FECHAMENTO DA PAREDE ABDOMINAL COM AFASTAMENTO PARCIAL DAS BORDAS DA APONEUROSE UTILIZANDO SOBREPOSIÇÃO COM TELAS DE VICRYL OU MARLEX EM RATOS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Acta Cirúrgica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86501999000100006 |
Resumo: | O presente experimento tem por finalidade estudar o efeito da aplicação de telas absorvíveis e inabsorvíveis, como reforço no fechamento de incisões medianas abdominais em ratos, na situação de aproximação parcial das bordas das aponeuroses. Para isto, foram estudados 45 ratos machos da raça Wistar, divididos em três grupos, nos quais se procedeu da seguinte maneira: Grupo "controle" - incisão mediana abdominal atingindo a cavidade peritoneal, seguida por fechamento apenas da pele; Grupo "vicryl" - incisão mediana abdominal atingindo a cavidade peritoneal, seguida por reforço com tela de vicryl, sobreposta em forma de ponte sobre a aponeurose, mantendo os lábios da aponeurose distantes entre si por 1,0 cm; Grupo "marlex" - procedimento idêntico ao grupo "vicryl", substituindo-se a tela de vicryl por marlex. Após um ano, os animais foram sacrificados e submetidos à avaliação macroscópica quanto à presença de hérnias e aderências às telas; aferição da resistência tênsil da cicatriz cirúrgica através da tração por dinamômetro e estudo histológico dos seguintes fenômenos da cicatrização: reação inflamatória crônica, inflamação granulomatosa tipo corpo estranho, tecido de granulação, hiperplasia fibroblástica e fibrose. Apenas os animais do grupo "controle" desenvolveram hérnias ao final do experimento. Não houve formação de aderências intestinais significativas em nenhum dos grupos estudados. A resistência tênsil foi significativamente maior nos animais em que se aplicaram telas para reforço. A reação inflamatória crônica e a inflamação granulomatosa tipo corpo estranho foram muito mais intensas no grupo em que se utilizou marlex, que nos demais grupos. Quanto ao tecido de granulação e hiperplasia fibroblástica, estavam ausentes em todos os grupos. A fibrose foi mais intensa nos grupos em que as telas foram empregadas. Conclui-se que a utilização de telas nesta situação evita o desenvolvimento de hérnias, no prazo de seguimento de um ano, porque confere maior resistência tênsil à parede abdominal e a aplicação de tela de vicryl, além de proporcionar esta resistência, ainda o faz com menor reação inflamatória crônica e granulomatosa tipo corpo estranho. |
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