Viagens turísticas como experiências de fronteiras
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ecoturismo |
Texto Completo: | https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6187 |
Resumo: | O que é viagem? Um ato de deslocamento pelo espaço, um movimento dos sujeitos em busca de conhecimento ou, ainda, uma prática inerente às culturas desde os seus primórdios? Além da necessidade de sobrevivência, a história registra, há tempos, a realização de expedições de descobrimento, através de antigas navegações e outras de caráter religioso, como as peregrinações. Curiosamente, essas viagens eram encomendadas ou mesmo realizadas a mando de um rei ou até mesmo do Papa. Poderíamos, nesse caso, compreendê-las como obrigatórias? Qual o papel do sujeito na realização da viagem? O que podemos pensar da natureza dos movimentos das viagens? Quais seus significados na contemporaneidade? O conhecimento científico moderno afastou o sujeito do conhecimento de suas próprias experiências. O enfrentamento dessa questão nos aproximaria da compreensão da natureza das viagens e do saber turístico. O fato de autores afirmarem que em essência não houve mudança entre os tipos de turismo, na contemporaneidade, apenas confirma a nossa suspeita: a compreensão teórica profunda depende, antes de tudo, do questionamento dos pilares epistemológicos que sustentam o turismo moderno contemporâneo, assim como suas ausências. Para, se necessário, reinventá-lo usando as lentes de outro olhar. No Brasil e no contexto internacional, alguns pesquisadores tem se dedicado a tarefa de renovação e, dessa forma, contribuído com novas abordagens em torno das relações humanas e sociais inerentes às viagens. Nesse sentido, um exemplo mais recente se refere ao crescimento do interesse pela questão da experiência. Este ensaio teórico tem como objetivo apresentar o início de uma leitura crítica e criativa do significado da experiência nas viagens turísticas e apontar o potencial de uma epistemologia da viagem, de fronteira, no campo de estudos do turismo, como possibilidade de transição paradigmática. |
id |
SBECOTUR-1_50dbd168cf24fbcd5bf49dc1775129b8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6187 |
network_acronym_str |
SBECOTUR-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Ecoturismo |
repository_id_str |
|
spelling |
Viagens turísticas como experiências de fronteirasO que é viagem? Um ato de deslocamento pelo espaço, um movimento dos sujeitos em busca de conhecimento ou, ainda, uma prática inerente às culturas desde os seus primórdios? Além da necessidade de sobrevivência, a história registra, há tempos, a realização de expedições de descobrimento, através de antigas navegações e outras de caráter religioso, como as peregrinações. Curiosamente, essas viagens eram encomendadas ou mesmo realizadas a mando de um rei ou até mesmo do Papa. Poderíamos, nesse caso, compreendê-las como obrigatórias? Qual o papel do sujeito na realização da viagem? O que podemos pensar da natureza dos movimentos das viagens? Quais seus significados na contemporaneidade? O conhecimento científico moderno afastou o sujeito do conhecimento de suas próprias experiências. O enfrentamento dessa questão nos aproximaria da compreensão da natureza das viagens e do saber turístico. O fato de autores afirmarem que em essência não houve mudança entre os tipos de turismo, na contemporaneidade, apenas confirma a nossa suspeita: a compreensão teórica profunda depende, antes de tudo, do questionamento dos pilares epistemológicos que sustentam o turismo moderno contemporâneo, assim como suas ausências. Para, se necessário, reinventá-lo usando as lentes de outro olhar. No Brasil e no contexto internacional, alguns pesquisadores tem se dedicado a tarefa de renovação e, dessa forma, contribuído com novas abordagens em torno das relações humanas e sociais inerentes às viagens. Nesse sentido, um exemplo mais recente se refere ao crescimento do interesse pela questão da experiência. Este ensaio teórico tem como objetivo apresentar o início de uma leitura crítica e criativa do significado da experiência nas viagens turísticas e apontar o potencial de uma epistemologia da viagem, de fronteira, no campo de estudos do turismo, como possibilidade de transição paradigmática.Universidade Federal de São Paulo2013-01-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/618710.34024/rbecotur.2013.v6.6187Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 6 n. 1 (2013): janeiro-abril/2013Brazilian Journal of Ecotourism; Vol. 6 No. 1 (2013): janeiro-abril/2013Revista Brasileña de Ecoturismo; Vol. 6 Núm. 1 (2013): janeiro-abril/20131983-9391reponame:Revista Brasileira de Ecoturismoinstname:Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur)instacron:SBECOTURporhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6187/3969Copyright (c) 2013 Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur)https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida, Fabiana Andrade Bernardes2021-09-24T18:53:35Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6187Revistahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/indexPUBhttp://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/oai||zneiman@gmail.com1983-93911983-9391opendoar:2021-09-24T18:53:35Revista Brasileira de Ecoturismo - Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Viagens turísticas como experiências de fronteiras |
title |
Viagens turísticas como experiências de fronteiras |
spellingShingle |
Viagens turísticas como experiências de fronteiras Almeida, Fabiana Andrade Bernardes |
title_short |
Viagens turísticas como experiências de fronteiras |
title_full |
Viagens turísticas como experiências de fronteiras |
title_fullStr |
Viagens turísticas como experiências de fronteiras |
title_full_unstemmed |
Viagens turísticas como experiências de fronteiras |
title_sort |
Viagens turísticas como experiências de fronteiras |
author |
Almeida, Fabiana Andrade Bernardes |
author_facet |
Almeida, Fabiana Andrade Bernardes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Almeida, Fabiana Andrade Bernardes |
description |
O que é viagem? Um ato de deslocamento pelo espaço, um movimento dos sujeitos em busca de conhecimento ou, ainda, uma prática inerente às culturas desde os seus primórdios? Além da necessidade de sobrevivência, a história registra, há tempos, a realização de expedições de descobrimento, através de antigas navegações e outras de caráter religioso, como as peregrinações. Curiosamente, essas viagens eram encomendadas ou mesmo realizadas a mando de um rei ou até mesmo do Papa. Poderíamos, nesse caso, compreendê-las como obrigatórias? Qual o papel do sujeito na realização da viagem? O que podemos pensar da natureza dos movimentos das viagens? Quais seus significados na contemporaneidade? O conhecimento científico moderno afastou o sujeito do conhecimento de suas próprias experiências. O enfrentamento dessa questão nos aproximaria da compreensão da natureza das viagens e do saber turístico. O fato de autores afirmarem que em essência não houve mudança entre os tipos de turismo, na contemporaneidade, apenas confirma a nossa suspeita: a compreensão teórica profunda depende, antes de tudo, do questionamento dos pilares epistemológicos que sustentam o turismo moderno contemporâneo, assim como suas ausências. Para, se necessário, reinventá-lo usando as lentes de outro olhar. No Brasil e no contexto internacional, alguns pesquisadores tem se dedicado a tarefa de renovação e, dessa forma, contribuído com novas abordagens em torno das relações humanas e sociais inerentes às viagens. Nesse sentido, um exemplo mais recente se refere ao crescimento do interesse pela questão da experiência. Este ensaio teórico tem como objetivo apresentar o início de uma leitura crítica e criativa do significado da experiência nas viagens turísticas e apontar o potencial de uma epistemologia da viagem, de fronteira, no campo de estudos do turismo, como possibilidade de transição paradigmática. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-01-26 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6187 10.34024/rbecotur.2013.v6.6187 |
url |
https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6187 |
identifier_str_mv |
10.34024/rbecotur.2013.v6.6187 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6187/3969 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2013 Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2013 Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 6 n. 1 (2013): janeiro-abril/2013 Brazilian Journal of Ecotourism; Vol. 6 No. 1 (2013): janeiro-abril/2013 Revista Brasileña de Ecoturismo; Vol. 6 Núm. 1 (2013): janeiro-abril/2013 1983-9391 reponame:Revista Brasileira de Ecoturismo instname:Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur) instacron:SBECOTUR |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur) |
instacron_str |
SBECOTUR |
institution |
SBECOTUR |
reponame_str |
Revista Brasileira de Ecoturismo |
collection |
Revista Brasileira de Ecoturismo |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ecoturismo - Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur) |
repository.mail.fl_str_mv |
||zneiman@gmail.com |
_version_ |
1799138609735925760 |