Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wajchenberg,Bernardo Léo
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000500004
Resumo: A principal etiologia para a mortalidade e grande morbidade dos diabéticos é a ateroesclerose. A hipótese para a lesão inicial da ateroesclerose é a disfunção endotelial, pelo reconhecimento de que o endotélio tem um papel fundamental na manutenção das características de fluidez do sangue, tônus vascular e sua permeabilidade, sendo o óxido nítrico derivado do endotélio (e-NO) o principal protetor contra a moléstia ateroesclerótica por inibir as diversas vias envolvidas na aterogênese. A disfunção endotelial identificada como um marcador precoce de moléstia cardiovascular poderá prever coronariopatia no futuro, mesmo antes que alterações ateroescleróticas evidentes apareçam nas artérias. Assim, medidas da função endotelial poderiam identificar indivíduos com risco para moléstia cardiovascular, como determinar a vaso-dilatação endotélio-dependente pelo fluxo após isquemia induzida, que requer a produção de e-NO. Além disso, pode-se também avaliar a reatividade vascular da microcirculação bem como dosar os marcadores bioquímicos da função endotelial. Finalmente, pode-se fazer a mensuração da espessura da camada médio-intimal de grandes artérias, como as carótidas, um marcador indireto da função do endotélio. A disfunção endotelial tem sido documentada no diabetes (DM), em indivíduos com resistência à insulina ou com alto risco para desenvolver DM do tipo 2, nos quais a hiperglicemia está associada a um aumento do estresse oxidativo, levando a um incremento na formação de radicais oxigênio tais como o superóxido, que reage com o e-NO, levando à sua degradação. No DM do tipo 1 o estado diabético predispõe para a alteração endotelial mas não é suficiente para causá-lo, outros agentes tendo provavelmente um papel. No tipo 2 estão presentes os efeitos do envelhecimento, hipertensão arterial e outros fatores e, em contraste à disfunção no tipo 1, esta pode ser observada anos antes da manifestação da vasculopatia, associada com a resistência à insulina.
id SBEM-2_92c74ce015f8a256b59ce7adba7eb004
oai_identifier_str oai:scielo:S0004-27302002000500004
network_acronym_str SBEM-2
network_name_str Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
repository_id_str
spelling Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2Diabetes do tipo 1Diabetes do tipo 2Disfunção endotelialAteroescleroseÓxido nítricoEstresse oxidativoResistência à insulinaA principal etiologia para a mortalidade e grande morbidade dos diabéticos é a ateroesclerose. A hipótese para a lesão inicial da ateroesclerose é a disfunção endotelial, pelo reconhecimento de que o endotélio tem um papel fundamental na manutenção das características de fluidez do sangue, tônus vascular e sua permeabilidade, sendo o óxido nítrico derivado do endotélio (e-NO) o principal protetor contra a moléstia ateroesclerótica por inibir as diversas vias envolvidas na aterogênese. A disfunção endotelial identificada como um marcador precoce de moléstia cardiovascular poderá prever coronariopatia no futuro, mesmo antes que alterações ateroescleróticas evidentes apareçam nas artérias. Assim, medidas da função endotelial poderiam identificar indivíduos com risco para moléstia cardiovascular, como determinar a vaso-dilatação endotélio-dependente pelo fluxo após isquemia induzida, que requer a produção de e-NO. Além disso, pode-se também avaliar a reatividade vascular da microcirculação bem como dosar os marcadores bioquímicos da função endotelial. Finalmente, pode-se fazer a mensuração da espessura da camada médio-intimal de grandes artérias, como as carótidas, um marcador indireto da função do endotélio. A disfunção endotelial tem sido documentada no diabetes (DM), em indivíduos com resistência à insulina ou com alto risco para desenvolver DM do tipo 2, nos quais a hiperglicemia está associada a um aumento do estresse oxidativo, levando a um incremento na formação de radicais oxigênio tais como o superóxido, que reage com o e-NO, levando à sua degradação. No DM do tipo 1 o estado diabético predispõe para a alteração endotelial mas não é suficiente para causá-lo, outros agentes tendo provavelmente um papel. No tipo 2 estão presentes os efeitos do envelhecimento, hipertensão arterial e outros fatores e, em contraste à disfunção no tipo 1, esta pode ser observada anos antes da manifestação da vasculopatia, associada com a resistência à insulina.Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia2002-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000500004Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.46 n.5 2002reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)instacron:SBEM10.1590/S0004-27302002000500004info:eu-repo/semantics/openAccessWajchenberg,Bernardo Léopor2003-01-31T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27302002000500004Revistahttps://www.aem-sbem.com/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||abem-editoria@endocrino.org.br1677-94870004-2730opendoar:2003-01-31T00:00Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)false
dc.title.none.fl_str_mv Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2
title Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2
spellingShingle Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2
Wajchenberg,Bernardo Léo
Diabetes do tipo 1
Diabetes do tipo 2
Disfunção endotelial
Ateroesclerose
Óxido nítrico
Estresse oxidativo
Resistência à insulina
title_short Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2
title_full Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2
title_fullStr Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2
title_full_unstemmed Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2
title_sort Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2
author Wajchenberg,Bernardo Léo
author_facet Wajchenberg,Bernardo Léo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Wajchenberg,Bernardo Léo
dc.subject.por.fl_str_mv Diabetes do tipo 1
Diabetes do tipo 2
Disfunção endotelial
Ateroesclerose
Óxido nítrico
Estresse oxidativo
Resistência à insulina
topic Diabetes do tipo 1
Diabetes do tipo 2
Disfunção endotelial
Ateroesclerose
Óxido nítrico
Estresse oxidativo
Resistência à insulina
description A principal etiologia para a mortalidade e grande morbidade dos diabéticos é a ateroesclerose. A hipótese para a lesão inicial da ateroesclerose é a disfunção endotelial, pelo reconhecimento de que o endotélio tem um papel fundamental na manutenção das características de fluidez do sangue, tônus vascular e sua permeabilidade, sendo o óxido nítrico derivado do endotélio (e-NO) o principal protetor contra a moléstia ateroesclerótica por inibir as diversas vias envolvidas na aterogênese. A disfunção endotelial identificada como um marcador precoce de moléstia cardiovascular poderá prever coronariopatia no futuro, mesmo antes que alterações ateroescleróticas evidentes apareçam nas artérias. Assim, medidas da função endotelial poderiam identificar indivíduos com risco para moléstia cardiovascular, como determinar a vaso-dilatação endotélio-dependente pelo fluxo após isquemia induzida, que requer a produção de e-NO. Além disso, pode-se também avaliar a reatividade vascular da microcirculação bem como dosar os marcadores bioquímicos da função endotelial. Finalmente, pode-se fazer a mensuração da espessura da camada médio-intimal de grandes artérias, como as carótidas, um marcador indireto da função do endotélio. A disfunção endotelial tem sido documentada no diabetes (DM), em indivíduos com resistência à insulina ou com alto risco para desenvolver DM do tipo 2, nos quais a hiperglicemia está associada a um aumento do estresse oxidativo, levando a um incremento na formação de radicais oxigênio tais como o superóxido, que reage com o e-NO, levando à sua degradação. No DM do tipo 1 o estado diabético predispõe para a alteração endotelial mas não é suficiente para causá-lo, outros agentes tendo provavelmente um papel. No tipo 2 estão presentes os efeitos do envelhecimento, hipertensão arterial e outros fatores e, em contraste à disfunção no tipo 1, esta pode ser observada anos antes da manifestação da vasculopatia, associada com a resistência à insulina.
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-10-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000500004
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000500004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0004-27302002000500004
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.46 n.5 2002
reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
instacron:SBEM
instname_str Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
instacron_str SBEM
institution SBEM
reponame_str Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
collection Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
repository.mail.fl_str_mv ||abem-editoria@endocrino.org.br
_version_ 1754734806803939328