Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de entomologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0085-56262008000400014 |
Resumo: | O Agreste é uma região de transição entre floresta tropical úmida e caatinga no nordeste brasileiro. Nessa região, grande parte da vegetação nativa foi desmatada para a implantação de pastagens. Não é sabido se áreas degradadas mantém uma apifauna e flora melitófila diversificada, ou quais são associações entre abelhas e plantas que ocorrem nessas áreas. A cobertura vegetal atual é composta por pastos, vegetação ruderal e restos da vegetação nativa. Abelhas e plantas por elas visitadas foram coletadas mensalmente entre agosto de 2001 e julho de 2002, durante dois dias consecutivos entre 5h30 e 17h30. Foram coletados 1.004 indivíduos de abelhas pertencentes a 79 espécies. Apidae foi a família mais abundante e com maior riqueza de espécies (732 indivíduos e 43 espécies), seguida por Halictidae (194 indivíduos e 20 spp.), Megachilidae (47 indivíduos e 13 spp.), Colletidae (16 indivíduos e 2 spp.) e Andrenidae (15 indivíduos e 1 sp.). Foram registradas apenas três espécies de abelhas eussocais e cinco de Euglossini, dois grupos altamente diversificados nas florestas neotropicais. A ausência de abelhas sem ferrão nativas dos gêneros Plebeia, Frieseomelitta, Partamona, Scaptotrigona e Trigonisca, assim como de outras espécies de Euglossini, deve estar relacionada à falta de sítios de nidificação e à escassez de fontes de pólen e néctar nessa área degradada. Foram registradas 87 espécies de plantas melitófilas, a maioria ervas e arbustos. Árvores nativas isoladas, assim como plantas ornamentais e frutíferas cultivadas contribuem para manter parte da diversidade da comunidade de abelhas nativas. |
id |
SBE-1_fed26fbf50de92be8e52a74ac01c95f3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0085-56262008000400014 |
network_acronym_str |
SBE-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de entomologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, BrasilDiversidadeinteração abelha-plantalevantamentoNordeste Brasileiropolinizaçãoriqueza de espéciesO Agreste é uma região de transição entre floresta tropical úmida e caatinga no nordeste brasileiro. Nessa região, grande parte da vegetação nativa foi desmatada para a implantação de pastagens. Não é sabido se áreas degradadas mantém uma apifauna e flora melitófila diversificada, ou quais são associações entre abelhas e plantas que ocorrem nessas áreas. A cobertura vegetal atual é composta por pastos, vegetação ruderal e restos da vegetação nativa. Abelhas e plantas por elas visitadas foram coletadas mensalmente entre agosto de 2001 e julho de 2002, durante dois dias consecutivos entre 5h30 e 17h30. Foram coletados 1.004 indivíduos de abelhas pertencentes a 79 espécies. Apidae foi a família mais abundante e com maior riqueza de espécies (732 indivíduos e 43 espécies), seguida por Halictidae (194 indivíduos e 20 spp.), Megachilidae (47 indivíduos e 13 spp.), Colletidae (16 indivíduos e 2 spp.) e Andrenidae (15 indivíduos e 1 sp.). Foram registradas apenas três espécies de abelhas eussocais e cinco de Euglossini, dois grupos altamente diversificados nas florestas neotropicais. A ausência de abelhas sem ferrão nativas dos gêneros Plebeia, Frieseomelitta, Partamona, Scaptotrigona e Trigonisca, assim como de outras espécies de Euglossini, deve estar relacionada à falta de sítios de nidificação e à escassez de fontes de pólen e néctar nessa área degradada. Foram registradas 87 espécies de plantas melitófilas, a maioria ervas e arbustos. Árvores nativas isoladas, assim como plantas ornamentais e frutíferas cultivadas contribuem para manter parte da diversidade da comunidade de abelhas nativas.Sociedade Brasileira De Entomologia2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0085-56262008000400014Revista Brasileira de Entomologia v.52 n.4 2008reponame:Revista brasileira de entomologia (Online)instname:Sociedade Brasileira De Entomologia (SBE)instacron:SBE10.1590/S0085-56262008000400014info:eu-repo/semantics/openAccessMilet-Pinheiro,PauloSchlindwein,Clemenspor2009-02-02T00:00:00Zoai:scielo:S0085-56262008000400014Revistahttp://www.rbentomologia.com/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbe@ufpr.br1806-96650085-5626opendoar:2009-02-02T00:00Revista brasileira de entomologia (Online) - Sociedade Brasileira De Entomologia (SBE)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil |
title |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil |
spellingShingle |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil Milet-Pinheiro,Paulo Diversidade interação abelha-planta levantamento Nordeste Brasileiro polinização riqueza de espécies |
title_short |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil |
title_full |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil |
title_fullStr |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil |
title_full_unstemmed |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil |
title_sort |
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas em uma área do Agreste pernambucano, Brasil |
author |
Milet-Pinheiro,Paulo |
author_facet |
Milet-Pinheiro,Paulo Schlindwein,Clemens |
author_role |
author |
author2 |
Schlindwein,Clemens |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Milet-Pinheiro,Paulo Schlindwein,Clemens |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Diversidade interação abelha-planta levantamento Nordeste Brasileiro polinização riqueza de espécies |
topic |
Diversidade interação abelha-planta levantamento Nordeste Brasileiro polinização riqueza de espécies |
description |
O Agreste é uma região de transição entre floresta tropical úmida e caatinga no nordeste brasileiro. Nessa região, grande parte da vegetação nativa foi desmatada para a implantação de pastagens. Não é sabido se áreas degradadas mantém uma apifauna e flora melitófila diversificada, ou quais são associações entre abelhas e plantas que ocorrem nessas áreas. A cobertura vegetal atual é composta por pastos, vegetação ruderal e restos da vegetação nativa. Abelhas e plantas por elas visitadas foram coletadas mensalmente entre agosto de 2001 e julho de 2002, durante dois dias consecutivos entre 5h30 e 17h30. Foram coletados 1.004 indivíduos de abelhas pertencentes a 79 espécies. Apidae foi a família mais abundante e com maior riqueza de espécies (732 indivíduos e 43 espécies), seguida por Halictidae (194 indivíduos e 20 spp.), Megachilidae (47 indivíduos e 13 spp.), Colletidae (16 indivíduos e 2 spp.) e Andrenidae (15 indivíduos e 1 sp.). Foram registradas apenas três espécies de abelhas eussocais e cinco de Euglossini, dois grupos altamente diversificados nas florestas neotropicais. A ausência de abelhas sem ferrão nativas dos gêneros Plebeia, Frieseomelitta, Partamona, Scaptotrigona e Trigonisca, assim como de outras espécies de Euglossini, deve estar relacionada à falta de sítios de nidificação e à escassez de fontes de pólen e néctar nessa área degradada. Foram registradas 87 espécies de plantas melitófilas, a maioria ervas e arbustos. Árvores nativas isoladas, assim como plantas ornamentais e frutíferas cultivadas contribuem para manter parte da diversidade da comunidade de abelhas nativas. |
publishDate |
2008 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2008-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0085-56262008000400014 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0085-56262008000400014 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0085-56262008000400014 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira De Entomologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira De Entomologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Entomologia v.52 n.4 2008 reponame:Revista brasileira de entomologia (Online) instname:Sociedade Brasileira De Entomologia (SBE) instacron:SBE |
instname_str |
Sociedade Brasileira De Entomologia (SBE) |
instacron_str |
SBE |
institution |
SBE |
reponame_str |
Revista brasileira de entomologia (Online) |
collection |
Revista brasileira de entomologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de entomologia (Online) - Sociedade Brasileira De Entomologia (SBE) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sbe@ufpr.br |
_version_ |
1752126457865306112 |