Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000200007 |
Resumo: | Com o objetivo de avaliar a inter-relação das variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico no diabetes do tipo 1 (DM1), foram estudados 86 pacientes (44 F / 42 M), de 21,8±10 anos, 10 (11,6%) pré-púberes, 22 (25,6%) púberes e 54 (62,8%) adultos, com duração do DM de 8,6±7,1 ano e idade do diagnóstico de 13,2±8,5 anos, acompanhados durante o ano de 1997. O número de consultas anuais foi de 3,6±2,2, sem associação com sexo, raça e estágio de Tanner. A dose de insulina total foi de 0,9±0,4 U/kg/dia sendo que 72 deles (83,7%) utilizavam duas injeções por dia; 39 (45,3%) utilizavam insulina de ação rápida dos quais 36 (92,3%) em combinação com insulina de ação intermediária matinal. Na análise de regressão múltipla apenas a HbA1C influenciou a dose de insulina (r=0,45; r²=0,21; p<0,001). A HbA1C foi de 8,4±1,9%, sendo os maiores níveis observados no estágio 4, em comparação aos estágios 1, 2, 3 e 5 de Tanner, respectivamente (10,5±2,4 vs 7,6±1,4 vs 8,9±2,1 vs vs 8,3±2,4 vs 8,2±1,8%; p= 0,02). As adolescentes apresentaram maior HbA1C e IMC que os adolescentes: 10,5±2,5 vs 8,3±2,0% (p= 0,02) e 19,4±1,9 vs 18,3±2,2 kg/m² (p= 0,04), respectivamente. O controle glicêmico foi considerado bom em 50% e péssimo em 31,4% dos pacientes. Concluímos que na amostra estudada houve uma piora do controle glicêmico no estágio final da puberdade, independente do número de consultas e das variáveis demográficas analisadas, e que o elevado número de pacientes com controle péssimo deverá nortear mudanças das estratégias terapêuticas. |
id |
SBEM-2_a02410d4e197da3e36f9f0583c670a58 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-27301999000200007 |
network_acronym_str |
SBEM-2 |
network_name_str |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitárioControle glicêmicoDiabetes mellitus tipo 1Estágio puberalíndice de Massa CorporalCom o objetivo de avaliar a inter-relação das variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico no diabetes do tipo 1 (DM1), foram estudados 86 pacientes (44 F / 42 M), de 21,8±10 anos, 10 (11,6%) pré-púberes, 22 (25,6%) púberes e 54 (62,8%) adultos, com duração do DM de 8,6±7,1 ano e idade do diagnóstico de 13,2±8,5 anos, acompanhados durante o ano de 1997. O número de consultas anuais foi de 3,6±2,2, sem associação com sexo, raça e estágio de Tanner. A dose de insulina total foi de 0,9±0,4 U/kg/dia sendo que 72 deles (83,7%) utilizavam duas injeções por dia; 39 (45,3%) utilizavam insulina de ação rápida dos quais 36 (92,3%) em combinação com insulina de ação intermediária matinal. Na análise de regressão múltipla apenas a HbA1C influenciou a dose de insulina (r=0,45; r²=0,21; p<0,001). A HbA1C foi de 8,4±1,9%, sendo os maiores níveis observados no estágio 4, em comparação aos estágios 1, 2, 3 e 5 de Tanner, respectivamente (10,5±2,4 vs 7,6±1,4 vs 8,9±2,1 vs vs 8,3±2,4 vs 8,2±1,8%; p= 0,02). As adolescentes apresentaram maior HbA1C e IMC que os adolescentes: 10,5±2,5 vs 8,3±2,0% (p= 0,02) e 19,4±1,9 vs 18,3±2,2 kg/m² (p= 0,04), respectivamente. O controle glicêmico foi considerado bom em 50% e péssimo em 31,4% dos pacientes. Concluímos que na amostra estudada houve uma piora do controle glicêmico no estágio final da puberdade, independente do número de consultas e das variáveis demográficas analisadas, e que o elevado número de pacientes com controle péssimo deverá nortear mudanças das estratégias terapêuticas.Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia1999-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000200007Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.43 n.2 1999reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)instacron:SBEM10.1590/S0004-27301999000200007info:eu-repo/semantics/openAccessSilva Júnior,Gildásio R. daFuks,Anna GabrielaCunha,Edna Ferreira daClemente,Eliete Leão S.Gomes,Marília de Britopor2010-07-14T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27301999000200007Revistahttps://www.aem-sbem.com/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||abem-editoria@endocrino.org.br1677-94870004-2730opendoar:2010-07-14T00:00Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário |
title |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário |
spellingShingle |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário Silva Júnior,Gildásio R. da Controle glicêmico Diabetes mellitus tipo 1 Estágio puberal índice de Massa Corporal |
title_short |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário |
title_full |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário |
title_fullStr |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário |
title_full_unstemmed |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário |
title_sort |
Inter-relação de variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 atendidos em um hospital universitário |
author |
Silva Júnior,Gildásio R. da |
author_facet |
Silva Júnior,Gildásio R. da Fuks,Anna Gabriela Cunha,Edna Ferreira da Clemente,Eliete Leão S. Gomes,Marília de Brito |
author_role |
author |
author2 |
Fuks,Anna Gabriela Cunha,Edna Ferreira da Clemente,Eliete Leão S. Gomes,Marília de Brito |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva Júnior,Gildásio R. da Fuks,Anna Gabriela Cunha,Edna Ferreira da Clemente,Eliete Leão S. Gomes,Marília de Brito |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Controle glicêmico Diabetes mellitus tipo 1 Estágio puberal índice de Massa Corporal |
topic |
Controle glicêmico Diabetes mellitus tipo 1 Estágio puberal índice de Massa Corporal |
description |
Com o objetivo de avaliar a inter-relação das variáveis demográficas, terapêutica insulínica e controle glicêmico no diabetes do tipo 1 (DM1), foram estudados 86 pacientes (44 F / 42 M), de 21,8±10 anos, 10 (11,6%) pré-púberes, 22 (25,6%) púberes e 54 (62,8%) adultos, com duração do DM de 8,6±7,1 ano e idade do diagnóstico de 13,2±8,5 anos, acompanhados durante o ano de 1997. O número de consultas anuais foi de 3,6±2,2, sem associação com sexo, raça e estágio de Tanner. A dose de insulina total foi de 0,9±0,4 U/kg/dia sendo que 72 deles (83,7%) utilizavam duas injeções por dia; 39 (45,3%) utilizavam insulina de ação rápida dos quais 36 (92,3%) em combinação com insulina de ação intermediária matinal. Na análise de regressão múltipla apenas a HbA1C influenciou a dose de insulina (r=0,45; r²=0,21; p<0,001). A HbA1C foi de 8,4±1,9%, sendo os maiores níveis observados no estágio 4, em comparação aos estágios 1, 2, 3 e 5 de Tanner, respectivamente (10,5±2,4 vs 7,6±1,4 vs 8,9±2,1 vs vs 8,3±2,4 vs 8,2±1,8%; p= 0,02). As adolescentes apresentaram maior HbA1C e IMC que os adolescentes: 10,5±2,5 vs 8,3±2,0% (p= 0,02) e 19,4±1,9 vs 18,3±2,2 kg/m² (p= 0,04), respectivamente. O controle glicêmico foi considerado bom em 50% e péssimo em 31,4% dos pacientes. Concluímos que na amostra estudada houve uma piora do controle glicêmico no estágio final da puberdade, independente do número de consultas e das variáveis demográficas analisadas, e que o elevado número de pacientes com controle péssimo deverá nortear mudanças das estratégias terapêuticas. |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000200007 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000200007 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-27301999000200007 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.43 n.2 1999 reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) instacron:SBEM |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) |
instacron_str |
SBEM |
institution |
SBEM |
reponame_str |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
collection |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) |
repository.mail.fl_str_mv |
||abem-editoria@endocrino.org.br |
_version_ |
1754734805840297984 |