Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Roberta Meneses
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Leitão,Ilse Maria Tigre de Arruda, Silva,Lucilane Maria Sales da, Almeida,Paulo César de, Oliveira,Sherida Karanini Paz de, Pinheiro,Milena Barbosa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Dor
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132013000400004
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Apesar de ser o tipo mais prevalente de dor aguda e de sua expressão clínica estar associada à morbimortalidade, a dor pós-operatória persiste subdiagnosticada e subtratada. O objetivo deste estudo foi analisar registros sobre dor e analgesia pós-operatória em prontuários de pacientes internados. MÉTODOS: Estudo documental, transversal, de natureza quantitativa, realizado em hospital privado de Fortaleza/CE. Analisaram-se 60 prontuários de pacientes nas primeiras 24 horas de pós-operatório. Utilizou-se check-list para avaliação dos registros sobre avaliação da dor em três momentos (pós-operatório imediato na sala de recuperação pós-anestésica, após uma hora de cirurgia e nas horas subsequentes). Também foram analisadas prescrições médicas e de enfermagem, evoluções diárias e folha de monitorização clínica. Realizou-se análise estatística descritiva e aplicou-se teste Qui-quadrado de tendência linear (χ2) para comparar respostas dos pacientes à analgesia nos diferentes momentos de avaliação da dor. RESULTADOS: Encontrou-se registro sobre dor e analgesia em 46,6% dos prontuários, limitado à descrição de intensidade, localização e analgesia. Prevaleceram pacientes do gênero feminino (55%), maiores de 59 anos (31,6%), submetidos a cirurgias gerais (46,6%), com dor abdominal (45%) moderada a intensa na primeira avaliação, evoluindo para dor leve ou ausência de dor nas horas subsequentes à analgesia. Daqueles que apresentaram dor, 45% não receberam analgesia. Comprovou-se relação estatisticamente significativa entre intensidade da dor e tempo de pós-operatório (p<0,001). CONCLUSÃO: São preocupantes os achados relacionados à subprescrição de analgésicos no pós-operatório. Os profissionais devem se envolver no manuseio e no registro apropriado desse tipo de dor, promovendo melhores condutas analgésicas e maior satisfação aos pacientes.
id SBED-1_06ee3fffbbc97a9d06f08169b2880e5d
oai_identifier_str oai:scielo:S1806-00132013000400004
network_acronym_str SBED-1
network_name_str Revista Dor
repository_id_str
spelling Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuáriosAnalgesiaDor pós-operatóriaEnfermagemMedição da dorRegistros com o assuntoJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Apesar de ser o tipo mais prevalente de dor aguda e de sua expressão clínica estar associada à morbimortalidade, a dor pós-operatória persiste subdiagnosticada e subtratada. O objetivo deste estudo foi analisar registros sobre dor e analgesia pós-operatória em prontuários de pacientes internados. MÉTODOS: Estudo documental, transversal, de natureza quantitativa, realizado em hospital privado de Fortaleza/CE. Analisaram-se 60 prontuários de pacientes nas primeiras 24 horas de pós-operatório. Utilizou-se check-list para avaliação dos registros sobre avaliação da dor em três momentos (pós-operatório imediato na sala de recuperação pós-anestésica, após uma hora de cirurgia e nas horas subsequentes). Também foram analisadas prescrições médicas e de enfermagem, evoluções diárias e folha de monitorização clínica. Realizou-se análise estatística descritiva e aplicou-se teste Qui-quadrado de tendência linear (χ2) para comparar respostas dos pacientes à analgesia nos diferentes momentos de avaliação da dor. RESULTADOS: Encontrou-se registro sobre dor e analgesia em 46,6% dos prontuários, limitado à descrição de intensidade, localização e analgesia. Prevaleceram pacientes do gênero feminino (55%), maiores de 59 anos (31,6%), submetidos a cirurgias gerais (46,6%), com dor abdominal (45%) moderada a intensa na primeira avaliação, evoluindo para dor leve ou ausência de dor nas horas subsequentes à analgesia. Daqueles que apresentaram dor, 45% não receberam analgesia. Comprovou-se relação estatisticamente significativa entre intensidade da dor e tempo de pós-operatório (p<0,001). CONCLUSÃO: São preocupantes os achados relacionados à subprescrição de analgésicos no pós-operatório. Os profissionais devem se envolver no manuseio e no registro apropriado desse tipo de dor, promovendo melhores condutas analgésicas e maior satisfação aos pacientes.Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor2013-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132013000400004Revista Dor v.14 n.4 2013reponame:Revista Dorinstname:Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED)instacron:SBED10.1590/S1806-00132013000400004info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira,Roberta MenesesLeitão,Ilse Maria Tigre de ArrudaSilva,Lucilane Maria Sales daAlmeida,Paulo César deOliveira,Sherida Karanini Paz dePinheiro,Milena Barbosapor2014-02-04T00:00:00Zoai:scielo:S1806-00132013000400004Revistahttps://www.scielo.br/j/rdor/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdor@dor.org.br||dor@dor.org.br2317-63931806-0013opendoar:2014-02-04T00:00Revista Dor - Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED)false
dc.title.none.fl_str_mv Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários
title Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários
spellingShingle Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários
Oliveira,Roberta Meneses
Analgesia
Dor pós-operatória
Enfermagem
Medição da dor
Registros com o assunto
title_short Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários
title_full Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários
title_fullStr Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários
title_full_unstemmed Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários
title_sort Dor e analgesia pós-operatória: análise dos registros em prontuários
author Oliveira,Roberta Meneses
author_facet Oliveira,Roberta Meneses
Leitão,Ilse Maria Tigre de Arruda
Silva,Lucilane Maria Sales da
Almeida,Paulo César de
Oliveira,Sherida Karanini Paz de
Pinheiro,Milena Barbosa
author_role author
author2 Leitão,Ilse Maria Tigre de Arruda
Silva,Lucilane Maria Sales da
Almeida,Paulo César de
Oliveira,Sherida Karanini Paz de
Pinheiro,Milena Barbosa
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira,Roberta Meneses
Leitão,Ilse Maria Tigre de Arruda
Silva,Lucilane Maria Sales da
Almeida,Paulo César de
Oliveira,Sherida Karanini Paz de
Pinheiro,Milena Barbosa
dc.subject.por.fl_str_mv Analgesia
Dor pós-operatória
Enfermagem
Medição da dor
Registros com o assunto
topic Analgesia
Dor pós-operatória
Enfermagem
Medição da dor
Registros com o assunto
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Apesar de ser o tipo mais prevalente de dor aguda e de sua expressão clínica estar associada à morbimortalidade, a dor pós-operatória persiste subdiagnosticada e subtratada. O objetivo deste estudo foi analisar registros sobre dor e analgesia pós-operatória em prontuários de pacientes internados. MÉTODOS: Estudo documental, transversal, de natureza quantitativa, realizado em hospital privado de Fortaleza/CE. Analisaram-se 60 prontuários de pacientes nas primeiras 24 horas de pós-operatório. Utilizou-se check-list para avaliação dos registros sobre avaliação da dor em três momentos (pós-operatório imediato na sala de recuperação pós-anestésica, após uma hora de cirurgia e nas horas subsequentes). Também foram analisadas prescrições médicas e de enfermagem, evoluções diárias e folha de monitorização clínica. Realizou-se análise estatística descritiva e aplicou-se teste Qui-quadrado de tendência linear (χ2) para comparar respostas dos pacientes à analgesia nos diferentes momentos de avaliação da dor. RESULTADOS: Encontrou-se registro sobre dor e analgesia em 46,6% dos prontuários, limitado à descrição de intensidade, localização e analgesia. Prevaleceram pacientes do gênero feminino (55%), maiores de 59 anos (31,6%), submetidos a cirurgias gerais (46,6%), com dor abdominal (45%) moderada a intensa na primeira avaliação, evoluindo para dor leve ou ausência de dor nas horas subsequentes à analgesia. Daqueles que apresentaram dor, 45% não receberam analgesia. Comprovou-se relação estatisticamente significativa entre intensidade da dor e tempo de pós-operatório (p<0,001). CONCLUSÃO: São preocupantes os achados relacionados à subprescrição de analgésicos no pós-operatório. Os profissionais devem se envolver no manuseio e no registro apropriado desse tipo de dor, promovendo melhores condutas analgésicas e maior satisfação aos pacientes.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132013000400004
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132013000400004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1806-00132013000400004
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor
dc.source.none.fl_str_mv Revista Dor v.14 n.4 2013
reponame:Revista Dor
instname:Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED)
instacron:SBED
instname_str Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED)
instacron_str SBED
institution SBED
reponame_str Revista Dor
collection Revista Dor
repository.name.fl_str_mv Revista Dor - Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED)
repository.mail.fl_str_mv dor@dor.org.br||dor@dor.org.br
_version_ 1752126254563196928