POSSIBILIDADES DE INSERÇÃO PRODUTIVA PARA COMUNIDADES DO ENTORNO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ATRAVÉS DE TRILHAS ECOLÓGICAS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ecoturismo |
Texto Completo: | https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6024 |
Resumo: | O turismo é uma atividade sustentável quando ecologicamente sustentável, a longo prazo, viável economicamente, ética e socialmente equitativo para as comunidades locais. Em se tratando de comunidades do entorno de unidade de conservação, a sustentabilidade é condição sine qua non para seu desenvolvimento. Sobre este prima, foi desenvolvido o Projeto Caminhos de Maracajaú, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFRN. Um dos objetivos do projeto era de identificar novas possibilidades de passeios turísticos e inserir as comunidades do entorno da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), nesse novo contexto. A comunidade de Maracajaú, circunvizinha à APARC, está situada no município de Maxaranguape, 70km de Natal, com aproximadamente 2500 habitantes. As trilhas ecológicas identificadas são uma alternativa a atividade de mergulho, desenvolvida na APARC, e feita quase que exclusivamente por empresas. Para uma das trilhas foram organizadas excursões no intuito de testar sua atratividade, possibilidades de interpretação ambiental e inserção da comunidade. O pacote oferecia traslado Natal-Maracajaú, café da manhã, lanche, guiamento, almoço. A dinâmica do passeio foi a seguinte: café da amanhã na padaria de Maracajaú; visita à sede da APA dos Recifes de Corais, para serem dadas as informações sobre a comunidade, o projeto, as trilhas e as condutas permitidas.Nesse local havia, também, artesões locais que foram convidados a exporem seus produtos. Após essa etapa, iniciava-se a trilha, com duração média de 3h. O guiamento do grupo era de responsabilidade de orientadores turísticos locais e equipe do projeto, um orientador para cada sete turistas. A trilha culmina na lagoa do Baião Grande, onde havia um lanche para os turistas, que era levado por um carroceiro. Tanto os orientadores e carroceiros receberam pelos seus serviços. O seguinte ponto de parada era o da Casa de Farinha, onde já havia um morador esperando pelos turistas com cocos, para vender. Ao fim da trilhas, todos foram almoçar em restaurante de um morador local, ex-pescador. À tarde o tempo era liberado para os turistas fazerem o que quisessem. Eles foram fazer passeios oferecidos pelos orientadores turísticos, em sua maioria. Os resultados comprovaram a capacidade que o turismo tem de possibilitar a inserção produtiva e econômica de pessoas em vulnerabilidade social aliadas à emancipação social e preservação ambiental. |
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