Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000500004 |
Resumo: | Este artigo revisa as evidências clínicas e farmacológicas para o uso da repaglinida, um regulador da glicose prandial. Repaglinida tem um início rápido de ação e curta duração - um perfil farmacocinético que permite sua administração em esquemas flexíveis no horário das alimentações limitando as flutuações pós-prandiais da glicemia, típicas do diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). Estudos comparativos com repaglinida controlados por placebo demonstram que seu uso também controla os níveis médios da glicemia, conforme indicado por parâmetros essenciais de glicemia, como a glicemia de jejum e os níveis de hemoglobina A1c (HbA1c). O controle da glicemia pós-prandial é de grande importância clínica, uma vez que ela é um importante fator de risco independente para as complicações do DM. O controle glicêmico melhorou ainda mais em pacientes com DM2 resistente a drogas quando a repaglinida foi incorporada ao esquema terapêutico combinado com agentes sensibilizadores de insulina, como a metformina ou o troglitazone. Existem, também, dados sugerindo que o esquema de repaglinida durante as alimentações pode reduzir a possibilidade de hipoglicemia quando comparado com esquemas tradicionais baseados nas sulfoniluréias. Isto pode ser particularmente benéfico para deixar o paciente livre para adotar padrões alimentares variados. Enquanto as sulfoniluréias podem efetivamente melhorar o controle glicêmico global, sua ação prolongada pode resultar em estimulação inapropriada das células beta durante períodos de glicemia relativamente baixa, incorrendo em risco aumentado para hipogicemia. Embora este risco possa ser reduzido se as alimentações forem consumidas em espaços regulares, este esquema impõe restrições à rotina dos pacientes e à liberdade para implementar melhorias no estilo de vida, como a restrição calórica. A repaglinida é metabolizada no fígado produzindo metabólitos inativos e excretada na bile, uma vantagem potencial para pacientes com comprometimento da função renal. Em conclusão, razões óbvias para se considerar um esquema prandial para controle da glicemia incluem a redução dos riscos de complicações diabéticas e de hipoglicemia, e uma maior flexibilidade por o paciente. Dados já disponíveis sobre a repaglinida sugerem que muitos benefícios teóricos deste esquema prandial para regulação da glicemia pode ser obtido na prática clínica. |
id |
SBEM-2_b2874aaf5d4478e3c710feddb78a5256 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-27301999000500004 |
network_acronym_str |
SBEM-2 |
network_name_str |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes?Diabetes mellitus do tipo 2Regulação prandial da glicemiaRepaglinidaHipoglicemiaEste artigo revisa as evidências clínicas e farmacológicas para o uso da repaglinida, um regulador da glicose prandial. Repaglinida tem um início rápido de ação e curta duração - um perfil farmacocinético que permite sua administração em esquemas flexíveis no horário das alimentações limitando as flutuações pós-prandiais da glicemia, típicas do diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). Estudos comparativos com repaglinida controlados por placebo demonstram que seu uso também controla os níveis médios da glicemia, conforme indicado por parâmetros essenciais de glicemia, como a glicemia de jejum e os níveis de hemoglobina A1c (HbA1c). O controle da glicemia pós-prandial é de grande importância clínica, uma vez que ela é um importante fator de risco independente para as complicações do DM. O controle glicêmico melhorou ainda mais em pacientes com DM2 resistente a drogas quando a repaglinida foi incorporada ao esquema terapêutico combinado com agentes sensibilizadores de insulina, como a metformina ou o troglitazone. Existem, também, dados sugerindo que o esquema de repaglinida durante as alimentações pode reduzir a possibilidade de hipoglicemia quando comparado com esquemas tradicionais baseados nas sulfoniluréias. Isto pode ser particularmente benéfico para deixar o paciente livre para adotar padrões alimentares variados. Enquanto as sulfoniluréias podem efetivamente melhorar o controle glicêmico global, sua ação prolongada pode resultar em estimulação inapropriada das células beta durante períodos de glicemia relativamente baixa, incorrendo em risco aumentado para hipogicemia. Embora este risco possa ser reduzido se as alimentações forem consumidas em espaços regulares, este esquema impõe restrições à rotina dos pacientes e à liberdade para implementar melhorias no estilo de vida, como a restrição calórica. A repaglinida é metabolizada no fígado produzindo metabólitos inativos e excretada na bile, uma vantagem potencial para pacientes com comprometimento da função renal. Em conclusão, razões óbvias para se considerar um esquema prandial para controle da glicemia incluem a redução dos riscos de complicações diabéticas e de hipoglicemia, e uma maior flexibilidade por o paciente. Dados já disponíveis sobre a repaglinida sugerem que muitos benefícios teóricos deste esquema prandial para regulação da glicemia pode ser obtido na prática clínica.Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia1999-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000500004Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.43 n.5 1999reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)instacron:SBEM10.1590/S0004-27301999000500004info:eu-repo/semantics/openAccessFrandsen,Kirstine BrownTambascia,Marcos A.por2006-08-04T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27301999000500004Revistahttps://www.aem-sbem.com/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||abem-editoria@endocrino.org.br1677-94870004-2730opendoar:2006-08-04T00:00Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes? |
title |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes? |
spellingShingle |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes? Frandsen,Kirstine Brown Diabetes mellitus do tipo 2 Regulação prandial da glicemia Repaglinida Hipoglicemia |
title_short |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes? |
title_full |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes? |
title_fullStr |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes? |
title_full_unstemmed |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes? |
title_sort |
Repaglinide and prandial glucose regulation: the rational approach to therapy in type 2 diabetes? |
author |
Frandsen,Kirstine Brown |
author_facet |
Frandsen,Kirstine Brown Tambascia,Marcos A. |
author_role |
author |
author2 |
Tambascia,Marcos A. |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Frandsen,Kirstine Brown Tambascia,Marcos A. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Diabetes mellitus do tipo 2 Regulação prandial da glicemia Repaglinida Hipoglicemia |
topic |
Diabetes mellitus do tipo 2 Regulação prandial da glicemia Repaglinida Hipoglicemia |
description |
Este artigo revisa as evidências clínicas e farmacológicas para o uso da repaglinida, um regulador da glicose prandial. Repaglinida tem um início rápido de ação e curta duração - um perfil farmacocinético que permite sua administração em esquemas flexíveis no horário das alimentações limitando as flutuações pós-prandiais da glicemia, típicas do diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). Estudos comparativos com repaglinida controlados por placebo demonstram que seu uso também controla os níveis médios da glicemia, conforme indicado por parâmetros essenciais de glicemia, como a glicemia de jejum e os níveis de hemoglobina A1c (HbA1c). O controle da glicemia pós-prandial é de grande importância clínica, uma vez que ela é um importante fator de risco independente para as complicações do DM. O controle glicêmico melhorou ainda mais em pacientes com DM2 resistente a drogas quando a repaglinida foi incorporada ao esquema terapêutico combinado com agentes sensibilizadores de insulina, como a metformina ou o troglitazone. Existem, também, dados sugerindo que o esquema de repaglinida durante as alimentações pode reduzir a possibilidade de hipoglicemia quando comparado com esquemas tradicionais baseados nas sulfoniluréias. Isto pode ser particularmente benéfico para deixar o paciente livre para adotar padrões alimentares variados. Enquanto as sulfoniluréias podem efetivamente melhorar o controle glicêmico global, sua ação prolongada pode resultar em estimulação inapropriada das células beta durante períodos de glicemia relativamente baixa, incorrendo em risco aumentado para hipogicemia. Embora este risco possa ser reduzido se as alimentações forem consumidas em espaços regulares, este esquema impõe restrições à rotina dos pacientes e à liberdade para implementar melhorias no estilo de vida, como a restrição calórica. A repaglinida é metabolizada no fígado produzindo metabólitos inativos e excretada na bile, uma vantagem potencial para pacientes com comprometimento da função renal. Em conclusão, razões óbvias para se considerar um esquema prandial para controle da glicemia incluem a redução dos riscos de complicações diabéticas e de hipoglicemia, e uma maior flexibilidade por o paciente. Dados já disponíveis sobre a repaglinida sugerem que muitos benefícios teóricos deste esquema prandial para regulação da glicemia pode ser obtido na prática clínica. |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999-10-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000500004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000500004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-27301999000500004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.43 n.5 1999 reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) instacron:SBEM |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) |
instacron_str |
SBEM |
institution |
SBEM |
reponame_str |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
collection |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) |
repository.mail.fl_str_mv |
||abem-editoria@endocrino.org.br |
_version_ |
1754734805863366656 |