Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Rui Miguel
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
Texto Completo: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/158
Resumo: Entre as anedotas e enigmas em circulação na Antiguidade, havia um género que os Estoicos designaram por ?????????????, em virtude de numa das suas variantes o protagonista ser um crocodilo. Característico deles era a impossibilidadede conclusão, de modo que, por onde quer que se procurasse abordá-los, resultavsempre o contrário. Examinar-se-ão as variantes conhecidas destas historietas. Em alguns casos só as personagens mudavam. Porém, embora artificiais, elas não eram meras anedotas. Pelo contrário, faziam, desde os Estoicos até a doutrina das ??????? de Hermógenes de Tarso e seus escoliastas, as delícias de dialécticos e retóricos, como ????? (inconclusivos). E nesses meios foram cultivadas como pretextos paraexercícios de escola. A sua popularidade e tradição são pois por assim dizer uma questão de recepção. Por outro lado, é porque geravam debates que não chegavam a sê-lo que se pode entendê-las como um problema de performance, ou da sua negação.
id SBEC_816a00582f948bae56270d177067ac60
oai_identifier_str oai:ojs.emnuvens.com.br:article/158
network_acronym_str SBEC
network_name_str Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
repository_id_str
spelling Crocodilites: retrato de um sofisma sem soluçãocrocodilitesestado de causaquestões mal formadasnconclusivareversívelEntre as anedotas e enigmas em circulação na Antiguidade, havia um género que os Estoicos designaram por ?????????????, em virtude de numa das suas variantes o protagonista ser um crocodilo. Característico deles era a impossibilidadede conclusão, de modo que, por onde quer que se procurasse abordá-los, resultavsempre o contrário. Examinar-se-ão as variantes conhecidas destas historietas. Em alguns casos só as personagens mudavam. Porém, embora artificiais, elas não eram meras anedotas. Pelo contrário, faziam, desde os Estoicos até a doutrina das ??????? de Hermógenes de Tarso e seus escoliastas, as delícias de dialécticos e retóricos, como ????? (inconclusivos). E nesses meios foram cultivadas como pretextos paraexercícios de escola. A sua popularidade e tradição são pois por assim dizer uma questão de recepção. Por outro lado, é porque geravam debates que não chegavam a sê-lo que se pode entendê-las como um problema de performance, ou da sua negação.Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)2010-09-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/15810.14195/2176-6436_23_2Classica; Vol. 23 No. 1/2 (2010); 20-41Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 23 n. 1/2 (2010); 20-412176-64360103-431610.24277/classica.v23i1/2reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)instacron:SBECporhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/158/147Copyright (c) 2013 Rui Miguel Duarteinfo:eu-repo/semantics/openAccessDuarte, Rui Miguel2018-02-08T21:53:32Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/158Revistahttps://revista.classica.org.br/classicaPUBhttps://revista.classica.org.br/classica/oaieditor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br2176-64360103-4316opendoar:2018-02-08T21:53:32Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)false
dc.title.none.fl_str_mv Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução
title Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução
spellingShingle Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução
Duarte, Rui Miguel
crocodilites
estado de causa
questões mal formadas
nconclusiva
reversível
title_short Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução
title_full Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução
title_fullStr Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução
title_full_unstemmed Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução
title_sort Crocodilites: retrato de um sofisma sem solução
author Duarte, Rui Miguel
author_facet Duarte, Rui Miguel
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Duarte, Rui Miguel
dc.subject.por.fl_str_mv crocodilites
estado de causa
questões mal formadas
nconclusiva
reversível
topic crocodilites
estado de causa
questões mal formadas
nconclusiva
reversível
description Entre as anedotas e enigmas em circulação na Antiguidade, havia um género que os Estoicos designaram por ?????????????, em virtude de numa das suas variantes o protagonista ser um crocodilo. Característico deles era a impossibilidadede conclusão, de modo que, por onde quer que se procurasse abordá-los, resultavsempre o contrário. Examinar-se-ão as variantes conhecidas destas historietas. Em alguns casos só as personagens mudavam. Porém, embora artificiais, elas não eram meras anedotas. Pelo contrário, faziam, desde os Estoicos até a doutrina das ??????? de Hermógenes de Tarso e seus escoliastas, as delícias de dialécticos e retóricos, como ????? (inconclusivos). E nesses meios foram cultivadas como pretextos paraexercícios de escola. A sua popularidade e tradição são pois por assim dizer uma questão de recepção. Por outro lado, é porque geravam debates que não chegavam a sê-lo que se pode entendê-las como um problema de performance, ou da sua negação.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-09-02
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.classica.org.br/classica/article/view/158
10.14195/2176-6436_23_2
url https://revista.classica.org.br/classica/article/view/158
identifier_str_mv 10.14195/2176-6436_23_2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.classica.org.br/classica/article/view/158/147
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2013 Rui Miguel Duarte
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2013 Rui Miguel Duarte
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
dc.source.none.fl_str_mv Classica; Vol. 23 No. 1/2 (2010); 20-41
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 23 n. 1/2 (2010); 20-41
2176-6436
0103-4316
10.24277/classica.v23i1/2
reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
instacron:SBEC
instname_str Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
instacron_str SBEC
institution SBEC
reponame_str Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
collection Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
repository.name.fl_str_mv Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
repository.mail.fl_str_mv editor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br
_version_ 1797239836760866816