Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Frandsen,Kirstine Brown
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Tambascia,Marcos A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000500004
Resumo: Este artigo revisa as evidências clínicas e farmacológicas para o uso da repaglinida, um regulador da glicose prandial. Repaglinida tem um início rápido de ação e curta duração - um perfil farmacocinético que permite sua administração em esquemas flexíveis no horário das alimentações limitando as flutuações pós-prandiais da glicemia, típicas do diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). Estudos comparativos com repaglinida controlados por placebo demonstram que seu uso também controla os níveis médios da glicemia, conforme indicado por parâmetros essenciais de glicemia, como a glicemia de jejum e os níveis de hemoglobina A1c (HbA1c). O controle da glicemia pós-prandial é de grande importância clínica, uma vez que ela é um importante fator de risco independente para as complicações do DM. O controle glicêmico melhorou ainda mais em pacientes com DM2 resistente a drogas quando a repaglinida foi incorporada ao esquema terapêutico combinado com agentes sensibilizadores de insulina, como a metformina ou o troglitazone. Existem, também, dados sugerindo que o esquema de repaglinida durante as alimentações pode reduzir a possibilidade de hipoglicemia quando comparado com esquemas tradicionais baseados nas sulfoniluréias. Isto pode ser particularmente benéfico para deixar o paciente livre para adotar padrões alimentares variados. Enquanto as sulfoniluréias podem efetivamente melhorar o controle glicêmico global, sua ação prolongada pode resultar em estimulação inapropriada das células beta durante períodos de glicemia relativamente baixa, incorrendo em risco aumentado para hipogicemia. Embora este risco possa ser reduzido se as alimentações forem consumidas em espaços regulares, este esquema impõe restrições à rotina dos pacientes e à liberdade para implementar melhorias no estilo de vida, como a restrição calórica. A repaglinida é metabolizada no fígado produzindo metabólitos inativos e excretada na bile, uma vantagem potencial para pacientes com comprometimento da função renal. Em conclusão, razões óbvias para se considerar um esquema prandial para controle da glicemia incluem a redução dos riscos de complicações diabéticas e de hipoglicemia, e uma maior flexibilidade por o paciente. Dados já disponíveis sobre a repaglinida sugerem que muitos benefícios teóricos deste esquema prandial para regulação da glicemia pode ser obtido na prática clínica.
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