Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06831999000300011 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi relacionar o acúmulo de serapilheira com sua composição química e desta com as características físicas e químicas do solo, em plantios puros e misto de espécies florestais nativas. O trabalho foi desenvolvido em solos de tabuleiro do sudeste da Bahia, Brasil, no período de agosto de 1994 a novembro de 1996, em plantios, com 22 anos de idade, de pau-roxo (Peltogyne angustiflora), putumuju (Centrolobium robustum), arapati (Arapatiella psilophylla), arapaçu (Sclerolobium chrysophyllum), claraíba (Cordia trichotoma) e óleo-comumbá (Macrolobium latifolium ). Foram utilizadas uma floresta secundária, praticamente em estado clímax, e uma capoeira, de 40 anos de idade. O solo na camada de 0-5 cm estava mais bem estruturado no plantio misto do que sob as outras coberturas vegetais. A estruturação dessa camada foi positivamente relacionada com o acúmulo de C orgânico no solo e de serapilheira sobre este. O nível de fertilidade do solo (0-10 cm) sob as espécies implantadas nos sistemas puros e misto foi superior ao da capoeira e da floresta natural. A fitomassa e a qualidade nutricional da serapilheira revelaram a capacidade diferenciada das coberturas florestais para absorver e reciclar nutrientes; o plantio misto representou uma situação intermediária em relação ao sistema de plantios puros. A quantidade de serapilheira acumulada dependeu da sua composição química. Segundo resultados deste trabalho, a estruturação e o nível de fertilidade do solo distinguiram-se de acordo com as coberturas florestais, em razão da quantidade, da composição química e da taxa de decomposição da serapilheira. As espécies claraíba, arapaçu e pau-roxo revelaram-se promissoras em melhorar a fertilidade do solo. Contudo, o plantio misto mostrou ser o sistema florestal mais adequado, por proporcionar simultaneamente melhor estruturação, maior quantidade de C orgânico, maiores níveis de nutrientes do solo e, conseqüentemente, maior eficiência da ciclagem de nutrientes. |
id |
SBCS-1_974b719d2ac72b017ae767fb8d1532bc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-06831999000300011 |
network_acronym_str |
SBCS-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasilfloresta tropical, plantio mistoserapilheiradecomposiçãoestrutura e fertilidade do soloO objetivo deste trabalho foi relacionar o acúmulo de serapilheira com sua composição química e desta com as características físicas e químicas do solo, em plantios puros e misto de espécies florestais nativas. O trabalho foi desenvolvido em solos de tabuleiro do sudeste da Bahia, Brasil, no período de agosto de 1994 a novembro de 1996, em plantios, com 22 anos de idade, de pau-roxo (Peltogyne angustiflora), putumuju (Centrolobium robustum), arapati (Arapatiella psilophylla), arapaçu (Sclerolobium chrysophyllum), claraíba (Cordia trichotoma) e óleo-comumbá (Macrolobium latifolium ). Foram utilizadas uma floresta secundária, praticamente em estado clímax, e uma capoeira, de 40 anos de idade. O solo na camada de 0-5 cm estava mais bem estruturado no plantio misto do que sob as outras coberturas vegetais. A estruturação dessa camada foi positivamente relacionada com o acúmulo de C orgânico no solo e de serapilheira sobre este. O nível de fertilidade do solo (0-10 cm) sob as espécies implantadas nos sistemas puros e misto foi superior ao da capoeira e da floresta natural. A fitomassa e a qualidade nutricional da serapilheira revelaram a capacidade diferenciada das coberturas florestais para absorver e reciclar nutrientes; o plantio misto representou uma situação intermediária em relação ao sistema de plantios puros. A quantidade de serapilheira acumulada dependeu da sua composição química. Segundo resultados deste trabalho, a estruturação e o nível de fertilidade do solo distinguiram-se de acordo com as coberturas florestais, em razão da quantidade, da composição química e da taxa de decomposição da serapilheira. As espécies claraíba, arapaçu e pau-roxo revelaram-se promissoras em melhorar a fertilidade do solo. Contudo, o plantio misto mostrou ser o sistema florestal mais adequado, por proporcionar simultaneamente melhor estruturação, maior quantidade de C orgânico, maiores níveis de nutrientes do solo e, conseqüentemente, maior eficiência da ciclagem de nutrientes.Sociedade Brasileira de Ciência do Solo1999-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06831999000300011Revista Brasileira de Ciência do Solo v.23 n.3 1999reponame:Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)instname:Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)instacron:SBCS10.1590/S0100-06831999000300011info:eu-repo/semantics/openAccessGama-Rodrigues,A. C.Barros,N. F.Mendonça,E. S.por2014-10-07T00:00:00Zoai:scielo:S0100-06831999000300011Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0100-0683&lng=es&nrm=isohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbcs@ufv.br1806-96570100-0683opendoar:2014-10-07T00:00Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) - Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil |
title |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil |
spellingShingle |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil Gama-Rodrigues,A. C. floresta tropical, plantio misto serapilheira decomposição estrutura e fertilidade do solo |
title_short |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil |
title_full |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil |
title_fullStr |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil |
title_full_unstemmed |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil |
title_sort |
Alterações edáficas sob plantios puros e misto de espécies florestais nativas do sudeste da Bahia, Brasil |
author |
Gama-Rodrigues,A. C. |
author_facet |
Gama-Rodrigues,A. C. Barros,N. F. Mendonça,E. S. |
author_role |
author |
author2 |
Barros,N. F. Mendonça,E. S. |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gama-Rodrigues,A. C. Barros,N. F. Mendonça,E. S. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
floresta tropical, plantio misto serapilheira decomposição estrutura e fertilidade do solo |
topic |
floresta tropical, plantio misto serapilheira decomposição estrutura e fertilidade do solo |
description |
O objetivo deste trabalho foi relacionar o acúmulo de serapilheira com sua composição química e desta com as características físicas e químicas do solo, em plantios puros e misto de espécies florestais nativas. O trabalho foi desenvolvido em solos de tabuleiro do sudeste da Bahia, Brasil, no período de agosto de 1994 a novembro de 1996, em plantios, com 22 anos de idade, de pau-roxo (Peltogyne angustiflora), putumuju (Centrolobium robustum), arapati (Arapatiella psilophylla), arapaçu (Sclerolobium chrysophyllum), claraíba (Cordia trichotoma) e óleo-comumbá (Macrolobium latifolium ). Foram utilizadas uma floresta secundária, praticamente em estado clímax, e uma capoeira, de 40 anos de idade. O solo na camada de 0-5 cm estava mais bem estruturado no plantio misto do que sob as outras coberturas vegetais. A estruturação dessa camada foi positivamente relacionada com o acúmulo de C orgânico no solo e de serapilheira sobre este. O nível de fertilidade do solo (0-10 cm) sob as espécies implantadas nos sistemas puros e misto foi superior ao da capoeira e da floresta natural. A fitomassa e a qualidade nutricional da serapilheira revelaram a capacidade diferenciada das coberturas florestais para absorver e reciclar nutrientes; o plantio misto representou uma situação intermediária em relação ao sistema de plantios puros. A quantidade de serapilheira acumulada dependeu da sua composição química. Segundo resultados deste trabalho, a estruturação e o nível de fertilidade do solo distinguiram-se de acordo com as coberturas florestais, em razão da quantidade, da composição química e da taxa de decomposição da serapilheira. As espécies claraíba, arapaçu e pau-roxo revelaram-se promissoras em melhorar a fertilidade do solo. Contudo, o plantio misto mostrou ser o sistema florestal mais adequado, por proporcionar simultaneamente melhor estruturação, maior quantidade de C orgânico, maiores níveis de nutrientes do solo e, conseqüentemente, maior eficiência da ciclagem de nutrientes. |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06831999000300011 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06831999000300011 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0100-06831999000300011 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ciência do Solo v.23 n.3 1999 reponame:Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) instname:Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) instacron:SBCS |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) |
instacron_str |
SBCS |
institution |
SBCS |
reponame_str |
Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) - Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sbcs@ufv.br |
_version_ |
1752126508972900352 |