Manifestações de padrão tuberculóide reacional na hanseníase dimorfa: estudo histoquímico e imuno-histoquímico comparativo, em biópsias cutâneas, entre reações tipo 1 ocorridas antes e durante a poliquimioterapia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreto,Jaison Antonio
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Belone,Andrea de Faria Fernandes, Fleury,Raul Negrão, Soares,Cleverson Teixeira, Lauris,José Roberto Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anais brasileiros de dermatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962005001000002
Resumo: FUNDAMENTOS: Na hanseníase dimorfa é comum a ocorrência de reações tipo 1 antes, durante ou depois da poliquimioterapia (PQT). Trabalhos recentes sugerem que a reação tipo 1 seria um desequilíbrio imunológico entre citocinas pró-inflamatórias e antiinflamatórias. OBJETIVOS: Compreender melhor a fisiopatologia das reações tipo 1. MÉTODOS: Estudaram-se biópsias cutâneas de 10 indivíduos com hanseníase dimorfa-tuberculóide reacional não tratada (DTR) e 10 dimorfos em reação reversa após o início da PQT (DRR), comparando-se os parâmetros morfológicos e imunológicos por meio de colorações HE e Faraco-Fite, e técnicas imuno-histoquímicas (CD4, CD8, CD20, CD79a, CD57, iNOS, IL-10, LAM e BCG). RESULTADOS: Houve, nos DRR, mais macrófagos multivacuolados, maior marcação nos macrófagos para a enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e menos linfócitos T CD8+ (p<0,05). Afora a presença de bacilos típicos nos DTR e sua ausência nos DRR, não houve diferenças na baciloscopia ou na marcação para antígenos micobacterianos (LAM e BCG) entre os grupos. O número de células IL-10+ foi similar nos dois grupos, porém houve correlação negativa entre essa citocina e a proporção CD4/CD8 apenas nos pacientes DRR (p<0,05). Houve tendência à redução do infiltrado específico e ao maior número de células NK nos DRR. CONCLUSÃO: Na presença de muitos bacilos viáveis em um paciente sem imunidade celular plena, haveria tendência à piora imunológica (downgrading). A PQT, ao reduzir a carga bacilar, melhoraria a imunidade celular (upgrading), com posterior desvio da imunidade adquirida para a inespecífica (resposta Th3), evoluindo para a cura.
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