Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
Texto Completo: | https://revista.classica.org.br/classica/article/view/351 |
Resumo: | Esse artigo apresenta alguns dos problemas com os quais eu tive de lidar ao realizar um estudo comparativo entre dois conjuntos de revoltas rurais do Império Romano tardio: as revoltas dos bagaudas na Gália e dos circunceliões na África. O artigo toma como eixo articulador a hipótese lançada por E. A. Thompson sobre o papel do esquecimento na produção dos relatos antigos sobre os bagaudas e a problematiza. Num segundo momento o artigo trata do problema relacionado à compreensão do caráter social de ambos os grupos, levando em consideração os múltiplos relatos presentes nas fontes antigas e as divergentes interpretações modernas sobre eles, enfatizando a necessidade de se reconhecer a tópica da inversão social como um elemento que diferencia os relatos sobre os revoltosos daqueles sobre a bandidagem. Outro elemento importante é o reconhecimento da heterogeneidade dos discursos cristãos com relação às classes subalternas e aos revoltosos, que apontam não para um fortalecimento do patronato rural, mas para o enfraquecimento ou para a crise dessas relações no campo tardo-romano. |
id |
SBEC_48b573825d846af655e532364f5252de |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.emnuvens.com.br:article/351 |
network_acronym_str |
SBEC |
network_name_str |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliõesrevoltascamponesesheresiahistória das classes subalternasAntiguidade Tardia.Esse artigo apresenta alguns dos problemas com os quais eu tive de lidar ao realizar um estudo comparativo entre dois conjuntos de revoltas rurais do Império Romano tardio: as revoltas dos bagaudas na Gália e dos circunceliões na África. O artigo toma como eixo articulador a hipótese lançada por E. A. Thompson sobre o papel do esquecimento na produção dos relatos antigos sobre os bagaudas e a problematiza. Num segundo momento o artigo trata do problema relacionado à compreensão do caráter social de ambos os grupos, levando em consideração os múltiplos relatos presentes nas fontes antigas e as divergentes interpretações modernas sobre eles, enfatizando a necessidade de se reconhecer a tópica da inversão social como um elemento que diferencia os relatos sobre os revoltosos daqueles sobre a bandidagem. Outro elemento importante é o reconhecimento da heterogeneidade dos discursos cristãos com relação às classes subalternas e aos revoltosos, que apontam não para um fortalecimento do patronato rural, mas para o enfraquecimento ou para a crise dessas relações no campo tardo-romano.Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)2016-12-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/35110.24277/classica.v29i2.351Classica; Vol. 29 No. 2 (2016); 145-159Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 29 n. 2 (2016); 145-1592176-64360103-431610.24277/classica.v29i2reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)instacron:SBECporhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/351/371Copyright (c) 2017 Uiran Gebara da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Uiran Gebara da2018-02-07T17:53:56Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/351Revistahttps://revista.classica.org.br/classicaPUBhttps://revista.classica.org.br/classica/oaieditor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br2176-64360103-4316opendoar:2018-02-07T17:53:56Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões |
title |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões |
spellingShingle |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões Silva, Uiran Gebara da revoltas camponeses heresia história das classes subalternas Antiguidade Tardia. |
title_short |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões |
title_full |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões |
title_fullStr |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões |
title_full_unstemmed |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões |
title_sort |
Camponeses e esquecimento na Antiguidade Tardia: as revoltas dos bagaudas e dos circunceliões |
author |
Silva, Uiran Gebara da |
author_facet |
Silva, Uiran Gebara da |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Uiran Gebara da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
revoltas camponeses heresia história das classes subalternas Antiguidade Tardia. |
topic |
revoltas camponeses heresia história das classes subalternas Antiguidade Tardia. |
description |
Esse artigo apresenta alguns dos problemas com os quais eu tive de lidar ao realizar um estudo comparativo entre dois conjuntos de revoltas rurais do Império Romano tardio: as revoltas dos bagaudas na Gália e dos circunceliões na África. O artigo toma como eixo articulador a hipótese lançada por E. A. Thompson sobre o papel do esquecimento na produção dos relatos antigos sobre os bagaudas e a problematiza. Num segundo momento o artigo trata do problema relacionado à compreensão do caráter social de ambos os grupos, levando em consideração os múltiplos relatos presentes nas fontes antigas e as divergentes interpretações modernas sobre eles, enfatizando a necessidade de se reconhecer a tópica da inversão social como um elemento que diferencia os relatos sobre os revoltosos daqueles sobre a bandidagem. Outro elemento importante é o reconhecimento da heterogeneidade dos discursos cristãos com relação às classes subalternas e aos revoltosos, que apontam não para um fortalecimento do patronato rural, mas para o enfraquecimento ou para a crise dessas relações no campo tardo-romano. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-12-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/351 10.24277/classica.v29i2.351 |
url |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/351 |
identifier_str_mv |
10.24277/classica.v29i2.351 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/351/371 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2017 Uiran Gebara da Silva info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2017 Uiran Gebara da Silva |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Classica; Vol. 29 No. 2 (2016); 145-159 Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 29 n. 2 (2016); 145-159 2176-6436 0103-4316 10.24277/classica.v29i2 reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) instacron:SBEC |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
instacron_str |
SBEC |
institution |
SBEC |
reponame_str |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
collection |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
repository.mail.fl_str_mv |
editor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br |
_version_ |
1797239837328146432 |