Uma história arrepiante no Satíricon
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1993 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
Texto Completo: | https://revista.classica.org.br/classica/article/view/755 |
Resumo: | Na Cena Trimalchionis (LXI - LXII) Nicerote é a personagem que, com grande desembaraço, anima o banquete narrando uma “história de lobisomem”, pretensamente verídica. Nicerote, cauteloso em decorrência de um certo receio que tem dos scholastici – gente estudada – presentes na festa, manifesta uma atitude cuidadosa e precisa em sua narração, mas graças à sua habilidade assume um tom entre jocoso e irreverente. Com isso, a narração se dá num clima de ludicidade humorística conscientemente elaborado pelo narrador e reforçado por uma convenção que estabelece com os ouvintes: a história terá um estatuto (“fingido”) de veracidade e seriedade, com o qual todos se divertem. A forma e o tom da narração, a criação do suspense e da malícia, o emprego das comparações, dos dados espaciais e temporais, o aproveitamento dos recursos fônicos, tudo isso o Autor maneja com maestria para oferecer ao leitor uma personagem de vínculos profundos com a cultura popular: o contador de histórias. |
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Uma história arrepiante no SatíriconNa Cena Trimalchionis (LXI - LXII) Nicerote é a personagem que, com grande desembaraço, anima o banquete narrando uma “história de lobisomem”, pretensamente verídica. Nicerote, cauteloso em decorrência de um certo receio que tem dos scholastici – gente estudada – presentes na festa, manifesta uma atitude cuidadosa e precisa em sua narração, mas graças à sua habilidade assume um tom entre jocoso e irreverente. Com isso, a narração se dá num clima de ludicidade humorística conscientemente elaborado pelo narrador e reforçado por uma convenção que estabelece com os ouvintes: a história terá um estatuto (“fingido”) de veracidade e seriedade, com o qual todos se divertem. A forma e o tom da narração, a criação do suspense e da malícia, o emprego das comparações, dos dados espaciais e temporais, o aproveitamento dos recursos fônicos, tudo isso o Autor maneja com maestria para oferecer ao leitor uma personagem de vínculos profundos com a cultura popular: o contador de histórias.Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)1993-12-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/75510.24277/classica.v0i0.755Classica; Suplemento 2 (1993); 55-62Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; Suplemento 2 (1993); 55-622176-64360103-431610.24277/classica.v0i0reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)instacron:SBECporhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/755/681Copyright (c) 2019 Claudio Aquatiinfo:eu-repo/semantics/openAccessAquati, Claudio2019-04-02T01:09:44Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/755Revistahttps://revista.classica.org.br/classicaPUBhttps://revista.classica.org.br/classica/oaieditor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br2176-64360103-4316opendoar:2019-04-02T01:09:44Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)false |
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