Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira,Thiago Torres Costa
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Ker,João Carlos, Schaefer,Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud, Barros,Nairam Félix de, Neves,Júlio César Lima, Almeida,Cecília Calhau
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832010000400026
Resumo: Considerando a expressividade de Cambissolos (rasos, adensados e siltosos) e Latossolos argilosos e muito argilosos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí, bem como os poucos estudos relacionados à gênese e potencialidade agrícola desses solos, selecionaram-se duas áreas no município de Curvelo-MG, cujo objetivo foi estudar suas características físicas, químicas e mineralógicas. Para isso, foram descritos e coletados perfis de Cambissolos Háplicos (CX), Latossolos Vermelho-Amarelos (LVA) e Latossolos Vermelhos (LV), sendo a TFSA submetida às análises físicas e químicas de rotina, digestão total e sulfúrica, além das análises mineralógicas. Os difratogramas de raios X (DRX) e o índice de intemperismo (Ki) dos CX indicaram menor grau de pedogênese e maior proporção de caulinita e ilita na fração argila (comparativamente aos Latossolos), que coexistem com gibbsita (Gb) e vermiculita com Al-hidroxi entrecamadas (VHE). Nesse caso, a ocorrência de gibbsita não é um bom indicativo de intemperização acentuada. Nos CX, os elevados teores de silte associados à possibilidade de forte ajuste face a face de caulinita/ilita podem ser os principais fatores que interferem na quase ausência de organização estrutural, no adensamento, na pouca percolação de água e na formação de selamento superficial. Na fração argila dos Latossolos foi constatada coexistência de argilominerais e óxidos de Fe e Al muito semelhante à encontrada para os CX, porém com menores proporções de ilita e maiores de gibbsita, inferidos pelos resultados do Ki em torno de 1,4. Ainda que não haja diferenciações químicas e físicas marcantes entre os Latossolos, constatou-se em LV magnetização considerável na fração areia, cujo DRX confirmou a presença de magnetita, fato pouco comum em Latossolos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí, mas constatado em estudos anteriores.
id SBCS-1_55ee741157d0c4dfe465098dbd2a0527
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-06832010000400026
network_acronym_str SBCS-1
network_name_str Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
repository_id_str
spelling Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas GeraiscaulinitailitaadensamentomagnetitaConsiderando a expressividade de Cambissolos (rasos, adensados e siltosos) e Latossolos argilosos e muito argilosos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí, bem como os poucos estudos relacionados à gênese e potencialidade agrícola desses solos, selecionaram-se duas áreas no município de Curvelo-MG, cujo objetivo foi estudar suas características físicas, químicas e mineralógicas. Para isso, foram descritos e coletados perfis de Cambissolos Háplicos (CX), Latossolos Vermelho-Amarelos (LVA) e Latossolos Vermelhos (LV), sendo a TFSA submetida às análises físicas e químicas de rotina, digestão total e sulfúrica, além das análises mineralógicas. Os difratogramas de raios X (DRX) e o índice de intemperismo (Ki) dos CX indicaram menor grau de pedogênese e maior proporção de caulinita e ilita na fração argila (comparativamente aos Latossolos), que coexistem com gibbsita (Gb) e vermiculita com Al-hidroxi entrecamadas (VHE). Nesse caso, a ocorrência de gibbsita não é um bom indicativo de intemperização acentuada. Nos CX, os elevados teores de silte associados à possibilidade de forte ajuste face a face de caulinita/ilita podem ser os principais fatores que interferem na quase ausência de organização estrutural, no adensamento, na pouca percolação de água e na formação de selamento superficial. Na fração argila dos Latossolos foi constatada coexistência de argilominerais e óxidos de Fe e Al muito semelhante à encontrada para os CX, porém com menores proporções de ilita e maiores de gibbsita, inferidos pelos resultados do Ki em torno de 1,4. Ainda que não haja diferenciações químicas e físicas marcantes entre os Latossolos, constatou-se em LV magnetização considerável na fração areia, cujo DRX confirmou a presença de magnetita, fato pouco comum em Latossolos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí, mas constatado em estudos anteriores.Sociedade Brasileira de Ciência do Solo2010-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832010000400026Revista Brasileira de Ciência do Solo v.34 n.4 2010reponame:Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)instname:Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)instacron:SBCS10.1590/S0100-06832010000400026info:eu-repo/semantics/openAccessPereira,Thiago Torres CostaKer,João CarlosSchaefer,Carlos Ernesto Gonçalves ReynaudBarros,Nairam Félix deNeves,Júlio César LimaAlmeida,Cecília Calhaupor2010-10-13T00:00:00Zoai:scielo:S0100-06832010000400026Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0100-0683&lng=es&nrm=isohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbcs@ufv.br1806-96570100-0683opendoar:2010-10-13T00:00Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) - Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)false
dc.title.none.fl_str_mv Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais
title Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais
spellingShingle Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais
Pereira,Thiago Torres Costa
caulinita
ilita
adensamento
magnetita
title_short Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais
title_full Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais
title_fullStr Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais
title_full_unstemmed Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais
title_sort Gênese de latossolos e cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do grupo Bambuí - Minas Gerais
author Pereira,Thiago Torres Costa
author_facet Pereira,Thiago Torres Costa
Ker,João Carlos
Schaefer,Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud
Barros,Nairam Félix de
Neves,Júlio César Lima
Almeida,Cecília Calhau
author_role author
author2 Ker,João Carlos
Schaefer,Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud
Barros,Nairam Félix de
Neves,Júlio César Lima
Almeida,Cecília Calhau
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pereira,Thiago Torres Costa
Ker,João Carlos
Schaefer,Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud
Barros,Nairam Félix de
Neves,Júlio César Lima
Almeida,Cecília Calhau
dc.subject.por.fl_str_mv caulinita
ilita
adensamento
magnetita
topic caulinita
ilita
adensamento
magnetita
description Considerando a expressividade de Cambissolos (rasos, adensados e siltosos) e Latossolos argilosos e muito argilosos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí, bem como os poucos estudos relacionados à gênese e potencialidade agrícola desses solos, selecionaram-se duas áreas no município de Curvelo-MG, cujo objetivo foi estudar suas características físicas, químicas e mineralógicas. Para isso, foram descritos e coletados perfis de Cambissolos Háplicos (CX), Latossolos Vermelho-Amarelos (LVA) e Latossolos Vermelhos (LV), sendo a TFSA submetida às análises físicas e químicas de rotina, digestão total e sulfúrica, além das análises mineralógicas. Os difratogramas de raios X (DRX) e o índice de intemperismo (Ki) dos CX indicaram menor grau de pedogênese e maior proporção de caulinita e ilita na fração argila (comparativamente aos Latossolos), que coexistem com gibbsita (Gb) e vermiculita com Al-hidroxi entrecamadas (VHE). Nesse caso, a ocorrência de gibbsita não é um bom indicativo de intemperização acentuada. Nos CX, os elevados teores de silte associados à possibilidade de forte ajuste face a face de caulinita/ilita podem ser os principais fatores que interferem na quase ausência de organização estrutural, no adensamento, na pouca percolação de água e na formação de selamento superficial. Na fração argila dos Latossolos foi constatada coexistência de argilominerais e óxidos de Fe e Al muito semelhante à encontrada para os CX, porém com menores proporções de ilita e maiores de gibbsita, inferidos pelos resultados do Ki em torno de 1,4. Ainda que não haja diferenciações químicas e físicas marcantes entre os Latossolos, constatou-se em LV magnetização considerável na fração areia, cujo DRX confirmou a presença de magnetita, fato pouco comum em Latossolos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí, mas constatado em estudos anteriores.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832010000400026
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832010000400026
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-06832010000400026
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ciência do Solo v.34 n.4 2010
reponame:Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)
instacron:SBCS
instname_str Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)
instacron_str SBCS
institution SBCS
reponame_str Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
collection Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) - Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)
repository.mail.fl_str_mv ||sbcs@ufv.br
_version_ 1752126516234289152