POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ecoturismo |
Texto Completo: | https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5967 |
Resumo: | As áreas de interesse ao ecoturismo geralmente estão distantes dos centros urbanos e historicamente “ilhadas” nos aspectos geográfico, político ou social, mantendo ecossistemas preservados ao longo dos tempos. O objetivo deste trabalho é apresentar alguns resultados do Projeto Lagoas Costeiras referentes às potencialidades do turismo em municípios do litoral médio e sul do Rio Grande do Sul, destacando o ecoturismo. O estudo foi desenvolvido entre 2007 e 2009, nos municípios de Mostardas, Tavares, São José do Norte e Santa Vitória do Palmar. O projeto, realizado pela Universidade de Caxias do Sul em parceria com a Embrapa Clima Temperado, teve patrocínio do Programa Petrobras Ambiental. O estudo das potencialidades turísticas teve por objetivo avaliar as condições atuais do turismo na região e suas possibilidades e limitações frente ao desenvolvimento sustentável da atividade. A pesquisa apresentou caráter exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa, utilizando-se de entrevista, formulário e observação. As etapas do levantamento compreenderam: 1) Identificação dos potenciais atrativos turísticos mediante participação comunitária; 2) Classificação das potencialidades turísticas; 3) Identificação de segmentos turísticos em potencial. As comunidades estudadas apontaram uma grande diversidade de recursos naturais e culturais que foram identificados como potenciais atrativos, sendo estes principalmente relacionados ao recurso hídrico e as áreas de entorno, ambientes naturais preservados, espécies nativas, diversidade de paisagem, características geográficas peculiares, patrimônio histórico, arqueológico e paleontológico. Foi verificado um importante patrimônio natural representado pela Planície Costeira e seu sistema lagunar único, o qual compreende uma grande quantidade de corpos de água doce (Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Mangueira e diversas lagoas permanentes). Esse ambiente apresenta valor morfológico e paisagístico singular relacionado aos ecossistemas de seu entorno e a riqueza da biodiversidade. A região abriga, ainda, duas Unidades de Conservação: a Estação Ecológica do Taim e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, este reconhecido como zona núcleo da Reserva da Biosfera pela UNESCO (1992) e Sítio Ramsar pela Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional (2003). Portanto, essa variedade encontrada no litoral médio e sul mostra-se propícia ao desenvolvimento do ecoturismo e suas práticas como: contemplação da paisagem, observação de fauna e flora (especialmente de aves), expedições científicas, fotografia e filmagem, passeios em embarcações; e, ainda, possibilidades de integração com outros segmentos turísticos. Além disso, a economia da região tem gerado preocupações frente ao avanço e a dependência de atividades de grande impacto ambiental (silvicultura, agropecuária e pesca), associadas ao sobreuso do recurso hídrico. Diante deste contexto, e da elevada fragilidade dos ecossistemas existentes, o ecoturismo surge como o segmento turístico mais adequado às características da costa sul-brasileira, demonstrando grande potencial e podendo servir como ferramenta para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Porém, o turismo é hoje ainda incipiente nesta região, expressando falta de planejamento e gestão, tornando-se este um desafio à preservação dessa riqueza ambiental única no mundo. Os resultados obtidos possibilitaram a continuidade dos estudos entre 2011 e 2013, proporcionando a expansão da análise do potencial ecoturístico em outros três municípios do litoral médio e norte do Estado. Palavras-chave: Ecoturismo; Lagoas Costeiras; Rio Grande do Sul. |
id |
SBECOTUR-1_d9c015a746463bdfe8dd03a5e894b67d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5967 |
network_acronym_str |
SBECOTUR-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Ecoturismo |
repository_id_str |
|
spelling |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SULAs áreas de interesse ao ecoturismo geralmente estão distantes dos centros urbanos e historicamente “ilhadas” nos aspectos geográfico, político ou social, mantendo ecossistemas preservados ao longo dos tempos. O objetivo deste trabalho é apresentar alguns resultados do Projeto Lagoas Costeiras referentes às potencialidades do turismo em municípios do litoral médio e sul do Rio Grande do Sul, destacando o ecoturismo. O estudo foi desenvolvido entre 2007 e 2009, nos municípios de Mostardas, Tavares, São José do Norte e Santa Vitória do Palmar. O projeto, realizado pela Universidade de Caxias do Sul em parceria com a Embrapa Clima Temperado, teve patrocínio do Programa Petrobras Ambiental. O estudo das potencialidades turísticas teve por objetivo avaliar as condições atuais do turismo na região e suas possibilidades e limitações frente ao desenvolvimento sustentável da atividade. A pesquisa apresentou caráter exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa, utilizando-se de entrevista, formulário e observação. As etapas do levantamento compreenderam: 1) Identificação dos potenciais atrativos turísticos mediante participação comunitária; 2) Classificação das potencialidades turísticas; 3) Identificação de segmentos turísticos em potencial. As comunidades estudadas apontaram uma grande diversidade de recursos naturais e culturais que foram identificados como potenciais atrativos, sendo estes principalmente relacionados ao recurso hídrico e as áreas de entorno, ambientes naturais preservados, espécies nativas, diversidade de paisagem, características geográficas peculiares, patrimônio histórico, arqueológico e paleontológico. Foi verificado um importante patrimônio natural representado pela Planície Costeira e seu sistema lagunar único, o qual compreende uma grande quantidade de corpos de água doce (Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Mangueira e diversas lagoas permanentes). Esse ambiente apresenta valor morfológico e paisagístico singular relacionado aos ecossistemas de seu entorno e a riqueza da biodiversidade. A região abriga, ainda, duas Unidades de Conservação: a Estação Ecológica do Taim e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, este reconhecido como zona núcleo da Reserva da Biosfera pela UNESCO (1992) e Sítio Ramsar pela Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional (2003). Portanto, essa variedade encontrada no litoral médio e sul mostra-se propícia ao desenvolvimento do ecoturismo e suas práticas como: contemplação da paisagem, observação de fauna e flora (especialmente de aves), expedições científicas, fotografia e filmagem, passeios em embarcações; e, ainda, possibilidades de integração com outros segmentos turísticos. Além disso, a economia da região tem gerado preocupações frente ao avanço e a dependência de atividades de grande impacto ambiental (silvicultura, agropecuária e pesca), associadas ao sobreuso do recurso hídrico. Diante deste contexto, e da elevada fragilidade dos ecossistemas existentes, o ecoturismo surge como o segmento turístico mais adequado às características da costa sul-brasileira, demonstrando grande potencial e podendo servir como ferramenta para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Porém, o turismo é hoje ainda incipiente nesta região, expressando falta de planejamento e gestão, tornando-se este um desafio à preservação dessa riqueza ambiental única no mundo. Os resultados obtidos possibilitaram a continuidade dos estudos entre 2011 e 2013, proporcionando a expansão da análise do potencial ecoturístico em outros três municípios do litoral médio e norte do Estado. Palavras-chave: Ecoturismo; Lagoas Costeiras; Rio Grande do Sul.Universidade Federal de São Paulo2011-10-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/596710.34024/rbecotur.2011.v4.5967Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 4 n. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUCBrazilian Journal of Ecotourism; Vol. 4 No. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUCRevista Brasileña de Ecoturismo; Vol. 4 Núm. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUC1983-9391reponame:Revista Brasileira de Ecoturismoinstname:Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur)instacron:SBECOTURporhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5967/3829Rudzewicz, LauraLanzer, Rosane MariaSchäfer, Alois Eduardinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-09-24T14:12:40Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5967Revistahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/indexPUBhttp://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/oai||zneiman@gmail.com1983-93911983-9391opendoar:2019-09-24T14:12:40Revista Brasileira de Ecoturismo - Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL |
title |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL |
spellingShingle |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL Rudzewicz, Laura |
title_short |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL |
title_full |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL |
title_fullStr |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL |
title_full_unstemmed |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL |
title_sort |
POTENCIALIDADES DO ECOTURISMO NO LITORAL MÉDIO E SUL DO RIO GRANDE DO SUL |
author |
Rudzewicz, Laura |
author_facet |
Rudzewicz, Laura Lanzer, Rosane Maria Schäfer, Alois Eduard |
author_role |
author |
author2 |
Lanzer, Rosane Maria Schäfer, Alois Eduard |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rudzewicz, Laura Lanzer, Rosane Maria Schäfer, Alois Eduard |
description |
As áreas de interesse ao ecoturismo geralmente estão distantes dos centros urbanos e historicamente “ilhadas” nos aspectos geográfico, político ou social, mantendo ecossistemas preservados ao longo dos tempos. O objetivo deste trabalho é apresentar alguns resultados do Projeto Lagoas Costeiras referentes às potencialidades do turismo em municípios do litoral médio e sul do Rio Grande do Sul, destacando o ecoturismo. O estudo foi desenvolvido entre 2007 e 2009, nos municípios de Mostardas, Tavares, São José do Norte e Santa Vitória do Palmar. O projeto, realizado pela Universidade de Caxias do Sul em parceria com a Embrapa Clima Temperado, teve patrocínio do Programa Petrobras Ambiental. O estudo das potencialidades turísticas teve por objetivo avaliar as condições atuais do turismo na região e suas possibilidades e limitações frente ao desenvolvimento sustentável da atividade. A pesquisa apresentou caráter exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa, utilizando-se de entrevista, formulário e observação. As etapas do levantamento compreenderam: 1) Identificação dos potenciais atrativos turísticos mediante participação comunitária; 2) Classificação das potencialidades turísticas; 3) Identificação de segmentos turísticos em potencial. As comunidades estudadas apontaram uma grande diversidade de recursos naturais e culturais que foram identificados como potenciais atrativos, sendo estes principalmente relacionados ao recurso hídrico e as áreas de entorno, ambientes naturais preservados, espécies nativas, diversidade de paisagem, características geográficas peculiares, patrimônio histórico, arqueológico e paleontológico. Foi verificado um importante patrimônio natural representado pela Planície Costeira e seu sistema lagunar único, o qual compreende uma grande quantidade de corpos de água doce (Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Mangueira e diversas lagoas permanentes). Esse ambiente apresenta valor morfológico e paisagístico singular relacionado aos ecossistemas de seu entorno e a riqueza da biodiversidade. A região abriga, ainda, duas Unidades de Conservação: a Estação Ecológica do Taim e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, este reconhecido como zona núcleo da Reserva da Biosfera pela UNESCO (1992) e Sítio Ramsar pela Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional (2003). Portanto, essa variedade encontrada no litoral médio e sul mostra-se propícia ao desenvolvimento do ecoturismo e suas práticas como: contemplação da paisagem, observação de fauna e flora (especialmente de aves), expedições científicas, fotografia e filmagem, passeios em embarcações; e, ainda, possibilidades de integração com outros segmentos turísticos. Além disso, a economia da região tem gerado preocupações frente ao avanço e a dependência de atividades de grande impacto ambiental (silvicultura, agropecuária e pesca), associadas ao sobreuso do recurso hídrico. Diante deste contexto, e da elevada fragilidade dos ecossistemas existentes, o ecoturismo surge como o segmento turístico mais adequado às características da costa sul-brasileira, demonstrando grande potencial e podendo servir como ferramenta para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Porém, o turismo é hoje ainda incipiente nesta região, expressando falta de planejamento e gestão, tornando-se este um desafio à preservação dessa riqueza ambiental única no mundo. Os resultados obtidos possibilitaram a continuidade dos estudos entre 2011 e 2013, proporcionando a expansão da análise do potencial ecoturístico em outros três municípios do litoral médio e norte do Estado. Palavras-chave: Ecoturismo; Lagoas Costeiras; Rio Grande do Sul. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-10-24 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5967 10.34024/rbecotur.2011.v4.5967 |
url |
https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5967 |
identifier_str_mv |
10.34024/rbecotur.2011.v4.5967 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5967/3829 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 4 n. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUC Brazilian Journal of Ecotourism; Vol. 4 No. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUC Revista Brasileña de Ecoturismo; Vol. 4 Núm. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUC 1983-9391 reponame:Revista Brasileira de Ecoturismo instname:Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur) instacron:SBECOTUR |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur) |
instacron_str |
SBECOTUR |
institution |
SBECOTUR |
reponame_str |
Revista Brasileira de Ecoturismo |
collection |
Revista Brasileira de Ecoturismo |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ecoturismo - Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur) |
repository.mail.fl_str_mv |
||zneiman@gmail.com |
_version_ |
1799138608837296128 |