Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais brasileiros de dermatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962005001000015 |
Resumo: | FUNDAMENTOS: A difusão do ultra-som (US) como método terapêutico corroborou o perfil de segurança observado na prática médica, porém nem sempre baseado em estudos sistemáticos, sugerindo medidas de cautela e otimização da técnica. OBJETIVO: Avaliar o risco potencial da utilização do ultra-som de baixa intensidade em terapias dermatológicas e estéticas e suas implicações no sistema cardiovascular. MÉTODOS: Utilizaram-se (n=10) ratas Wistar, pesando +300g e divididas em dois grupos: controle-Sham e terapia ultra-sônica (TUS). Após anestesia induzida por halotano, as fêmeas foram submetidas à TUS modo de pulso, com potência de 1W/cm² e 3MHz freqüência, na região inguinal em área de 3cm², durante três minutos por 10 dias. Ao final do tratamento, após anestesia com (cloral hidratado 10% / 0,4ml/100g), foram cateterizadas em artéria femoral, e mensuradas a pressão arterial média (PAM) e a freqüência cardíaca (FC); foi coletado sangue para dosagem do perfil lipídico e glicêmico. A seguir, o coração foi isolado e perfundido pelo método de Langendorff; após 40 minutos, foi determinada a pressão de perfusão coronariana (PPC) basal e realizada curva dose-resposta de adenosina. Realizada Anova, seguida do teste de Tukey para múltiplas comparações, e as diferenças foram estabelecidas em 5%, e os valores expressos como média + EPM. RESULTADOS: Observou-se aumento (P<0,01) da PAM no grupo TUS (114+1 vs 103+1 mmHg) quando comparado ao grupo controle. A glicemia em jejum (97+2 vs 133+6 mg/dL) e o perfil lipídico apresentaram diferenças significativas tais como no LDL (10+1 vs 14+1mg/dL), HDL (59+1 vs 54+1mg/dL), triglicérides (33+2 vs 82+6mg/dL) nos grupos controle e TUS, respectivamente. A PPC basal reduziu (P<0,01) de 94+2 mmHg no controle para 79+1 mmHg no TUS. CONCLUSÃO: A TUS, imediatamente após o uso, alterou os parâmetros hemodinâmicos e os níveis de lipídios e glicose séricos, além de produzir atenuação da vasodilatação induzida por adenosina. Pode-se, portanto, considerar que a TUS eleva o risco para eventos cardiovasculares em ratas Wistar. |
id |
SBD-1_b0620ae4cc5fe8ab33a6559c0ccb8d2e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0365-05962005001000015 |
network_acronym_str |
SBD-1 |
network_name_str |
Anais brasileiros de dermatologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínicoCeluliteLipodistrofiaUltra-somFUNDAMENTOS: A difusão do ultra-som (US) como método terapêutico corroborou o perfil de segurança observado na prática médica, porém nem sempre baseado em estudos sistemáticos, sugerindo medidas de cautela e otimização da técnica. OBJETIVO: Avaliar o risco potencial da utilização do ultra-som de baixa intensidade em terapias dermatológicas e estéticas e suas implicações no sistema cardiovascular. MÉTODOS: Utilizaram-se (n=10) ratas Wistar, pesando +300g e divididas em dois grupos: controle-Sham e terapia ultra-sônica (TUS). Após anestesia induzida por halotano, as fêmeas foram submetidas à TUS modo de pulso, com potência de 1W/cm² e 3MHz freqüência, na região inguinal em área de 3cm², durante três minutos por 10 dias. Ao final do tratamento, após anestesia com (cloral hidratado 10% / 0,4ml/100g), foram cateterizadas em artéria femoral, e mensuradas a pressão arterial média (PAM) e a freqüência cardíaca (FC); foi coletado sangue para dosagem do perfil lipídico e glicêmico. A seguir, o coração foi isolado e perfundido pelo método de Langendorff; após 40 minutos, foi determinada a pressão de perfusão coronariana (PPC) basal e realizada curva dose-resposta de adenosina. Realizada Anova, seguida do teste de Tukey para múltiplas comparações, e as diferenças foram estabelecidas em 5%, e os valores expressos como média + EPM. RESULTADOS: Observou-se aumento (P<0,01) da PAM no grupo TUS (114+1 vs 103+1 mmHg) quando comparado ao grupo controle. A glicemia em jejum (97+2 vs 133+6 mg/dL) e o perfil lipídico apresentaram diferenças significativas tais como no LDL (10+1 vs 14+1mg/dL), HDL (59+1 vs 54+1mg/dL), triglicérides (33+2 vs 82+6mg/dL) nos grupos controle e TUS, respectivamente. A PPC basal reduziu (P<0,01) de 94+2 mmHg no controle para 79+1 mmHg no TUS. CONCLUSÃO: A TUS, imediatamente após o uso, alterou os parâmetros hemodinâmicos e os níveis de lipídios e glicose séricos, além de produzir atenuação da vasodilatação induzida por adenosina. Pode-se, portanto, considerar que a TUS eleva o risco para eventos cardiovasculares em ratas Wistar.Sociedade Brasileira de Dermatologia2005-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962005001000015Anais Brasileiros de Dermatologia v.80 suppl.3 2005reponame:Anais brasileiros de dermatologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)instacron:SBD10.1590/S0365-05962005001000015info:eu-repo/semantics/openAccessGonçalves,Washington Luiz S.Cirqueira,João PauloSoares,Luciana SalotoBissoli,Nazaré SouzaMoysés,Margareth Ribeiropor2008-05-08T00:00:00Zoai:scielo:S0365-05962005001000015Revistahttp://www.anaisdedermatologia.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpabd@sbd.org.br||revista@sbd.org.br1806-48410365-0596opendoar:2008-05-08T00:00Anais brasileiros de dermatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico |
title |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico |
spellingShingle |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico Gonçalves,Washington Luiz S. Celulite Lipodistrofia Ultra-som |
title_short |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico |
title_full |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico |
title_fullStr |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico |
title_full_unstemmed |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico |
title_sort |
Utilização da terapia ultra-sônica de baixa intensidade na redução da lipodistrofia ginecóide: uma terapia segura ou risco cardiovascular transitório? Um estudo pré-clínico |
author |
Gonçalves,Washington Luiz S. |
author_facet |
Gonçalves,Washington Luiz S. Cirqueira,João Paulo Soares,Luciana Saloto Bissoli,Nazaré Souza Moysés,Margareth Ribeiro |
author_role |
author |
author2 |
Cirqueira,João Paulo Soares,Luciana Saloto Bissoli,Nazaré Souza Moysés,Margareth Ribeiro |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gonçalves,Washington Luiz S. Cirqueira,João Paulo Soares,Luciana Saloto Bissoli,Nazaré Souza Moysés,Margareth Ribeiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Celulite Lipodistrofia Ultra-som |
topic |
Celulite Lipodistrofia Ultra-som |
description |
FUNDAMENTOS: A difusão do ultra-som (US) como método terapêutico corroborou o perfil de segurança observado na prática médica, porém nem sempre baseado em estudos sistemáticos, sugerindo medidas de cautela e otimização da técnica. OBJETIVO: Avaliar o risco potencial da utilização do ultra-som de baixa intensidade em terapias dermatológicas e estéticas e suas implicações no sistema cardiovascular. MÉTODOS: Utilizaram-se (n=10) ratas Wistar, pesando +300g e divididas em dois grupos: controle-Sham e terapia ultra-sônica (TUS). Após anestesia induzida por halotano, as fêmeas foram submetidas à TUS modo de pulso, com potência de 1W/cm² e 3MHz freqüência, na região inguinal em área de 3cm², durante três minutos por 10 dias. Ao final do tratamento, após anestesia com (cloral hidratado 10% / 0,4ml/100g), foram cateterizadas em artéria femoral, e mensuradas a pressão arterial média (PAM) e a freqüência cardíaca (FC); foi coletado sangue para dosagem do perfil lipídico e glicêmico. A seguir, o coração foi isolado e perfundido pelo método de Langendorff; após 40 minutos, foi determinada a pressão de perfusão coronariana (PPC) basal e realizada curva dose-resposta de adenosina. Realizada Anova, seguida do teste de Tukey para múltiplas comparações, e as diferenças foram estabelecidas em 5%, e os valores expressos como média + EPM. RESULTADOS: Observou-se aumento (P<0,01) da PAM no grupo TUS (114+1 vs 103+1 mmHg) quando comparado ao grupo controle. A glicemia em jejum (97+2 vs 133+6 mg/dL) e o perfil lipídico apresentaram diferenças significativas tais como no LDL (10+1 vs 14+1mg/dL), HDL (59+1 vs 54+1mg/dL), triglicérides (33+2 vs 82+6mg/dL) nos grupos controle e TUS, respectivamente. A PPC basal reduziu (P<0,01) de 94+2 mmHg no controle para 79+1 mmHg no TUS. CONCLUSÃO: A TUS, imediatamente após o uso, alterou os parâmetros hemodinâmicos e os níveis de lipídios e glicose séricos, além de produzir atenuação da vasodilatação induzida por adenosina. Pode-se, portanto, considerar que a TUS eleva o risco para eventos cardiovasculares em ratas Wistar. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962005001000015 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962005001000015 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0365-05962005001000015 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Dermatologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Dermatologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Anais Brasileiros de Dermatologia v.80 suppl.3 2005 reponame:Anais brasileiros de dermatologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) instacron:SBD |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) |
instacron_str |
SBD |
institution |
SBD |
reponame_str |
Anais brasileiros de dermatologia (Online) |
collection |
Anais brasileiros de dermatologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Anais brasileiros de dermatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) |
repository.mail.fl_str_mv |
abd@sbd.org.br||revista@sbd.org.br |
_version_ |
1752126414842232832 |