Testes de secreção de hormônio de crescimento e suas implicações no tratamento da baixa estatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Seick,Daniela
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Boguszewski,Margaret C.S.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302003000400003
Resumo: A valorização dos testes de secreção de GH no diagnóstico da baixa estatura continua sendo motivo de discussões. A secreção de GH é considerada um continuum entre uma secreção normal e anormal. Situações em que a deficiência de GH é severa, como nos defeitos do gene do GH e no craniofaringeoma, cursam com atraso importante do crescimento e ausência total ou quase total de GH nos testes provocativos. Estas situações poderiam servir como padrão para definir a deficiência total de GH. Entretanto, a deficiência parcial ou menos severa de GH também cursa com atraso do crescimento, porém com um grau variável de resposta nos testes provocativos. Somando-se a isto, devemos considerar que muitos fatores estão envolvidos na secreção de GH e no eixo GH-IGFs. A determinação de valores de corte em um teste não fisiológico que indique onde termina o normal e começa a deficiência é enganosa e pode induzir ao erro. Além disso, a falta de normatização dos diferentes testes e ensaios laboratoriais nas diferentes situações clínicas aumenta a dificuldade para decidir sobre o tratamento de uma criança com baixa estatura baseando-se apenas nos resultados dos testes provocativos. As considerações acima não implicam que os testes de secreção de GH são irrelevantes no diagnóstico da baixa estatura, mas que os resultados destes testes não deveriam ser o determinante final de uma decisão clínica. Eles deveriam ser usados como medidas confirmatórias associadas ao quadro clínico e a todo o leque de exames atualmente disponíveis para avaliar a integridade da região hipotálamo-hipofisária e do eixo GH-IGFs. Reduzir o risco de prescrever um tratamento desnecessário para uma criança com função hipofisária normal ao mesmo tempo em que evita-se o atraso ou o não tratamento de uma criança que poderia se beneficiar do uso do GH biossintético devem ser os princípios que norteiam a decisão do especialista.
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