O DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO EM PARQUES NACIONAIS: A VISITAÇÃO NO PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE – RS EM ANÁLISE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kickhöfel, Débora Garcia
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo
Texto Completo: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5931
Resumo: Ambientes naturais recebem cada vez mais visitantes. No entanto, com o aumento deste fluxo, aumenta-se a preocupação com o meio ambiente. O ecoturismo proporciona o contato com as áreas naturais que, aliado à educação ambiental, possibilita um maior conhecimento acerca do espaço através da interpretação ambiental, estimulando a conservação. O Parque Nacional da Lagoa do Peixe (Parna), no Rio Grande do Sul, apesar de não estar oficialmente aberto a visitação, recebe visitantes durante todo ano. Esta área não possui delimitação física, impossibilitando o controle do fluxo de visitantes. Teve-se como objetivo principal da pesquisa analisar a visitação praticada atualmente e as ações de sensibilização ambiental desenvolvidas com os visitantes do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Ainda, estabelecer o perfil do visitante, identificando e verificando se acontece a sensibilização do mesmo, colaborando para a conservação do Parque. Neste estudo, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e o comtemplando dades de conservaçecoturismo e a educaçdocumental. Os dados foram obtidos através de questionários aplicados junto aos visitantes do Parque a fim de nortear o tipo de visitação, o conhecimento a respeito do Parque e das boas práticas conhecidas pelos visitantes, bem como as informações sócio-econômicas dos mesmos; entrevistas com servidor do Parque e responsável pela agência receptiva em Mostardas com intuito de analisar a visitação feita e identificar quais as orientações fornecidas aos visitantes; e, ainda, observação individual sistemática não-participante para examinar as condições físicas do Parque. A amostra adquirida com os questionários foi definida como não probabilística intencional, pois não se buscou representar o universo de visitantes do Parque em estudo, mas uma amostra deste. Foi considerado um total de 44 respondentes no período de 23 de outubro de 2010 a 23 de novembro de 2010. Com base nos dados coletados, não são realizadas atividades de sensibilização e interpretação ambiental do espaço visitado nem são fornecidas orientações sobre as boas práticas em áreas naturais. Além disso, a comunidade local não tem participação significativa no desenvolvimento do turismo, pois os dados obtidos mostraram que o artesanato e as tradições locais têm sido pouco valorizados. Contudo, a visitação desenvolvida no Parque não pode ser definida como ecoturismo, podendo ser denominada apenas turismo de natureza ou turismo em áreas naturais, não contemplando os princípios fundamentais da modalidade ecoturismo. Conclui-se que, o Parque não dispõe de um programa de educação ambiental e o ecoturismo é inexistente, pois não desenvolve a consciência ecológica através da interpretação e educação ambiental. Ainda, verifica-se que as poucas ações visando fornecer informação e sensibilização ambiental não são eficientes na conservação do Parna. A amostra obtida através dos questionários foi pouco expressiva para definir o perfil dos visitantes do Parque. Porém, esta amostra revelou tendências quanto aos tipos de visitantes e como é realizada a visitação nesta área, na visão dos mesmos. Por fim, afirmou-se que o ecoturismo é a melhor opção de atividade turística em Parques Nacionais. Se bem manejado, pode trazer benefícios para o visitante e para a comunidade local, além de beneficiar a própria Unidade a alcançar o seu principal objetivo de conservação.
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