A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1993 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
Texto Completo: | https://revista.classica.org.br/classica/article/view/549 |
Resumo: | Este trabalho apresenta os resultados da análise da organização textual das fábulas esópicas anônimas. O exame das marcas linguísticas que fazem a coesão textual dos dois textos constitutivos da fábula – a narrativa e o epimítio – mostrou que a fábula é um gênero discursivo que se configura como um tipo particular de ato de palavra realizado por meio de uma narrativa que se deve interpretar segundo as orientações de seu locutor. Nas fábulas de coleções anônimas, estas orientações se acham explicitadas linguisticamente por verdadeiras fórmulas metalinguísticas, situadas, topicamente, no início do epimítio. Pode-se demonstrar o estatuto formular destas expressões metalinguísticas tanto pela sua constante repetição em um grande numero de fábulas, como, e sobretudo, pela elevada frequência das marcas de elipses nominais, verbais e oracionais que estas formulas apresentam. Observou-se, também, que a recuperação das unidades lexicais que completam os esquemas subjacentes as construções elípticas se torna possível somente se se recorrer a outras fábulas do corpus. Estes fatos nos permitem pressupor a existência de paradigmas de fórmulas acumuladas na competência linguística do locutor e do ouvinte grego, do mesmo modo que nos revelam um engajamento da fábula esópica para assinalar linguisticamente sua condição de enunciado. |
id |
SBEC_39955d51f09f13f39ae1aa1099361e81 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.emnuvens.com.br:article/549 |
network_acronym_str |
SBEC |
network_name_str |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônimaEsopofábulasepimítioslinguísticaliteratura gregaGrécia.Este trabalho apresenta os resultados da análise da organização textual das fábulas esópicas anônimas. O exame das marcas linguísticas que fazem a coesão textual dos dois textos constitutivos da fábula – a narrativa e o epimítio – mostrou que a fábula é um gênero discursivo que se configura como um tipo particular de ato de palavra realizado por meio de uma narrativa que se deve interpretar segundo as orientações de seu locutor. Nas fábulas de coleções anônimas, estas orientações se acham explicitadas linguisticamente por verdadeiras fórmulas metalinguísticas, situadas, topicamente, no início do epimítio. Pode-se demonstrar o estatuto formular destas expressões metalinguísticas tanto pela sua constante repetição em um grande numero de fábulas, como, e sobretudo, pela elevada frequência das marcas de elipses nominais, verbais e oracionais que estas formulas apresentam. Observou-se, também, que a recuperação das unidades lexicais que completam os esquemas subjacentes as construções elípticas se torna possível somente se se recorrer a outras fábulas do corpus. Estes fatos nos permitem pressupor a existência de paradigmas de fórmulas acumuladas na competência linguística do locutor e do ouvinte grego, do mesmo modo que nos revelam um engajamento da fábula esópica para assinalar linguisticamente sua condição de enunciado.Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)1993-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/54910.24277/classica.v5i1.549Classica; Vol. 5 No. 1 (1993): v. 5/6 (1992/1993); 117-132Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 5 n. 1 (1993): v. 5/6 (1992/1993); 117-1322176-64360103-431610.24277/classica.v5i1reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)instacron:SBECporhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/549/491Copyright (c) 2018 Maria Celeste Consolin Dezottiinfo:eu-repo/semantics/openAccessDezotti, Maria Celeste Consolin2018-06-07T16:32:08Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/549Revistahttps://revista.classica.org.br/classicaPUBhttps://revista.classica.org.br/classica/oaieditor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br2176-64360103-4316opendoar:2018-06-07T16:32:08Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima |
title |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima |
spellingShingle |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima Dezotti, Maria Celeste Consolin Esopo fábulas epimítios linguística literatura grega Grécia. |
title_short |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima |
title_full |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima |
title_fullStr |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima |
title_full_unstemmed |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima |
title_sort |
A significação das estruturas formulares dos epimítios da fábula esópica anônima |
author |
Dezotti, Maria Celeste Consolin |
author_facet |
Dezotti, Maria Celeste Consolin |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dezotti, Maria Celeste Consolin |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Esopo fábulas epimítios linguística literatura grega Grécia. |
topic |
Esopo fábulas epimítios linguística literatura grega Grécia. |
description |
Este trabalho apresenta os resultados da análise da organização textual das fábulas esópicas anônimas. O exame das marcas linguísticas que fazem a coesão textual dos dois textos constitutivos da fábula – a narrativa e o epimítio – mostrou que a fábula é um gênero discursivo que se configura como um tipo particular de ato de palavra realizado por meio de uma narrativa que se deve interpretar segundo as orientações de seu locutor. Nas fábulas de coleções anônimas, estas orientações se acham explicitadas linguisticamente por verdadeiras fórmulas metalinguísticas, situadas, topicamente, no início do epimítio. Pode-se demonstrar o estatuto formular destas expressões metalinguísticas tanto pela sua constante repetição em um grande numero de fábulas, como, e sobretudo, pela elevada frequência das marcas de elipses nominais, verbais e oracionais que estas formulas apresentam. Observou-se, também, que a recuperação das unidades lexicais que completam os esquemas subjacentes as construções elípticas se torna possível somente se se recorrer a outras fábulas do corpus. Estes fatos nos permitem pressupor a existência de paradigmas de fórmulas acumuladas na competência linguística do locutor e do ouvinte grego, do mesmo modo que nos revelam um engajamento da fábula esópica para assinalar linguisticamente sua condição de enunciado. |
publishDate |
1993 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1993-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/549 10.24277/classica.v5i1.549 |
url |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/549 |
identifier_str_mv |
10.24277/classica.v5i1.549 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/549/491 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2018 Maria Celeste Consolin Dezotti info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2018 Maria Celeste Consolin Dezotti |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Classica; Vol. 5 No. 1 (1993): v. 5/6 (1992/1993); 117-132 Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 5 n. 1 (1993): v. 5/6 (1992/1993); 117-132 2176-6436 0103-4316 10.24277/classica.v5i1 reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) instacron:SBEC |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
instacron_str |
SBEC |
institution |
SBEC |
reponame_str |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
collection |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
repository.mail.fl_str_mv |
editor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br |
_version_ |
1797239838386159616 |