Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302001000500011 |
Resumo: | Fora do Brasil a prevalência de diabetes mellitus (DM) tipo 2 é maior em negros do que em brancos. Mulheres do ambulatório de obesidade do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Salvador - BA, foram estudadas para avaliar se a cor de pele escura tem prevalência mais alta de DM tipo 2 e de intolerância à glicose (ITG), com diagnóstico baseado nos critérios da Organização Mundial da Saúde, independentemente da idade e do índice de massa corporal (IMC). A cor da pele foi classificada como clara (n= 166), intermediária (n= 186) ou escura (n= 128). Determinou-se o nível de glicose plasmática pelo método da glicose-oxidase. O teste de tolerância à glicose oral foi realizado em todas as pacientes, com exceção de 14 que já sabiam ser diabéticas. Pacientes com pele clara, intermediária e escura foram semelhantes em idade, IMC e relação cintura/quadril. A prevalência de DM, contudo, foi significantemente maior (p< 0,05) nas de pele escura (13,3%) quando comparadas com as de pele clara (7,2%). A prevalência de ITG foi também maior, embora estatisticamente não significante (p= 0,088), nas de pele escura (18,8%) do que nas de pele clara (12,7%). A relação entre o número de pacientes com e sem o diagnóstico de DM ou ITG foi 1,9 vezes maior no grupo pele escura, comparado com clara [odds ratio (OR)= 1,9; intervalo de confiança (IC) 95%= 1,1-3,2; p< 0,05]. Esta associação não foi alterada (OR= 1,7; IC 95%= 1,0-2,9) e permaneceu moderadamente significante (p= 0,069), mesmo após o ajuste para idade e IMC, através de regressão logística. Neste estudo, as mulheres obesas com pele escura tiveram maior associação com DM e ITG, independentemente da idade e IMC. |
id |
SBEM-2_8c7eb40eed16e503dd9efb62792aab52 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-27302001000500011 |
network_acronym_str |
SBEM-2 |
network_name_str |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, BahiaDiabetes tipo 2Intolerância a glicoseObesidadeCor de peleRaçaFora do Brasil a prevalência de diabetes mellitus (DM) tipo 2 é maior em negros do que em brancos. Mulheres do ambulatório de obesidade do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Salvador - BA, foram estudadas para avaliar se a cor de pele escura tem prevalência mais alta de DM tipo 2 e de intolerância à glicose (ITG), com diagnóstico baseado nos critérios da Organização Mundial da Saúde, independentemente da idade e do índice de massa corporal (IMC). A cor da pele foi classificada como clara (n= 166), intermediária (n= 186) ou escura (n= 128). Determinou-se o nível de glicose plasmática pelo método da glicose-oxidase. O teste de tolerância à glicose oral foi realizado em todas as pacientes, com exceção de 14 que já sabiam ser diabéticas. Pacientes com pele clara, intermediária e escura foram semelhantes em idade, IMC e relação cintura/quadril. A prevalência de DM, contudo, foi significantemente maior (p< 0,05) nas de pele escura (13,3%) quando comparadas com as de pele clara (7,2%). A prevalência de ITG foi também maior, embora estatisticamente não significante (p= 0,088), nas de pele escura (18,8%) do que nas de pele clara (12,7%). A relação entre o número de pacientes com e sem o diagnóstico de DM ou ITG foi 1,9 vezes maior no grupo pele escura, comparado com clara [odds ratio (OR)= 1,9; intervalo de confiança (IC) 95%= 1,1-3,2; p< 0,05]. Esta associação não foi alterada (OR= 1,7; IC 95%= 1,0-2,9) e permaneceu moderadamente significante (p= 0,069), mesmo após o ajuste para idade e IMC, através de regressão logística. Neste estudo, as mulheres obesas com pele escura tiveram maior associação com DM e ITG, independentemente da idade e IMC.Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia2001-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302001000500011Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.45 n.5 2001reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)instacron:SBEM10.1590/S0004-27302001000500011info:eu-repo/semantics/openAccessBrito,Itana CoutinhoLopes,Antônio AlbertoAraújo,Leila Maria Batistapor2001-12-21T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27302001000500011Revistahttps://www.aem-sbem.com/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||abem-editoria@endocrino.org.br1677-94870004-2730opendoar:2001-12-21T00:00Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia |
title |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia |
spellingShingle |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia Brito,Itana Coutinho Diabetes tipo 2 Intolerância a glicose Obesidade Cor de pele Raça |
title_short |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia |
title_full |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia |
title_fullStr |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia |
title_full_unstemmed |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia |
title_sort |
Associação da cor da pele com diabetes mellitus tipo 2 e intolerância à glicose em mulheres obesas de Salvador, Bahia |
author |
Brito,Itana Coutinho |
author_facet |
Brito,Itana Coutinho Lopes,Antônio Alberto Araújo,Leila Maria Batista |
author_role |
author |
author2 |
Lopes,Antônio Alberto Araújo,Leila Maria Batista |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Brito,Itana Coutinho Lopes,Antônio Alberto Araújo,Leila Maria Batista |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Diabetes tipo 2 Intolerância a glicose Obesidade Cor de pele Raça |
topic |
Diabetes tipo 2 Intolerância a glicose Obesidade Cor de pele Raça |
description |
Fora do Brasil a prevalência de diabetes mellitus (DM) tipo 2 é maior em negros do que em brancos. Mulheres do ambulatório de obesidade do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Salvador - BA, foram estudadas para avaliar se a cor de pele escura tem prevalência mais alta de DM tipo 2 e de intolerância à glicose (ITG), com diagnóstico baseado nos critérios da Organização Mundial da Saúde, independentemente da idade e do índice de massa corporal (IMC). A cor da pele foi classificada como clara (n= 166), intermediária (n= 186) ou escura (n= 128). Determinou-se o nível de glicose plasmática pelo método da glicose-oxidase. O teste de tolerância à glicose oral foi realizado em todas as pacientes, com exceção de 14 que já sabiam ser diabéticas. Pacientes com pele clara, intermediária e escura foram semelhantes em idade, IMC e relação cintura/quadril. A prevalência de DM, contudo, foi significantemente maior (p< 0,05) nas de pele escura (13,3%) quando comparadas com as de pele clara (7,2%). A prevalência de ITG foi também maior, embora estatisticamente não significante (p= 0,088), nas de pele escura (18,8%) do que nas de pele clara (12,7%). A relação entre o número de pacientes com e sem o diagnóstico de DM ou ITG foi 1,9 vezes maior no grupo pele escura, comparado com clara [odds ratio (OR)= 1,9; intervalo de confiança (IC) 95%= 1,1-3,2; p< 0,05]. Esta associação não foi alterada (OR= 1,7; IC 95%= 1,0-2,9) e permaneceu moderadamente significante (p= 0,069), mesmo após o ajuste para idade e IMC, através de regressão logística. Neste estudo, as mulheres obesas com pele escura tiveram maior associação com DM e ITG, independentemente da idade e IMC. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001-10-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302001000500011 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302001000500011 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-27302001000500011 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.45 n.5 2001 reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) instacron:SBEM |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) |
instacron_str |
SBEM |
institution |
SBEM |
reponame_str |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
collection |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) |
repository.mail.fl_str_mv |
||abem-editoria@endocrino.org.br |
_version_ |
1754734806401286144 |