Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2000 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000300006 |
Resumo: | A prevalência de diabete mélito (DM) tipo 2 em adultos no Brasil é de 7,6%, estimando-se que 46,5% não estejam diagnosticados. O objetivo deste estudo foi rastrear pacientes internados em Passo Fundo, RS, nos quatro hospitais da cidade, para detectar a presença de hiperglicemia em jejum (glicemia >126mg/dl) durante o período de hospitalização. Incluíram-se nele todos os pacientes com idade igual ou superior a 40 anos internados no dia da visita ao hospital, feitas entre setembro de 1997 e fevereiro de 1998. Excluíram-se diabéticos conhecidos, pacientes em uso de corticoesteróides, período agudo de doença isquêmica e pós-operatório. Obtiveram-se identificação, antecedentes pessoais e familiares e nível socioeconômico. Aferiam-se peso, altura, circunferência abdominal e pélvica, a partir dos quais foram obtidos o índice de massa corporal (IMC) e o índice cintura quadril (ICQ). A glicemia capilar foi medida com tiras reagentes e lida em reflectômetro (coeficiente de variação 3,9%). Foram considerados pacientes com hiperglicemia aqueles que apresentassem glicemia igual ou maior que 126mg/dl após oito horas de jejum. Entre os 147 indivíduos elegíveis estudados, encontraram-se seis (4,1%) pacientes com hiperglicemia. A prevalência de pacientes com hiperglicemia foi semelhante nos quatro hospitais. Utilizando-se a análise bivariada, encontrou-se que os pacientes com hiperglicemia tinham ICQ maior que os não-diabéticos (F= 4,2; p= 0,04). Quando todas as outras variáveis foram analisadas através da regressão logística múltipla, não houve associações significativas com a presença de hiperglicemia, embora o IMC (p= 0,20) e a idade (p= 0,36) possam ser um indício de associação. Considerou-se alta a prevalência de 4,1% de indivíduos com hiperglicemia não diagnosticada internados nos hospitais. Esses indivíduos não tinham sido identificados no atendimento primário e, provavelmente, sejam portadores de DM do tipo 2. Provavelmente, indivíduos com maior ICQ, IMC e mais velhos sejam aqueles com maior risco de ter hiperglicemia não diagnosticada quando internados nos hospitais de Passo Fundo. |
id |
SBEM-2_3fd7cb3106e003c56e3a73da3271f4e3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-27302000000300006 |
network_acronym_str |
SBEM-2 |
network_name_str |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RSHiperglicemiaRastreamento de diabetesDiabetes tipo 2A prevalência de diabete mélito (DM) tipo 2 em adultos no Brasil é de 7,6%, estimando-se que 46,5% não estejam diagnosticados. O objetivo deste estudo foi rastrear pacientes internados em Passo Fundo, RS, nos quatro hospitais da cidade, para detectar a presença de hiperglicemia em jejum (glicemia >126mg/dl) durante o período de hospitalização. Incluíram-se nele todos os pacientes com idade igual ou superior a 40 anos internados no dia da visita ao hospital, feitas entre setembro de 1997 e fevereiro de 1998. Excluíram-se diabéticos conhecidos, pacientes em uso de corticoesteróides, período agudo de doença isquêmica e pós-operatório. Obtiveram-se identificação, antecedentes pessoais e familiares e nível socioeconômico. Aferiam-se peso, altura, circunferência abdominal e pélvica, a partir dos quais foram obtidos o índice de massa corporal (IMC) e o índice cintura quadril (ICQ). A glicemia capilar foi medida com tiras reagentes e lida em reflectômetro (coeficiente de variação 3,9%). Foram considerados pacientes com hiperglicemia aqueles que apresentassem glicemia igual ou maior que 126mg/dl após oito horas de jejum. Entre os 147 indivíduos elegíveis estudados, encontraram-se seis (4,1%) pacientes com hiperglicemia. A prevalência de pacientes com hiperglicemia foi semelhante nos quatro hospitais. Utilizando-se a análise bivariada, encontrou-se que os pacientes com hiperglicemia tinham ICQ maior que os não-diabéticos (F= 4,2; p= 0,04). Quando todas as outras variáveis foram analisadas através da regressão logística múltipla, não houve associações significativas com a presença de hiperglicemia, embora o IMC (p= 0,20) e a idade (p= 0,36) possam ser um indício de associação. Considerou-se alta a prevalência de 4,1% de indivíduos com hiperglicemia não diagnosticada internados nos hospitais. Esses indivíduos não tinham sido identificados no atendimento primário e, provavelmente, sejam portadores de DM do tipo 2. Provavelmente, indivíduos com maior ICQ, IMC e mais velhos sejam aqueles com maior risco de ter hiperglicemia não diagnosticada quando internados nos hospitais de Passo Fundo.Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia2000-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000300006Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.44 n.3 2000reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)instacron:SBEM10.1590/S0004-27302000000300006info:eu-repo/semantics/openAccessLisbôa,Hugo R.K.Souilljee,MichelineCruz,Cristiane S.Zoletti,LucianeGobbato,Daniela O.por2005-10-04T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27302000000300006Revistahttps://www.aem-sbem.com/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||abem-editoria@endocrino.org.br1677-94870004-2730opendoar:2005-10-04T00:00Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS |
title |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS |
spellingShingle |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS Lisbôa,Hugo R.K. Hiperglicemia Rastreamento de diabetes Diabetes tipo 2 |
title_short |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS |
title_full |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS |
title_fullStr |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS |
title_full_unstemmed |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS |
title_sort |
Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS |
author |
Lisbôa,Hugo R.K. |
author_facet |
Lisbôa,Hugo R.K. Souilljee,Micheline Cruz,Cristiane S. Zoletti,Luciane Gobbato,Daniela O. |
author_role |
author |
author2 |
Souilljee,Micheline Cruz,Cristiane S. Zoletti,Luciane Gobbato,Daniela O. |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lisbôa,Hugo R.K. Souilljee,Micheline Cruz,Cristiane S. Zoletti,Luciane Gobbato,Daniela O. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hiperglicemia Rastreamento de diabetes Diabetes tipo 2 |
topic |
Hiperglicemia Rastreamento de diabetes Diabetes tipo 2 |
description |
A prevalência de diabete mélito (DM) tipo 2 em adultos no Brasil é de 7,6%, estimando-se que 46,5% não estejam diagnosticados. O objetivo deste estudo foi rastrear pacientes internados em Passo Fundo, RS, nos quatro hospitais da cidade, para detectar a presença de hiperglicemia em jejum (glicemia >126mg/dl) durante o período de hospitalização. Incluíram-se nele todos os pacientes com idade igual ou superior a 40 anos internados no dia da visita ao hospital, feitas entre setembro de 1997 e fevereiro de 1998. Excluíram-se diabéticos conhecidos, pacientes em uso de corticoesteróides, período agudo de doença isquêmica e pós-operatório. Obtiveram-se identificação, antecedentes pessoais e familiares e nível socioeconômico. Aferiam-se peso, altura, circunferência abdominal e pélvica, a partir dos quais foram obtidos o índice de massa corporal (IMC) e o índice cintura quadril (ICQ). A glicemia capilar foi medida com tiras reagentes e lida em reflectômetro (coeficiente de variação 3,9%). Foram considerados pacientes com hiperglicemia aqueles que apresentassem glicemia igual ou maior que 126mg/dl após oito horas de jejum. Entre os 147 indivíduos elegíveis estudados, encontraram-se seis (4,1%) pacientes com hiperglicemia. A prevalência de pacientes com hiperglicemia foi semelhante nos quatro hospitais. Utilizando-se a análise bivariada, encontrou-se que os pacientes com hiperglicemia tinham ICQ maior que os não-diabéticos (F= 4,2; p= 0,04). Quando todas as outras variáveis foram analisadas através da regressão logística múltipla, não houve associações significativas com a presença de hiperglicemia, embora o IMC (p= 0,20) e a idade (p= 0,36) possam ser um indício de associação. Considerou-se alta a prevalência de 4,1% de indivíduos com hiperglicemia não diagnosticada internados nos hospitais. Esses indivíduos não tinham sido identificados no atendimento primário e, provavelmente, sejam portadores de DM do tipo 2. Provavelmente, indivíduos com maior ICQ, IMC e mais velhos sejam aqueles com maior risco de ter hiperglicemia não diagnosticada quando internados nos hospitais de Passo Fundo. |
publishDate |
2000 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2000-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000300006 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000300006 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-27302000000300006 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.44 n.3 2000 reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) instacron:SBEM |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) |
instacron_str |
SBEM |
institution |
SBEM |
reponame_str |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
collection |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) |
repository.mail.fl_str_mv |
||abem-editoria@endocrino.org.br |
_version_ |
1754734806215688192 |