Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bouvier, David
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: fra
Título da fonte: Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
Texto Completo: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/378
Resumo: Os historiadores contemporâneos são unânimes em considerar que a guerra era "natural" para os gregos antigos. A generalização é bem mais perigosa porque ela suscita um círculo vicioso de justificativas, por meio das quais se passa da evidência das guerras para sua frequência e daí ao reconhecimento de um temperamento belicoso dos gregos. Tendo como referência dois estudos essenciais de Momigliano e Vernant, a presente contribuição mostra que o postulado de uma evidência da guerra impediu que se reconhecesse, desde a Ilíada, um processo de reflexão para justificar a guerra, dando-lhe um sentido. Situada em uma planície de Troia livre de qualquer obstáculo, animada por um jogo de investidas mútuas, a guerra homérica se assemelha à tensão de uma balança em que o equilíbrio vai ceder. Bem mais do que uma simples metáfora, a estabilização e a comparação das forças remete ao desejo de uma guerra cujo veredicto possa advir da equidade.
id SBEC_70a56ab7f7eabcc6478b9050bc747c66
oai_identifier_str oai:ojs.emnuvens.com.br:article/378
network_acronym_str SBEC
network_name_str Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
repository_id_str
spelling Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homériqueIlíadarepresentação da guerralugar da guerrahoplitaequilíbrio.Os historiadores contemporâneos são unânimes em considerar que a guerra era "natural" para os gregos antigos. A generalização é bem mais perigosa porque ela suscita um círculo vicioso de justificativas, por meio das quais se passa da evidência das guerras para sua frequência e daí ao reconhecimento de um temperamento belicoso dos gregos. Tendo como referência dois estudos essenciais de Momigliano e Vernant, a presente contribuição mostra que o postulado de uma evidência da guerra impediu que se reconhecesse, desde a Ilíada, um processo de reflexão para justificar a guerra, dando-lhe um sentido. Situada em uma planície de Troia livre de qualquer obstáculo, animada por um jogo de investidas mútuas, a guerra homérica se assemelha à tensão de uma balança em que o equilíbrio vai ceder. Bem mais do que uma simples metáfora, a estabilização e a comparação das forças remete ao desejo de uma guerra cujo veredicto possa advir da equidade.Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)2005-12-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/37810.24277/classica.v17i17/18.378Classica; Vol. 17 No. 17/18 (2005): (2004/2005); 13-32Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 17 n. 17/18 (2005): (2004/2005); 13-322176-64360103-431610.24277/classica.v17i17/18reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)instacron:SBECfrahttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/378/316Copyright (c) 2017 David Bouvierinfo:eu-repo/semantics/openAccessBouvier, David2018-02-09T23:45:52Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/378Revistahttps://revista.classica.org.br/classicaPUBhttps://revista.classica.org.br/classica/oaieditor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br2176-64360103-4316opendoar:2018-02-09T23:45:52Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)false
dc.title.none.fl_str_mv Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique
title Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique
spellingShingle Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique
Bouvier, David
Ilíada
representação da guerra
lugar da guerra
hoplita
equilíbrio.
title_short Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique
title_full Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique
title_fullStr Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique
title_full_unstemmed Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique
title_sort Réflexions pour une approche anthropologique de la guerre homérique
author Bouvier, David
author_facet Bouvier, David
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bouvier, David
dc.subject.por.fl_str_mv Ilíada
representação da guerra
lugar da guerra
hoplita
equilíbrio.
topic Ilíada
representação da guerra
lugar da guerra
hoplita
equilíbrio.
description Os historiadores contemporâneos são unânimes em considerar que a guerra era "natural" para os gregos antigos. A generalização é bem mais perigosa porque ela suscita um círculo vicioso de justificativas, por meio das quais se passa da evidência das guerras para sua frequência e daí ao reconhecimento de um temperamento belicoso dos gregos. Tendo como referência dois estudos essenciais de Momigliano e Vernant, a presente contribuição mostra que o postulado de uma evidência da guerra impediu que se reconhecesse, desde a Ilíada, um processo de reflexão para justificar a guerra, dando-lhe um sentido. Situada em uma planície de Troia livre de qualquer obstáculo, animada por um jogo de investidas mútuas, a guerra homérica se assemelha à tensão de uma balança em que o equilíbrio vai ceder. Bem mais do que uma simples metáfora, a estabilização e a comparação das forças remete ao desejo de uma guerra cujo veredicto possa advir da equidade.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-12-02
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.classica.org.br/classica/article/view/378
10.24277/classica.v17i17/18.378
url https://revista.classica.org.br/classica/article/view/378
identifier_str_mv 10.24277/classica.v17i17/18.378
dc.language.iso.fl_str_mv fra
language fra
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.classica.org.br/classica/article/view/378/316
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2017 David Bouvier
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2017 David Bouvier
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
dc.source.none.fl_str_mv Classica; Vol. 17 No. 17/18 (2005): (2004/2005); 13-32
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 17 n. 17/18 (2005): (2004/2005); 13-32
2176-6436
0103-4316
10.24277/classica.v17i17/18
reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
instacron:SBEC
instname_str Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
instacron_str SBEC
institution SBEC
reponame_str Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
collection Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
repository.name.fl_str_mv Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
repository.mail.fl_str_mv editor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br
_version_ 1797239837791617024