Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza Junior,Ivan Granemann de
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Costa,Antonio Carlos Saraiva da, Sambatti,José Alexandre, Peternele,Wilson Sacchi, Tormena,Cássio Antonio, Montes,Célia Regina, Clemente,Celso Augusto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832007000600014
Resumo: A área superficial específica (ASE) está relacionada com diversas propriedades que definem o comportamento físico-químico dos solos. Neste trabalho, foi estudada a fração argila de 23 amostras de solos desenvolvidos a partir de diferentes materiais de origem, encontrados na região Sul do Brasil, a fim de estabelecer a contribuição dos principais constituintes para a ASE e a capacidade de troca de cátions efetiva (CTCe). Foram identificados os minerais por difratometria de raios X (DRX); quantificados por análise termogravimétrica (ATG); determinados os valores de CTCe e de ASEt (total), pelo método do etilenoglicol mono-etil éter (EGME); de ASEe (externa), pelo método BET-N2; e de ASEi, pela diferença dos valores obtidos entre os dois métodos. Essas determinações foram feitas antes e após os procedimentos seqüenciais de dissolução seletiva, que visavam remover: a matéria orgânica (argila-NaOCl); a matéria orgânica e os óxidos de Fe livres (argila NaOCl + DCB); e a matéria orgânica, os óxidos de Fe livres, a caulinita, a gibbsita e os minerais aluminossilicatados de baixa cristalinidade (argila-NaOCl+DCB+NaOH 5 mol L-1). Os solos estudados apresentaram grande variação na mineralogia da fração argila; para a maioria deles, a caulinita foi o mineral predominante, seguido dos argilominerais do tipo 2:1 expansíveis ou dos óxidos e hidróxidos de Fe e Al. Entre a ASEe e a CTCe da fração argila-natural não se constatou relação de dependência, devido ao recobrimento da superfície da amostra pela matéria orgânica. O efeito agregante dos óxidos de Fe promoveu diminuição de 21 % da ASEe. Os argilominerais do tipo 2:1 encontram-se em concentrações variando de 3 a 65 % da fração silicatada, contribuindo com valores médios de 1.054 mmol c kg-1 e de 202 m² g-1 para CTCe e ASEt, respectivamente. A ASEi contribui com 58 % da ASEt na fração argila com remanescentes de argilominerais do tipo 2:1.
id SBCS-1_fd437345c3fa27c13c66bf6158f300f0
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-06832007000600014
network_acronym_str SBCS-1
network_name_str Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
repository_id_str
spelling Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônicaEGME, BET-N2dissolução seletivaargilominerais do tipo 1:1 e 2:1gibbsitacarbono orgânicoA área superficial específica (ASE) está relacionada com diversas propriedades que definem o comportamento físico-químico dos solos. Neste trabalho, foi estudada a fração argila de 23 amostras de solos desenvolvidos a partir de diferentes materiais de origem, encontrados na região Sul do Brasil, a fim de estabelecer a contribuição dos principais constituintes para a ASE e a capacidade de troca de cátions efetiva (CTCe). Foram identificados os minerais por difratometria de raios X (DRX); quantificados por análise termogravimétrica (ATG); determinados os valores de CTCe e de ASEt (total), pelo método do etilenoglicol mono-etil éter (EGME); de ASEe (externa), pelo método BET-N2; e de ASEi, pela diferença dos valores obtidos entre os dois métodos. Essas determinações foram feitas antes e após os procedimentos seqüenciais de dissolução seletiva, que visavam remover: a matéria orgânica (argila-NaOCl); a matéria orgânica e os óxidos de Fe livres (argila NaOCl + DCB); e a matéria orgânica, os óxidos de Fe livres, a caulinita, a gibbsita e os minerais aluminossilicatados de baixa cristalinidade (argila-NaOCl+DCB+NaOH 5 mol L-1). Os solos estudados apresentaram grande variação na mineralogia da fração argila; para a maioria deles, a caulinita foi o mineral predominante, seguido dos argilominerais do tipo 2:1 expansíveis ou dos óxidos e hidróxidos de Fe e Al. Entre a ASEe e a CTCe da fração argila-natural não se constatou relação de dependência, devido ao recobrimento da superfície da amostra pela matéria orgânica. O efeito agregante dos óxidos de Fe promoveu diminuição de 21 % da ASEe. Os argilominerais do tipo 2:1 encontram-se em concentrações variando de 3 a 65 % da fração silicatada, contribuindo com valores médios de 1.054 mmol c kg-1 e de 202 m² g-1 para CTCe e ASEt, respectivamente. A ASEi contribui com 58 % da ASEt na fração argila com remanescentes de argilominerais do tipo 2:1.Sociedade Brasileira de Ciência do Solo2007-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832007000600014Revista Brasileira de Ciência do Solo v.31 n.6 2007reponame:Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)instname:Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)instacron:SBCS10.1590/S0100-06832007000600014info:eu-repo/semantics/openAccessSouza Junior,Ivan Granemann deCosta,Antonio Carlos Saraiva daSambatti,José AlexandrePeternele,Wilson SacchiTormena,Cássio AntonioMontes,Célia ReginaClemente,Celso Augustopor2008-02-26T00:00:00Zoai:scielo:S0100-06832007000600014Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0100-0683&lng=es&nrm=isohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbcs@ufv.br1806-96570100-0683opendoar:2008-02-26T00:00Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) - Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)false
dc.title.none.fl_str_mv Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica
title Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica
spellingShingle Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica
Souza Junior,Ivan Granemann de
EGME, BET-N2
dissolução seletiva
argilominerais do tipo 1:1 e 2:1
gibbsita
carbono orgânico
title_short Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica
title_full Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica
title_fullStr Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica
title_full_unstemmed Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica
title_sort Contribuição dos constituintes da fração argila de solos subtropicais à área superficial específica e à capacidade de troca catiônica
author Souza Junior,Ivan Granemann de
author_facet Souza Junior,Ivan Granemann de
Costa,Antonio Carlos Saraiva da
Sambatti,José Alexandre
Peternele,Wilson Sacchi
Tormena,Cássio Antonio
Montes,Célia Regina
Clemente,Celso Augusto
author_role author
author2 Costa,Antonio Carlos Saraiva da
Sambatti,José Alexandre
Peternele,Wilson Sacchi
Tormena,Cássio Antonio
Montes,Célia Regina
Clemente,Celso Augusto
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza Junior,Ivan Granemann de
Costa,Antonio Carlos Saraiva da
Sambatti,José Alexandre
Peternele,Wilson Sacchi
Tormena,Cássio Antonio
Montes,Célia Regina
Clemente,Celso Augusto
dc.subject.por.fl_str_mv EGME, BET-N2
dissolução seletiva
argilominerais do tipo 1:1 e 2:1
gibbsita
carbono orgânico
topic EGME, BET-N2
dissolução seletiva
argilominerais do tipo 1:1 e 2:1
gibbsita
carbono orgânico
description A área superficial específica (ASE) está relacionada com diversas propriedades que definem o comportamento físico-químico dos solos. Neste trabalho, foi estudada a fração argila de 23 amostras de solos desenvolvidos a partir de diferentes materiais de origem, encontrados na região Sul do Brasil, a fim de estabelecer a contribuição dos principais constituintes para a ASE e a capacidade de troca de cátions efetiva (CTCe). Foram identificados os minerais por difratometria de raios X (DRX); quantificados por análise termogravimétrica (ATG); determinados os valores de CTCe e de ASEt (total), pelo método do etilenoglicol mono-etil éter (EGME); de ASEe (externa), pelo método BET-N2; e de ASEi, pela diferença dos valores obtidos entre os dois métodos. Essas determinações foram feitas antes e após os procedimentos seqüenciais de dissolução seletiva, que visavam remover: a matéria orgânica (argila-NaOCl); a matéria orgânica e os óxidos de Fe livres (argila NaOCl + DCB); e a matéria orgânica, os óxidos de Fe livres, a caulinita, a gibbsita e os minerais aluminossilicatados de baixa cristalinidade (argila-NaOCl+DCB+NaOH 5 mol L-1). Os solos estudados apresentaram grande variação na mineralogia da fração argila; para a maioria deles, a caulinita foi o mineral predominante, seguido dos argilominerais do tipo 2:1 expansíveis ou dos óxidos e hidróxidos de Fe e Al. Entre a ASEe e a CTCe da fração argila-natural não se constatou relação de dependência, devido ao recobrimento da superfície da amostra pela matéria orgânica. O efeito agregante dos óxidos de Fe promoveu diminuição de 21 % da ASEe. Os argilominerais do tipo 2:1 encontram-se em concentrações variando de 3 a 65 % da fração silicatada, contribuindo com valores médios de 1.054 mmol c kg-1 e de 202 m² g-1 para CTCe e ASEt, respectivamente. A ASEi contribui com 58 % da ASEt na fração argila com remanescentes de argilominerais do tipo 2:1.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832007000600014
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832007000600014
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-06832007000600014
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ciência do Solo v.31 n.6 2007
reponame:Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)
instacron:SBCS
instname_str Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)
instacron_str SBCS
institution SBCS
reponame_str Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
collection Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Ciência do Solo (Online) - Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS)
repository.mail.fl_str_mv ||sbcs@ufv.br
_version_ 1752126513318199296