BENEFÍCIOS DO MANEJO DAS TRILHAS PARA USO PÚBLICO NO PARQUE ESTADUAL DO JARAGUÁ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ecoturismo |
Texto Completo: | https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6013 |
Resumo: | O estudo analisou os benefícios gerados após o manejo das trilhas no Parque Estadual do Jaraguá (PEJ) e se os impactos negativos gerados pelo fluxo de visitantes foram minimizados. Para o desenvolvimento da pesquisa utilizou-se de bibliografias referente às Unidades de Conservação (UC) e manejo de trilhas, observação in loco e acompanhamento de grupos antes e após o manejo das trilhas pelo pesquisador. O PEJ é uma UC de Proteção Integral, permitindo apenas pesquisas científicas, atividades de educação e interpretação ambiental, recreação e ecoturismo. Com 491,98 ha de Mata Atlântica, o parque se caracteriza como uma das principais áreas verdes do município de São Paulo e a principal área de lazer para a população de seu entorno. É perceptível que a visitação pública nessas áreas cresce, muitas pessoas buscam o prazer que o contato com a natureza proporciona e experiências que o homem urbano não está acostumado, como por exemplo: observar sua fauna e flora, beber água da nascente e respirar ar menos poluído e mais fresco. Para observar a natureza ou acessar um atrativo, os visitantes percorrem trilhas, ou seja, caminhos abertos na mata para acessar um determinado ponto, além disso, são utilizadas para patrulhamento, acesso rápido em caso de incêndios, resgate, atividades de educação e interpretação ambiental e ecoturismo. Contudo, existem muitos impactos negativos que a abertura de uma trilha pode causar, tais como: compactação do solo, erosão, pisoteamento das plantas e das mudas em desenvolvimento, alteração nas rotas de deslocamento dos animais, entre outros. O PEJ possui três trilhas abertas á visitação: Trilha da Bica, Silêncio e Pai Zé. Desde 2006, o parque intensificou o manejo de suas trilhas. A primeira foi a do Silêncio, que foi totalmente adaptada para o atendimento de visitantes com necessidades especiais, com a construção de rampas, corrimãos, disposição de bancos, fechamento de áreas para regeneração da vegetação e contenções de erosão. O manejo da trilha da Bica começou com o fechamento em partes do seu trajeto, que originalmente levava os visitantes próximos a nascente, além disso, o uso constante para banho causou expansão da área, compactação do solo e pisoteamento das plantas. Na readequação foi construída uma escadaria na entrada, corrimãos, proibição do banho, uma plataforma para diminuir o impacto nas margens do curso d’água e contenções. Quanto à trilha do Pai Zé, única a dar acesso ao Pico do Jaraguá, os maiores problemas causados pelo uso intensivo era a utilização de muitos caminhos alternativos, retirada de espécies de flora, pisoteamento de plantas, compactação do solo em todo o seu trajeto, erosões profundas, alargamento do caminho e incêndios. Sua adequação envolveu a construção de contenções, escadas, corrimãos e um mirante. A partir das análises e observações foi possível identificar que o manejo de trilhas em UC é fundamental, todas essas ações de manejo nas trilhas do PEJ trouxeram mais segurança aos visitantes, limitou o acesso aos locais em recuperação e principalmente diminuiu os impactos nas bordas das trilhas e ampliou o acesso para diversos tipos de público. |
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