Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000100089 |
Resumo: | RESUMO Apesar dos mais de 60 anos de história, dezenas de estudos e grandes amostras populacionais, nos últimos anos diversos pacientes têm retornado ao consultório do cirurgião plástico. Apresentam dúvidas a respeito do silicone, algumas devido aos relatos recentes de BIA-ALCL (Anaplastic Large Cell Lymphoma), mas a grande maioria pela possibilidade de sintomas sistêmicos relacionados aos implantes e que despertam o desejo da sua remoção. Procedimento conhecido como explante. Este fenômeno, cujas dúvidas são inúmeras e as respostas mínimas, é conhecido na literatura mundial como Breast Implant Illness (BII). Na Internet e redes sociais, centenas de sinais e sintomas têm sido relacionados às próteses de silicone, usualmente inespecíficos. Os sintomas mais comuns referidos pelas pacientes são fadiga crônica, artralgia, confusão mental, mialgia, perda de memória, dificuldade de concentração e olhos secos. Até o momento, não existem testes diagnósticos para BII, nenhum método baseado em evidência científica para diferenciá-la de outras condições e há muito pouco conhecimento a respeito do seu início, curso, fatores de risco, causas e manejo adequado. A opção pela retirada dos implantes vem crescendo vertiginosamente nos últimos anos, sendo uma das dez cirurgias mais realizadas nos Estados Unidos no ano passado. A literatura mostra taxas de melhora dos sintomas variáveis após o explante e as pacientes mostram-se, via de regra, satisfeitas com seu resultado estético e apresentam níveis de ansiedade e estresse menores após o procedimento. São necessários estudos prospectivos, randomizados bem desenhados correlacionando períodos distintos das pacientes, desde o pré-operatório do implante até o pós-explante. |
id |
SBCP-2_d490a3b720fdf6c431647939f0cbce5b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1983-51752022000100089 |
network_acronym_str |
SBCP-2 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos?Implante mamárioMamoplastiaElastômeros de siliconeDoenças mamáriasProcedimentos cirúrgicos reconstrutivosMamaRESUMO Apesar dos mais de 60 anos de história, dezenas de estudos e grandes amostras populacionais, nos últimos anos diversos pacientes têm retornado ao consultório do cirurgião plástico. Apresentam dúvidas a respeito do silicone, algumas devido aos relatos recentes de BIA-ALCL (Anaplastic Large Cell Lymphoma), mas a grande maioria pela possibilidade de sintomas sistêmicos relacionados aos implantes e que despertam o desejo da sua remoção. Procedimento conhecido como explante. Este fenômeno, cujas dúvidas são inúmeras e as respostas mínimas, é conhecido na literatura mundial como Breast Implant Illness (BII). Na Internet e redes sociais, centenas de sinais e sintomas têm sido relacionados às próteses de silicone, usualmente inespecíficos. Os sintomas mais comuns referidos pelas pacientes são fadiga crônica, artralgia, confusão mental, mialgia, perda de memória, dificuldade de concentração e olhos secos. Até o momento, não existem testes diagnósticos para BII, nenhum método baseado em evidência científica para diferenciá-la de outras condições e há muito pouco conhecimento a respeito do seu início, curso, fatores de risco, causas e manejo adequado. A opção pela retirada dos implantes vem crescendo vertiginosamente nos últimos anos, sendo uma das dez cirurgias mais realizadas nos Estados Unidos no ano passado. A literatura mostra taxas de melhora dos sintomas variáveis após o explante e as pacientes mostram-se, via de regra, satisfeitas com seu resultado estético e apresentam níveis de ansiedade e estresse menores após o procedimento. São necessários estudos prospectivos, randomizados bem desenhados correlacionando períodos distintos das pacientes, desde o pré-operatório do implante até o pós-explante.Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica2022-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000100089Revista Brasileira de Cirurgia Plástica v.37 n.1 2022reponame:Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)instacron:SBCP10.5935/2177-1235.2022rbcp0015info:eu-repo/semantics/openAccessVOTTO JÚNIOR,RICARDOGROTH,ANNEpor2022-04-12T00:00:00Zoai:scielo:S1983-51752022000100089Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1983-5175&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbcp@cirurgiaplastica.org.br2177-12351983-5175opendoar:2022-04-12T00:00Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos? |
title |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos? |
spellingShingle |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos? VOTTO JÚNIOR,RICARDO Implante mamário Mamoplastia Elastômeros de silicone Doenças mamárias Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos Mama |
title_short |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos? |
title_full |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos? |
title_fullStr |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos? |
title_full_unstemmed |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos? |
title_sort |
Breast Implant Illness: onde estamos e para onde vamos? |
author |
VOTTO JÚNIOR,RICARDO |
author_facet |
VOTTO JÚNIOR,RICARDO GROTH,ANNE |
author_role |
author |
author2 |
GROTH,ANNE |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
VOTTO JÚNIOR,RICARDO GROTH,ANNE |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Implante mamário Mamoplastia Elastômeros de silicone Doenças mamárias Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos Mama |
topic |
Implante mamário Mamoplastia Elastômeros de silicone Doenças mamárias Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos Mama |
description |
RESUMO Apesar dos mais de 60 anos de história, dezenas de estudos e grandes amostras populacionais, nos últimos anos diversos pacientes têm retornado ao consultório do cirurgião plástico. Apresentam dúvidas a respeito do silicone, algumas devido aos relatos recentes de BIA-ALCL (Anaplastic Large Cell Lymphoma), mas a grande maioria pela possibilidade de sintomas sistêmicos relacionados aos implantes e que despertam o desejo da sua remoção. Procedimento conhecido como explante. Este fenômeno, cujas dúvidas são inúmeras e as respostas mínimas, é conhecido na literatura mundial como Breast Implant Illness (BII). Na Internet e redes sociais, centenas de sinais e sintomas têm sido relacionados às próteses de silicone, usualmente inespecíficos. Os sintomas mais comuns referidos pelas pacientes são fadiga crônica, artralgia, confusão mental, mialgia, perda de memória, dificuldade de concentração e olhos secos. Até o momento, não existem testes diagnósticos para BII, nenhum método baseado em evidência científica para diferenciá-la de outras condições e há muito pouco conhecimento a respeito do seu início, curso, fatores de risco, causas e manejo adequado. A opção pela retirada dos implantes vem crescendo vertiginosamente nos últimos anos, sendo uma das dez cirurgias mais realizadas nos Estados Unidos no ano passado. A literatura mostra taxas de melhora dos sintomas variáveis após o explante e as pacientes mostram-se, via de regra, satisfeitas com seu resultado estético e apresentam níveis de ansiedade e estresse menores após o procedimento. São necessários estudos prospectivos, randomizados bem desenhados correlacionando períodos distintos das pacientes, desde o pré-operatório do implante até o pós-explante. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000100089 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000100089 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.5935/2177-1235.2022rbcp0015 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica v.37 n.1 2022 reponame:Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) instacron:SBCP |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) |
instacron_str |
SBCP |
institution |
SBCP |
reponame_str |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||rbcp@cirurgiaplastica.org.br |
_version_ |
1754821116080160768 |