-operatória (20%). Segundo as escalas de dor e trabalho de Denis, 80% dos pacientes apresentavam pouca ou nenhuma dor (P1 e P2) e 70% dos pacientes tinham retornado ao trabalho (W1, W2 e W3). Os pacientes que não apresentavam déficit neurológico (Frankel E) obtiveram escores mais altos de qualidade de vida pelo questionário SF-36, quando comparados aos escores dos pacientes que mantinham alterações neurológicas (Frankel A-D). CONCLUSÃO: o tratamento das doenças da transição cervicotorácica da coluna vertebral apresenta detalhes adicionais aos demais segmentos da coluna vertebral. Na vigência de tratamento cirúrgico, existem pontos a serem respeitados como a anatomia relacionada ao acesso cirúrgico, as características anatômicas peculiares das vértebras e a biomecânica singular desse segmento da coluna vertebral.
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